Milhares de pessoas saíram às ruas ontem para manifestar repúdio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Além de gritarem “fora, Cunha!”, os manifestantes também demonstraram apoio à presidente Dilma. Apesar das ressalvas quanto política econômica, eles concordam com o governo e chamam o debate pelo impeachment de “golpismo”. Como já é de costume, o protesto é realizado no dia 13 que antecede manifestações anti-governo. Para este domingo (15,) outro público dominará as ruas da cidades. Esse pede o impeachment da presidente e costuma poupar o presidente da Câmara.
Líder do Revoltados Online, grupo que pede a saída de Dilma, o administrador Marcelo Reis falou com o Congresso em Foco. Ele defendeu que primeiro a petista deve deixar o poder, para depois requererem a saída de Cunha. “Não vamos passar os vagões na frente da locomotiva. Derruba-se, primeiro, Dilma Rousseff, depois partimos para Cunha. Nós não compactuamos com corruptos.”
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Já um dos líderes da União Nacional dos Estudantes (UNE), o estudante João Lemos falou o contrário. Ele argumentou que não tramita contra Dilma qualquer tipo de denúncia, como ocorre com Cunha, acusado pela Procuradoria-Geral da República, por suposto envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras. Segundo ele, a denúncia justifica a cassação do mandato do peemedebista. “Viemos fazer uma defesa da democracia, defender o mandato eleito pelo povo brasileiro no ano passado, exigir a saída de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara.”
Veja a entrevista com Marcelo Reis:
Veja a entrevista com João Lemos, da UNE:
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