Sônia Mossri |
Uma das batalhas mais difíceis já foi vencida, comemora a deputada tucana Yeda Crusius (RS), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Varig. A Fundação Ruben Berta, formada basicamente por funcionários e que controla a companhia, teria, finalmente, concordado em abrir mão de seus direitos em troca de ações, o que, segundo Yeda, facilita a mudança de gestão na empresa de aviação mais antiga da América do Sul. De acordo com Yeda, não haverá injeção de recursos públicos na proposta negociada entre Congresso, governo e Varig. O BNDES daria apenas a garantia para que os novos investidores aderissem ao processo de capitalização da empresa. A intervenção temporária na Varig terá ainda como objetivo promover um encontro de contas entre acionistas, governo e fornecedores. Leia também Segundo a deputada, a capitalização da Varig incluirá a participação de empresas estrangeiras até o limite legal de 20% do capital total da companhia. Esse aumento de capital deverá superar a marca de R$ 3 bilhões. A Varig tem uma dívida de R$ 6,5 bilhões, uma receita anual de R$ 7,9 bilhões e uma frota de 88 aeronaves. Os problemas da empresa começaram nos anos 90 e se agravaram com a crise geral no setor de aviação após a derrubada das duas torres do World Trade Center, em Nova York, em 2001. Ainda esta semana, o conselho curador e a diretoria da Varig, ao lado de Yeda, que representa os 300 parlamentares da Frente da Varig, vão se reunir novamente com o vice-presidente José Alencar, que acumula as funções com as de ministro da Defesa. |
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