O Congresso em Foco encaminhou três perguntas ao ministro do Tribunal de Contas da União Aroldo Cedraz a respeito da doação para sua campanha eleitoral, no ano passado, de seu pai, João José de Oliveira, incluído na “lista suja” do trabalho escravo.
Foram elas:
O ministro tinha conhecimento dos problemas apontados pelo grupo móvel do Ministério do Trabalho na Fazenda São José (Buriticupu-MA), em 2001?
O ministro já esteve na fazenda ou conhece as condições de trabalho e o tratamento dado aos trabalhadores dessa propriedade?
Na época da indicação de seu nome para o cargo de ministro do TCU, o senhor informou aos seus colegas que o seu pai, João José de Oliveira, tinha o nome incluído na "lista suja" do Ministério do Trabalho? Que relevância tem essa informação, na sua opinião?
Veja, abaixo, o que respondeu o ministro Aroldo Cedraz, por meio de sua assessoria de imprensa:
“O ministro Aroldo Cedraz esclarece que não teve conhecimento de qualquer problema apontado pelo Grupo Móvel do Ministério do Trabalho na Fazenda São José (Buriticupu/MA), no ano de 2001. Também nunca esteve na Fazenda São José (Buriticupu/MA), e, por via de conseqüência, não tem conhecimento de suas condições de trabalho. Em face dessas respostas, resta prejudicada a terceira pergunta.
Conforme se pode verificar no sítio do TSE, não há registro de nenhuma doação da Fazenda São José à sua campanha em 2006. Há, sim, doação do Senhor João José de Oliveira, seu genitor e antigo proprietário da mencionada Fazenda, feita de forma transparente, em jantar de apoio à sua campanha, que contou, inclusive, com a presença de fiscais da Justiça Eleitoral.
Não há, portanto, nenhuma relação pessoal do ministro Aroldo Cedraz, de qualquer natureza, com aquela empresa.”
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