Vargas foi cassado ontem pelos colegas por quebra de decoro parlamentar por causa de sua relação com Youssef. Já Argôlo, também pela proximidade com o doleiro, teve a perda de mandato recomendada pelo Conselho de Ética, mas apresentou recurso ainda não analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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Além destes quatro personagens, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), responsável pela elaboração do voto paralelo, pretende pedir o indiciamento dos empresários que já assinaram acordos de delação premiada com o Ministério Público. Entre eles estão Júlio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, ambos da Toyo Setal, primeira fornecedora da Petrobras a aderir ao benefício de colaborar com informações em troca da redução das punições.
“Todos esses deveriam ter sido indiciados desde já no relatório do relator”, afirmou o tucano. Para ele, o parecer apresentado pelo deputado Marco Maia (PT-RS) ontem na CPMI, que não pediu o indiciamento de nenhum envolvido no caso, “pegou leve demais” com os acusados. Ele descartou, por enquanto, que vá sugerir o indiciamento da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Na visão do deputado paulista, não há indícios suficientes para isso.
Porém, ele acredita que as investigações devem continuar com a instalação de uma nova comissão mista na próxima legislatura. O tucano acrescentou que existem pessoas citadas de vários partidos – “inclusive do PSDB”, comentou – e somente uma CPMI tem mecanismos ágeis para apurar o esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina dentro da Petrobras. “Os mecanismos de investigação de uma cpi são infinitamente mais ágeis”, concluiu.
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