Há cerca de quatro horas em discussão no plenário do Senado, a proposta que prorroga por mais quatro anos a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) já começa a pesar para alguns senadores. Para a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que se recupera de uma cirurgia no pulso esquerdo, o esforço em permanecer no debate é especialmente intenso.
Ao sair em cadeira de rodas agora há pouco do serviço médico da Casa, localizado ao lado do plenário, onde fez uma rápida avaliação clínica, ela falou ao Congresso em Foco sobre a situação do governo a poucos instantes de saber o resultado de seu principal desafio neste fim de ano – exatamente a aprovação da PEC 89/07, que prorroga a vigência da cobrança do chamado “imposto do cheque".
Questionada pela reportagem se ela seria uma metáfora em carne e osso das condições do governo nesta reta final da batalha para aprovar a PEC, ela respondeu com simpatia. “Eu estou aqui para aprovar porque eu tenho convicção que ela [CPMF] é importante para o Brasil. É importante para os estados, para os municípios, para o povo brasileiro. Por isso é que eu fiz este esforço e estou aqui para votar”, declarou a senadora.
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“Meu sentimento é de que há uma dificuldade, mas vamos tentar. Evidentemente, vamos tentar ganhar. Se não der, paciência”, resignou-se.
Os senadores continuam a expor seus posicionamentos na tribuna do plenário. De 47 oradores inscritos, 29 já falaram. A previsão é de que a votação seja realizada depois das 23h. (Fábio Góis)