Pela terceira vez, a oposição não conseguiu convocar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a prestar esclarecimentos no Congresso. Deputados da base governista conseguiram maioria para derrubar mais um pedido do PSDB para que o ministro explique as denúncias envolvendo seu trabalho como consultor entre os anos de 2009 e 2010, período em que teria ganhado R$ 400 mil. O requerimento foi apresentado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio pelo deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).
Ontem, outro pedido de convocação apresentada pelos tucanos também foi derrubada no Senado. O partido quer que Pimentel explique as denúncias envolvendo seu trabalho como consultor entre os anos de 2009 e 2010, período em que teria ganhado R$ 400 mil. O ministro também está envolvido em esquema de tráfico de influência em licitações na prefeitura de Belo Horizonte (MG), cidade em que foi prefeito até 2008. A oposição afirma que os contratos são irregulares.
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Na semana passada, deputados governistas também rejeitaram o requerimento apresentado pelo líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP) para que Pimentel explicasse, lá, as denúncias. Um dia antes, Pimentel divulgou uma nota em que negou as irregularidades e classificou as denúncias como “ilações indevidas”. “Fez-se uma ilação indevida ao se sugerir relações entre a HAP Engenharia e a QA Consulting, insinuando uma suposta triangulação. A tese não se sustenta por motivo óbvio: caso tivesse algum recurso a transferir, a HAP Engenharia teria contratado a P-21 Consultoria e Projetos Ltda. de forma legal e explícita”, defendeu o ministro na nota. Ainda de acordo com o documento, Pimentel afirma que informou à Comissão de Ética Pública a existência de sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda, o faturamento e o desligamento dela em dezembro do ano passado, antes de assumir o cargo de ministro, cumprindo, assim, todas as formalidades legais.