Você está sem dinheiro para viajar nas férias? Então mande seu ursinho de pelúcia. Através de uma agência de viagens alemã, ele irá aos locais que você gostaria de ir e lá será fotografado, proporcionando-lhe lindas recordações de suas férias (as do ursinho, não as suas).
E sua alimentação, como anda? Se quiser ovos frescos todo dia, saiba que uma empresa espanhola está oferecendo galinhas de aluguel. A empresa cobra cerca de R$ 190 por mês pelo aluguel da penosa e no preço está incluída a entrega da dita cuja, o galinheiro, a ração e a garantia de que pelo menos seis ovos por semana serão fornecidos (não sei se a galinha foi avisada disso).
Por falar em alimentação, a do seu cachorro, como vai? Veja que inauguraram lá em Londres a primeira sorveteria exclusiva para o melhor amigo do homem. Os donos do empreendimento concluíram que no verão tem feito tanto calor na Inglaterra que os cachorros também merecem um bom sorvete, com direito a casquinha e guardanapo.
Aliás, sobre cachorros, olhe para o seu com o maior cuidado e respeito. Você pode estar diante de um artista. Veja o caso de um pessoal lá dos EUA que tem vendido, por cerca de R$ 3 mil, os quadros pintados por um simpático canino que atende pelo nome de “Sam”.
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Se você estiver irritado, com vontade de agredir alguém, vá correndo para um bar que abriram lá na Espanha. Nele, pode-se insultar à vontade os garçons – até os piores palavrões são admitidos. O dono do empreendimento, entrevistado, declarou que seus clientes precisam “liberar suas frustrações em tempos de crise econômica”.
Em tempos de crise aparece de tudo – até zumbis. Parece incrível, mas centenas de ingleses disputaram com afinco o recentemente criado emprego de “zumbi”. Em troca de um salário que alcança uns R$ 70 mil anuais, os candidatos escolhidos devem passar seus dias dentro das catacumbas de Londres agindo como mortos-vivos.
PublicidadePor falar nisso, e a morte? Caso seja esta uma de suas preocupações, seja cliente de uma empresa norte-americana que tem vendido ingressos para o paraíso. Por uns R$ 30, mais R$ 9 de frete, você recebe em casa o bilhete, pessoal e intransferível, que deverá ser colocado em seu caixão. A propósito, a empresa adverte que não devolverá o valor do ingresso caso o paraíso não exista.
Está sem recursos para comprar seu ingresso? Sem problemas! Basta vender espaço publicitário no seu caixão – nos EUA dá para levantar até uns R$ 190 por cada propaganda. Sinceramente, fico a pensar na cena de alguém sendo enterrado dentro de um caixão coberto por anúncios de planos de saúde, hospitais e assemelhados.
Pelos menos você poderá ter um consolo: várias senhoras, com o aspecto mais respeitável possível, estarão chorando nesta ocasião. São trabalhadoras, contratadas através de um serviço oferecido na Espanha. Antigamente o “pacote” incluía gemer alto, rasgar as vestes e até arrancar os cabelos para demonstrar o sofrimento com a morte do contratante. Atualmente, porém, as profissionais são mais discretas, limitando-se a chorar e rezar em silêncio.
Sabe-se, como dizia Roberto Campos, que “uma economia competitiva produz bons resultados”. Nesta competição, novas iniciativas são fundamentais – afinal, como observou Victor Hugo, “o que guia o mundo não são as máquinas, são as ideias”. Sim, tudo isto é verdade. Só o que me preocupa é estar cada vez mais tênue a linha que separa a criatividade da indignidade.
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