Por meio de seus líderes no Senado, o PSDB e o DEM afirmaram há pouco que podem obstruir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), prevista para às 19h 30 de hoje.
O motivo da discussão foi uma questão de ordem feita pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE), um dos três relatores do processo que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), responde no Conselho de Ética da Casa.
Com base no regimento interno do Senado, Almeida Lima afirmou que o colegiado não poderia estar reunido durante sessão de votação da Casa. Por sua vez, os outros relatores do processo, Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), afirmaram que a reunião entre os relatores e o presidente do colegiado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), já estava marcada previamente.
Marisa, Casagrande, além dos senadores José Agripino (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), querem que o colegiado se reúna amanhã para que uma decisão seja enviada à Mesa Diretora da Casa. Eles são favoráveis ao envio dos documentos apresentados pela defesa de Renan à perícia da Polícia Federal.
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Ao fim, os parlamentares entraram em acordo e a reunião da Mesa Diretora foi confirmada. “Nós não encerremos o dia de amanhã sem ter uma reunião da Mesa Diretora para encaminhar os documentos à PF”, afirmou Casagrande.
Doação
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) criticou a discussão. “Eu não agüento mais isso. “Eu quero trabalhar. Se for para ficar de manhã nas comissões e à tarde tomando água gelada e cafezinho, eu vou depositar um terço do meu salário para a fundação de Vossa Excelência”, se dirigindo ao senador Magno Malta (PR-ES).
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) afirmou que o compromisso de Wellington poderá ser analisado pelo Conselho de Ética caso ele não cumpra a promessa. (Rodolfo Torres)
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