A cidade de São Paulo vive hoje o quarto dia de ataques feitos por criminosos sem que o governo estadual consiga pôr fim ao ambiente de terror iniciado na noite da última sexta-feira. Nesta madrugada, foram incendiados 61 ônibus na Grande São Paulo e atacadas pelo menos dez agências bancárias.
Os atentados, atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC), são parte de um movimento que também incluiu rebeliões em 80 presídios ou unidades de segurança e já provocou até o momento, segundo o balanço oficial, 74 mortes. Pelo menos 13 detentos foram mortos. A polícia prendeu mais de 80 pessoas acusadas de participação nos ataques.
Mesmo assim, os bandidos conseguiram fazer novos alvos. Bancos foram atingidos por tiros e coquetéis molotov, durante a madrugada desta segunda-feira, no município vizinho de Taboão da Serra e em diversos pontos da capital, principalmente na Zona Sul.
Também ocorreram na Zonal Sul a maior parte dos incêndios de ônibus. Na região do ABC, foram incendiados 14 ônibus (Diadema foi a cidade mais atingida). Também houve incêndio de ônibus em Guarulhos e Osasco. Nesta manhã, as empresas de transporte coletivo que atendem à Zona Sul decidiram não colocar os ônibus em circulação.
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Segundo as autoridades estaduais de segurança, o movimento é uma reação contra a operação em curso de isolamento dos líderes do PCC. O governo paulista recusou a ajuda da Polícia Federal, oferecida pelo Ministério da Justiça, para enfrentar os ataques.