A Polícia Federal suspendeu ontem (15) o depoimento das 25 pessoas presas durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês) para começar a analisar as duas toneladas de documentos apreendidos.
Até agora, foram ouvidos 17 presos, entre os quais, bicheiros, juízes e delegados acusados de ligação com a exploração ilegal de máquinas caça-níqueis. Os policiais tentarão retomar os depoimentos nesta manhã.
Eles são acusados de praticar, entre outros, os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Essa é a maior operação policial a ter como alvo do Judiciário. Os agentes buscam agora identificar as ramificações da máfia dos caça-níqueis do Rio de Janeiro em outros estados.
Os policiais decidiram mudar a estratégia porque a maioria dos presos se manteve em silêncio na frente dos delegados que participam da operação. Ao todo, 50 agentes vão trabalhar na análise do material apreendido. O avião da PF teve de fazer duas viagens do Rio a Brasília para transportar todo o material.
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O dinheiro apreendido pela PF já foi depositado na Caixa Econômica Federal. Ao todo, são R$ 10 milhões em dinheiro, R$ 5 milhões em cheque, US$ 300 mil, 34 mil euros e 400 libras esterlinas. Também somam R$ 10 milhões os 51 veículos apreendidos, que serão enviados a Brasília por meio de caminhões-cegonha. Os carros só devem chegar a Brasília em quatro dias. (Edson Sardinha)