Quando tentava dar outro rumo ao morno depoimento de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, na CPI dos Bingos, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi alvo de ironias de colegas da oposição.
Citando os casos de corrupção que envolveram expoentes do PT, o parlamentar perguntou qual conselho Teixeira daria para os integrantes do partido. Antes que o depoente respondesse, foi atravessado pelos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que traziam conselhos na ponta da língua, principalmente para Lula.
“O presidente (Lula) deveria dizer: não roubem, meus amigos do PT, não roubem nossos cofres públicos”, gritou Tasso, reiterando que Lula deve parar de dizer que não sabia do caixa dois montado no partido.
O senador Antonio Carlos Magalhães endossou a tese, dizendo que Teixeira deveria recomendar ao presidente que pare de dizer que não sabia dos esquemas de corrupção em seu governo.
Constrangido, Teixeira afirmou que, desde 1986, se afastou do PT, mas continua amigo do presidente Lula. E que, diante disso, a única coisa que pode sugerir ao amigo é que qualquer medida de transparência é bem-vinda.
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