Rodolfo Torres
PSDB e DEM anunciaram nesta terça-feira (25) que não fazem mais parte do Conselho de Ética do Senado. A iniciativa dos oposicionistas é uma resposta ao arquivamento de todos os processos que tramitavam no colegiado contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O arquivamento ocorreu na semana passada.
“Eu, Sérgio Guerra [PSDB-PE] e Arthur Virgílio [PSDB-AM] assinamos a nossa saída do Conselho de Ética em protesto ao arquivamento das denúncias contra Sarney”, anunciou a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) em seu perfil no Twitter.
“Estamos retirando do poder do presidente aquela análise preliminar dos quesitos que permite abrir ou fechar a investigação do modo que lhe dê na cabeça. Com isso, esperamos que o Conselho ganhe vigor e possa concluir de modo célere as investigações e oferecer um parecer contundente pela condenação ou absolvição”, reforçou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que era membro titular do Conselho de Ética.
Além de Demóstenes, também deixaram o colegiado os seguintes senadores do DEM: Heráclito Fortes (PI) e Eliseu Resende (MG), que eram titulares; e Antonio Carlos Junior (BA), Rosalba Ciarlini (RN) e Maria do Carmo Alves (SE), que eram suplentes.
O DEM também anunciou que apresentará uma proposta que concede uma cadeira no conselho a cada partido político. A iniciativa, que ainda será debatida com líderes partidários, também determina que o presidente do colegiado não poderá ser suplente de senador ou responder a processos na Justiça.
“Estamos apresentando um novo modelo que esteja comprometido com a ética. Vamos conversar com todos os partidos políticos porque acreditamos que a investigação, se necessária, deve ocorrer de forma profunda”, afirmou o líder do DEM, José Agripino (RN).
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