Líderes da oposição na Câmara dos Deputados pretendem adotar uma estratégia que procura forçar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a fornecer informações sobre as investigações que correm contra petistas e aliados no âmbito da Operação Lava Jato. Os parlamentares estudam apresentar diversos requerimentos com pedidos de informação sobre os casos, da mesma forma que foi feito pelo Psol, que pretendia confirmar a existência de contas secretas na Suíça ligadas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As informações são da Folha de S.Paulo.
Como os pedidos do referido partido foram atendidos, os deputados oposicionistas alegam que Janot abriu precedente para os futuros requerimentos. No caso de Cunha, Janot confirmou que o peemedebista possui contas no exterior e que as movimentações financeiras estavam bloqueadas. O procurador ainda disse que o Ministério Público da Suíça instaurou inquérito contra Cunha por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Por conta da informação prestada, a oposição defenderá que Janot, agora, deve responder a qualquer outro tipo de questionamento sobre as investigações ligadas à força-tarefa. Segundo reportagem, eles irão perguntar se o suposto operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, o lobista Fernando Baiano, disse em delação premiada que pagou R$ 2 milhões ao filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva.
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Os deputados também querem confirmar com Janot as suspeitas sobre participação dos ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Edinho Silva (Comunicação Social) no esquema que sangrou a estatal. Os ministros foram citados pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, em acordo de delação premiada. Segundo o empreiteiro, eles eram beneficiários de recursos de corrupção da Petrobras.