Tumulto marca visita de Yoani Sanchez ao Congresso
Cuba precisa de marco legal democrático, diz Yoani Sánchez
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Durante as mais de duas horas de discussão do requerimento, integrantes da base e da oposição se revezaram na tribuna para defender ou atacar a blogueira cubana. Para petistas, já irritados com a presença de Yoani Sánchez na Câmara, a medida é desnecessária. E colocar a Polícia Federal para acompanhar a viagem da cubana ao país um desperdício de dinheiro público.
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Para o deputado Sílvio Costa, a Câmara não é a “Câmara de Vereadores da menor cidade da Venezuela”. Na visão do petebista, não existe embasamento jurídico para a votação do requerimento. Já Sibá Machado (PT-AC) lembrou que na reunião de líderes ficou decidido que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), levaria o pedido de proteção ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “Esta moça não tem nenhum tipo de insegurança nacional”, disparou o petista.
“A recepção foi de tal forma virulenta e de tal forma violenta que na Bahia ela foi impedida de falar. Ela, que se dizia em Cuba, alguém que estava tolhida do seu direito de expressão, que foi presa e espancada, chega ao Brasil, e qual é a razão que se dá através de participantes do Governo Federal? A recepção é com a mesma violência e com a mesma virulência”, disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP).
PublicidadeEram necessários pelo menos 257 deputados em plenário para a votação começar, já que houve o pedido de verificação de quorum. Porém, como PT e PCdoB entraram em ibstrução, apenas 237 deputados registraram seu voto, o que resultou na sessão sendo derrubada e a votação transferida.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), no início da discussão, ponderou que, primeiro, era preciso saber se Yoani quer ter o acompanhamento da Polícia Federal e se ela se sente ameaçada. “E, finalmente, se isso não poderá ser interpretado como um controle do Estado brasileiro sobre as atividades dela. Para onde ela for, haverá polícia atrás. Como é que se dá sem que ela manifeste ou o desejo ou o consentimento”, comentou.