O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, garantiu nesta quinta-feira que o consumidor não irá ter prejuízo com a fusão da empresa com a Brasil Telecom. O negócio foi anunciado em abril, mas ainda depende de uma alteração no Plano Geral de Outorgas (PGO), que está sob responsabilidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “O consumidor quer todos os serviços com o melhor preço e com a melhor qualidade. Nesta operação o consumidor nunca perde”, defendeu hoje em audiência pública na Câmara.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) questionou o anúncio da fusão sem a devida autorização legal. “Causa espanto o anúncio de um negócio que não é autorizado pela lei. Isso é estranho em qualquer lugar do mundo”, observou.
Luiz Eduardo destacou que a demora na revisão da PGO coloca o Brasil no “rol dos atropelados”, pois outras empresas já estão consolidadas no mercado. A previsão é que a “supertele” invista R$ 30 bilhões nos próximos cinco anos, para competir nos países da América Latina. Falco garantiu que não há dinheiro público na operação. “Não tem um dinheiro do BNDES na operação de compra da Brasil Telecom” respondeu.
Leia também
O presidente da Oi afirmou que a empresa pagará uma multa de R$ 500 milhões caso a compra da Brasil Telecom não seja autorizada em seis meses pelo governo. “Nós não temos garantia nenhuma que o negócio vai sair. Corremos um risco”, admitiu. (Tatiana Damasceno)