Conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil seccional São Paulo (OAB-SP) cassaram, na tarde desta segunda-feira (24), a autorização para o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu exercer a advocacia. A sessão ocorreu de forma secreta. Segundo informações do site Conjur, dos 80 membros, 76 votaram a favor da cassação do registro de advogado do ex-ministro.
A decisão, no entanto, ainda cabe recurso. O pedido de cassação do registro do ex-ministro foi apresentado por um advogado, cuja identidade não foi revelada. Os conselheiros da OAB afirmaram que Dirceu não tem mais idoneidade para advogar após ter sido condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no julgamento do mensalão, em 2012. Dirceu começou a cumprir pena em 2013 por sua condenação no mensalão.
Após ser liberado a cumprir prisão domiciliar no ano passado, Dirceu voltou a ser preso no dia 3 de agosto último após o desencadeamento da 17ª fase da Lava Jato, denominada “Pixuleco”.
Durante as investigações da Operação Lava Jato, o ex-ministro foi acusado pelos investigadores de utilizar a sua empresa de consultoria, a JD Consultoria e Assessoria, para a obtenção de propina fruto de contratos da Petrobras. “Embora não seja impossível que, nestes contratos, José Dirceu tenha prestado algum serviço, principalmente de intermediação de negócios, causa estranheza a falta de indicação concreta dos serviços realizados e dos negócios obtidos”, afirmou o juiz Sérgio Moro, na prisão preventiva do ex-ministro.
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