O líder da oposição no Senado, José Jorge (PFL-PE), cobrou, nesta manhã, o afastamento de Paulo Okamotto da presidência do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O pedido foi justificado como uma resposta à resistência de Okamotto em autorizar a abertura de seu sigilo bancário, aprovada pela CPI dos Bingos mas bloqueada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
A oposição suspeita que o presidente do Sebrae tenha usado dinheiro do valerioduto para quitar dívidas de Lula com o PT e despesas de Lurian Cordeiro da Silva, filha do petista. "Ele não pode se recusar a abrir o sigilo e continuar ocupando um cargo público ou quase público. Ou autoriza ou deixa a presidência do Sebrae", argumentou. O senador sugeriu que o próprio conselho deliberativo do órgão afaste Okamotto do cargo caso o governo não tome a iniciativa.
José Jorge ainda contestou afirmação do ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, de que o presidente Lula nunca teria reconhecido a existência da dívida junto ao PT – de R$ 29.400, supostamente originada de um empréstimo pessoal feito pelo partido do qual, à época, era presidente de honra. "Se a dívida não existia, por que o amigo Okamotto correu para saldá-la?", questionou José Jorge.