Já o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), apresentou requerimento cobrando explicações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre a eventual presença da socialite em viagem de missão oficial do Banco do Brasil. O tucano questiona a quantia desembolsada pela instituição financeira em passagens e despesas de hospedagem com Val Marchiori.
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Segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (23) pela Folha de S.Paulo, o ex-vice-presidente da área internacional do BB Allan Toledo disse ao Ministério Público Federal que a socialite e um casal de amigos – que ele não soube precisar se dela ou de Bendine – voaram para Buenos Aires com ele e o então presidente do Banco do Brasil. A viagem tinha caráter oficial: o objetivo era concluir a aquisição do Banco da Patagônia.
Um ex-motorista do BB já havia revelado que buscou Val Marchiori em diversos locais de São Paulo a pedido de Bendine. Três anos após a viagem à Argentina, a socialite obteve um empréstimo de R$ 2,7 milhões do Banco do Brasil para sua empresa. A operação se tornou alvo de investigação do Ministério Público e inquérito da Polícia Federal por contrariar normas internas do banco.
De acordo com a Folha, na viagem a Buenos Aires, Bendine e Marchiori ficaram hospedados no mesmo hotel, um dos mais caros da capital argentina. Bendine negou que os dois tivessem viajado juntos e disse que sua presença no mesmo hotel foi coincidência. A assessoria do Banco do Brasil negou que Val Marchiori tenha voado no avião usado pelo então presidente do BB. O jato, segundo o jornal paulista, pertencia ao Banco da Patagônia e foi emprestado para o Banco do Brasil, que controla quase 60% do capital do banco argentino.
“Credibilidade é essencial para o presidente de uma empresa como a Petrobras, especialmente no momento atual em que a estatal está mergulhada em um escândalo gigantesco de corrupção e têm problemas sérios de gestão. Se for provado que Bendine mentiu não há condições de ele continuar como presidente da Petrobras”, disse o líder do DEM, Mendonça Filho.