Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) em obra da Construtora Gautama Ltda no Distrito Federal mostrou irregularidades na construção da barragem do Rio Preto. O relatório aponta que devem ser devolvidos R$ 1,57 milhão aos cofres do governo federal. Segundo a CGU, a responsabilidade pela devolução é do Governo do Distrito Federal, que contratou a empreiteira de Zuleido Veras.
Em maio, ele foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Navalha ao ser apontado como líder da máfia das obras, quadrilha especializada em fraudar construções para governos estaduais e municipais, além da União. Em 23 de julho, a CGU declarou a Gautama uma empresa inidônea, o que a impede de ser contratada pelo poder público.
Segundo a controladoria, o projeto para construir 26 barragens foi assinado em 2000, no valor R$ 145 milhões. Mas o serviço foi repassado para terceiros de forma ilegal. Nessa operação, houve prejuízo ao erário. “Os auditores constataram que a obra foi licitada antes do estudo de impacto ambiental, situação que expõe o recurso público ao risco de desperdício”, informou hoje (19) a CGU.