Rodolfo Torres
A pressão pelo afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aumenta a cada instante. Logo após o senador Pedro Simon (PMDB-RS) pedir o afastamento de Sarney, chegou a vez de parlamentares do DEM e do PSDB endossarem o clamor.
“A posição do partido é pelo afastamento imediato”, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) em plenário. “Nesse momento, não há outra forma de levantar essa Casa”, complementou a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). “Se é para manter o Senado de pé, nada melhor do que colocar alguém que possa fazer isso”, avalia a tucana.
Contudo, Sarney também conta com seus aliados. “Vamos ter golpe até quando? Por que essa cultura de afastar as principais lideranças eleitas?”, questionou o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), argumentado que as medidas cabíveis já foram tomadas.
O Senado é alvo de uma série de denúncias publicadas diariamente pela imprensa. Entre atos secretos e contratos sob suspeita, a mais nova trata de um neto do peemedebista, o economista José Adriano Corderio Sarney, que atuava como operador de crédito consignado no Senado.
Por meio de nota divulgada à imprensa, Sarney afirmou que existe uma campanha midiática para atingi-lo.
Confira a íntegra da nota
“Nota à imprensa
Sobre matéria divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, considero os esclarecimentos prestados pelo meu neto José Adriano Cordeiro Sarney – pessoa extremamente qualificada, com mestrado na Sorbonne e pós-graduação em Harvard – suficientes para mostrar a verdadeira face de uma campanha midiática para atingir-me, na qual não excluo a minha posição política, nunca ocultada, de apoio ao Presidente Lula e seu governo.
Senador José Sarney”
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