Congresso em Foco

"Um dos problemas do princípio da estabilidade é sua banalização e extensão a categorias que se acham fora do benefício"

O fim da estabilidade no serviço público

08.02.2018 14:34 11

Reportagem
Publicidade

11 respostas para “O fim da estabilidade no serviço público”

  1. Agnaldo Antônio Perez Nogueira disse:

    A matéria equivocasse na fundamentação da estabilidade. Esta não é privilégio e sim garantia do servidor de prestar serviço à população sem interferência política. Pensem se delegados, juízes fossem escolhidos como antes na nossa história? Será que conheceríamos os desmandos e roubos da classe política atualmente? Meu pai foi servidor no período em que a cada eleição municipal trocavasse os servidores e ponto. Sobre demissão de servidor sugiro consultarem os diários oficiais e verão a qunatidade de servidores demitidos. A investida da classe política sobre a estabilidade do servido é evitar a multiplicação de investigações e ações do MPF e MPE.

    • Fábio disse:

      Agnaldo, permita discordar.
      A proposta é sobre estabilidade, não sobre ingresso na carreira. Sendo aprovada ou não, o ingresso no funcionalismo público permanecerá da mesma forma: por concurso.
      E membros do Ministério Público e da magistratura fazem parte de um regime distinto, o da vitaliciedade. Portanto, não serão atingidos.
      A ideia é cortar gente incompetente e preguiçosa mesmo. Não há razão para a sociedade sustentar parasitas desse gênero. Garantia para a sociedade é a de ter bons servidores, algo que hoje ocorre apenas acidentalmente, já que não há punição aos ruins.

  2. Fábio disse:

    Sou funcionário público e favorável ao fim da estabilidade. Noto que muitos de meus colegas são acomodados, exatamente porque sabem que, não importa o que façam (ou não façam), permanecerão no cargo e receberão os mesmos vencimentos daqueles mais dedicados e eficientes.
    Sou favorável a de um lado encerrar a estabilidade, de modo a excluir do funcionalismo público aqueles parasitas que não servem à coletividade como deveriam; e, de outro, a estabelecer bônus de gratificação, como modo de premiar os mais eficientes. É assim que funcionam as empresas em geral, com muito melhor resultado.

    • Flavim Ble disse:

      Pelo seu comentário vc não é funcionário público. Atualmente o funcionário público que não quiser trabalhar é passível de demissão. Para isso se instala um procedimento administrativo em que se assegura o contraditório e a ampla defesa, podendo até constituir advogado. A estabilidade atual impede que político inescrupuloso demita os seus adversários para colocar os seus cabos eleitorais no lugar. O maior beneficiado com a estabilidade do servidor público (após três anos) é o cidadão.

      • Fábio disse:

        Pelo jeito você que não é funcionário público, ou distorce a realidade sabe-se lá por qual motivo.
        Tudo o que eu disse é verdadeiro. É muito mais fácil ser demitido na iniciativa privada do que funcionalismo público e tem muito servidor incompetente, preguiçoso, desatualizado, enfim, que presta serviço ruim. Esses não são demitidos, salvo em casos extremos. Para ser demitido é preciso incorrer em infração administrativa, não basta ser incompetente.
        E o que narrou não é verdadeiro, pois se ingressa no funcionalismo público por concurso, então não existe isso do político tirar alguém para colocar outro no lugar a seu bel prazer. A exceção está justamente nos cargos comissionados, mas em relação a eles já existe plena liberdade dos políticos em prover e desprover.

        • Cuca Belleti disse:

          É sempre uma maravilha o atendimento do 0800 nas empresas privadas? Lógico que não! E eles não podem ser demitidos facilmente?
          Então você percebe que a relação eficiência/facilidade de demissão não é como você escreve.

    • Cuca Belleti disse:

      Empresas privadas, na imensa maioria, tem uma porção de funcionários indicados por serem parentes, conhecidos ou amantes de pessoas com poder de mando.
      O atendimento dos bancos no Brasil é horrível, o serviço da esmagadora maioria é pessimo e eles tem lucros gigantescos.
      Operadoras de celular e de televisão a cabo a mesma coisa.
      Essa história de levar a iniciativa privada para “dentro” do Setor Público é das piores falácias que eu conheço.

  3. Walldemar Sobrinho disse:

    Trabalhei no serviço público por 35 anos e durante todo esse tempo deu pra perceber claramente a razão de nenhum serviço (nenhum mesmo, nem um único) do governo funcionar: meus colegas se prepararam apenas para fazer uma provinha de concurso e não para serem profissionais. Estando lá dentro, ou você fecha os olhos e faz o melhor possível ou pede pra sair.

    • Flavim Ble disse:

      Walldemar, talvez vc tenha sido comissionado. Pago para não fazer nada e recebendo os melhores salários, melhor mesmo até do que os dos concursados. Há muitos órgãos em que se trabalha muito. Esse que vc fala talvez o próprio órgão seja desnecessário.

    • Cuca Belleti disse:

      Desde quando 99% dos servidores tem poder para fazer o que querem ou para determinar como um órgão pode ser mais eficiente?
      A culpa da ineficiência é muitas vezes da falta de dinheiro, outras da legislação que engessa e muitas outras vezes do 1% que manda!
      Basta pensar: como um servidor do Judiciário pode ser eficiente se o Magistrado não for?
      Como um funcionário administrativo de uma Prefeitura pode ser eficiente se o Secretário ou o Prefeito não são?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

Seja Membro do Congresso em Foco

Apoie

Receba notícias também via