Lúcio Lambranho
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou por consenso nesta quarta-feira (3) a readmissão de Cuba e revogou, após 47 anos, a expulsão do país feita em 1962 por pressão dos Estados Unidos, durante a Guerra Fria. Segundo a agência EFE, os chanceleres a questão cubana foi apresentada à chanceler hondurenha, Patrícia Rodas, que preside a 39ª Assembleia Geral da OEA. Logo depois, a proposta foi ratificada por aclamação pelos países presentes.
“Já foi aprovada neste momento por todos os chanceleres, por consenso. Essa é uma notícia muito boa, reflete a mudança de época que se está vivendo na América Latina”, disse o ministro das Relações Exteriores do Equador, Fander Falconí. “Muitos de nós não tinham nascido naquele momento [em que a expulsão foi decidida] e o que esta geração está fazendo é basicamente emendar a história, e aqui temos um desafio de construir uma história diferente”, completou o chanceler do país andino.
Ainda, segundo a EFE, a decisão foi tomada mesmo depois que a secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, defendia a reinclusão da ilha apenas quando fosse assinado um compromisso do governo de Cuba com reformas democráticas e de respeito aos direitos humanos. Hillary Clinton deixou Honduras antes do voto final, anunciando que a organização não tinha conseguido alcançar um consenso sobre a questão.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, fez ressalvas sobre a aproximação dois países integrantes da OEA com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “O presidente mudou, mas a política norte-americana não”, declarou o líder sandinista.
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