Pela manhã, Maria do Rosário usou sua conta no Twitter para opinar sobre a situação. Para ela, anunciar a suspensão do Bolsa Família, que resultou em filas para sacar o benefício no sábado no nordeste, revela um “desejo de quem nunca valorizou a política”. “Boatos sobre fim do bolsa família deve ser da central de notícias da oposição. Revela posição ou desejo de quem nunca valorizou a política”, disse a ministra.
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Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP) adiantou que vai propor a convocação da ministra na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO). “Tenho uma profunda admiração pela ministra Maria do Rosário e custo a acreditar que uma declaração de tamanha irresponsabilidade tenha partido dela. Estou apresentando o requerimento de convocação da ministra na Comissão de Segurança para dar a ela a oportunidade de retratar-se”, afirmou.
Para Sampaio, o governo investigar para saber de quem partiu o boato. No domingo (19), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que a Polícia Federal vai apurar o caso. “O governo tem de usar todos os seus instrumentos de investigação para descobrir com a máxima urgência a origem da boataria para que os responsáveis sejam punidos com rigor. É uma atitude criminosa, que afeta a população mais carente”, afirmou Sampaio.
Após a repercussão, Maria do Rosário postou uma explicação no Twitter. Disse não querer fazer “nenhuma indicação formal da origem dos boatos” e que era sua “singela opinião”. Também afirmou não querer politizar. “O importante é que todos os esclarecimentos estão sendo realizados. Escrevi bem cedinho e nem imaginei tal repercussão… Encerro o assunto”, disse.
Fazenda
Outro requerimento que será apresentado é do líder do PPS, Rubens Bueno (PR). Ele quer saber do ministro da Fazenda, Guido Mantega, se houve falha no sistema de pagamento do benefício. Segundo ele, houve relatos de funcionários da Caixa Econômica Federal, responsável pelas contas do Bolsa Família, de erros e antecipação dos pagamentos. Bueno entende que o boato pode ter surgido após a falha no procedimento.
No Senado, líderes da oposição também questionaram as declarações. Para José Agripino (DEM-RN), a fala é “leviana e irresponsável”. “A ministra não pode ser leviana. Ela tem obrigação de nominar quem fez o boato. Ministro de estado não pode brincar de fazer suposições”, disparou. Já Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que um ministro precisa ter obrigação moral ao emitir uma opinião. “Que moral esta ministra tem para dar esta declaração?”
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