O presidente do Sebrae, Paulo Tarciso Okamotto, doou R$ 24.840,00 para a campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à Prefeitura de São Bernardo do Campo em 2004. Segundo reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo , o valor da contribuição representa quase todo o vencimento declarado por ele à CPI dos Bingos. No depoimento prestado à CPI, em setembro de 2004, Okamotto afirmou que recebe pouco mais de R$ 30 mil mensais.
O tesoureiro da campanha de Vicentinho, Nelson Banhara, declarou que Okamotto contribuiu com 54 mil etiquetas adesivas, pagando R$ 460 por cada milhar. De acordo com Banhara, ele preferiu colaborar com o material já pronto e apresentou a nota fiscal. Na prestação de contas, essa receita é lançada com um valor estimado. “Essa é a opção de quem doa. Ele dá o material e apresenta a documentação”, disse o ex-tesoureiro de Vicentinho.
Banhara explicou que não negociou diretamente com Okamotto. “Eu só recebi a informação que ele iria ajudar”. O ex-tesoureiro de Vicentinho contou que não se lembra quem o indicou para procurar Okamotto por já fazer dois anos. Vicentinho também não se lembrava da doação. “Não sei. Se está declarado, ele doou mesmo. Mas não sei exatamente para o que foi,não. Paulo Okamotto é um companheiro nosso, da nossa diretoria. Foi um companheiro meu de diretoria, fomos cassados juntos. Preciso de um tempinho para saber para o que foi”, disse Vicentinho.
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Segundo reportagem publicada pela revista Veja desta semana, o presidente do Sebrae, que é amigo pessoal de Lula, também doou R$ 34,75 mil para a filha mais velha do presidente, Lurian Cordeiro Lula. Okamotto ainda pagou uma dívida de campanha de Lula no valor de R$ 29,4 mil. Nos dois casos, Okamotto não explicou a origem do dinheiro.