O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse nesta quarta-feira (28) que sua expectativa em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2009 é próxima do que foi divulgado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF). Segundo o IFF, a economia brasileira deverá apresentar uma forte desaceleração neste ano, crescendo apenas 0,8%. "O cenário é temeroso no Brasil e no mundo", disse Skaf ao Congresso em Foco.
Para o presidente da Fiesp, as projeções do instituto são factíveis, pois a União Européia, os Estados Unidos e o Japão terão crescimento negativo de até 2% em 2009. "É possível que o crescimento do mundo seja de 0% e do Brasil perto de 1%. Era por isso que eu não queria fazer previsões no final de 2008. Se isso acontecer, vai ter reflexo no emprego", disse. "Nossa prioridade número um deve ser a manutenção dos empregos", completou.
Skaf também apontou novamente a redução da taxa básica de juros como uma das dez soluções para a crise no Brasil. Segundo ele, se a taxa cair dos atuais 12,75% para 8%, o país terá uma economia de R$ 80 bilhões no pagamento da dívida pública. "É por isso que eu defendo reuniões do Copom a cada 15 dias. E esses R$ 80 bilhões poderiam ser utilizados em investimentos na infra-estrutura", avalia o presidente da Fiesp. (Lúcio Lambranho)
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