De acordo com relatos dos portais de notícias e de seguidores do Congresso em Foco no Twitter, os primeiros conflitos ocorreram no momento em que os policiais exigiram que manifestantes mascarados se identificassem. Mas a confusão assumiu proporções mais graves depois que cerca de 50 black blocs tentaram ocupar as arquibancadas durante a realização do desfile cívico-militar. Eles romperam o cordão de isolamento feito pela polícia, na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, e, conforme informação veiculada pela Mídia Ninja, pretendiam parar o desfile.
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Várias pessoas saíram feridas durante os confrontos entre a Polícia e os manifestantes, incluindo crianças e jornalistas que tentavam registrar os fatos. Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes. Houve queixas de leitores do nosso site em relação ao despreparo da PMRJ para lidar com a situação. Jornalistas, especialmente da Rede Globo, também foram alvo de empurrões, agressões verbais e ameaças de alguns black blocs. No Rio, o maior alvo dos protestos foi – como tem sido nas últimas semanas – o governador Sérgio Cabral (PMDB).
Em Belo Horizonte, segundo a Agência Brasil, “dezenas de manifestantes deixaram a Avenida Passos, que fica próxima à área do desfile da Independência, e seguiram para a Praça Tiradentes, onde tentaram invadir o quartel desativado do 13º Batalhão da Polícia Militar. Uma bomba caseira foi atirada por um dos manifestantes contra a entrada do quartel e policiais militares que acompanham a manifestação jogaram bombas de efeito moral para dispersar” os manifestantes (pouco mais de 100, de acordo com a PM). “Uma agência do Banco Itaú teve os vidros estilhaçados por pedras atiradas pelos manifestantes”, informou ainda a Agência Brasil, acrescentando que vários deles pintaram o rosto ou usaram máscaras.
Em São Paulo, também segundo a Agência Brasil, cerca de 4 mil pessoas – ligadas ao Grito dos Excluídos, protesto realizado desde 1995 com o apoio da Igreja Católica – se manifestaram em frente ao Parque do Ibirapuera. A mobilização começou na Avenida Paulista, que permaneceu fechada pela manhã, e seguiu sem incidentes pela Brigadeiro Luís Antônio, acompanhada pela PM. Ali, a principal bandeira foi o fim da violência (policial, inclusive) contra os jovens, sobretudo da periferia.
Houve ainda concentração em frente à Catedral da Sé, reunindo menos de 500 pessoas, em ato convocado por centrais sindicais e movimentos populares, que teve como tônica às críticas ao governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).Em outras cidades, como São Luís (MA), Recife (PE), Goiânia (GO) e Maceió (AL), os protestos de transcorreram sem violência, puxados pelo Grito dos Excluídos. Mesmo assim, na capital alagoana, o desfile de Sete de Setembro foi interrompido depois que alguns manifestantes começaram a gritar palavras de ordem próximos ao cordão de isolamento feito pelas forças de segurança.
Em Belém (PA), onde a Polícia estimou em 200 o total de manifestantes, a redução das tarifas de ônibus, a melhoria das políticas públicas e a interrupção das obras da usina de Belo Monte foram as principais bandeiras levadas às ruas.
Na capital paraense e em várias outras cidades, como Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Curitiba (PR), houve prisão de manifestantes, ou por portarem armas brancas (como facas e canivetes) ou por se recusarem a tirar a máscara.
No capítulo violência, uma das cidades que mais se destacaram foi Vitória. Na capital do Espírito Santo, segundo o Jornal Hoje da TV Globo, aproximadamente 300 manifestantes se concentraram em frente à sede do governo estadual e passaram a depredá-la, colocando em ação a tropa de choque da Polícia Militar. Depois, os manifestantes seguiram para o pedágio da Terceira Ponte, que liga a capital capixaba ao vizinho município de Vila Velha. Nas manifestações de junho, a política adotada em relação a esse pedágio pelos últimos governos estaduais e mantida pelo atual governador, Renato Casagrande (PSB), foram a motivação maior dos protestos.
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