O presidente Lula e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, se reunirão, na próxima quarta-feira, para conversar sobre o sucessor da pasta. “Acredito que na quarta-feira darei em primeira mão a vocês o nome do novo ministro”, disse Bastos, ontem, depois de um evento na Academia Nacional de Polícia.
Bastos comenta sobre sua saída do cargo desde o final do segundo turno das eleições. Na semana passada, ele confirmou que deixaria a pasta, mas não estipulou uma data. O ministro tem declarado, ainda, que deseja ver a continuidade de alguns programas como a reforma do Judiciário e a integração das polícias.
Durante a reunião também poderá ser discutido um nome para substituir o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Além de uma nova pasta para o diretor como a Controladoria Geral da União (CGU) ou o INSS.
Entidades defendem permanência de Marina Silva
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conta com a campanha de diversas entidades ambientalistas para permanecer no cargo. Na última quarta-feira, o presidente Lula recebeu uma nota de apoio à manutenção da ministra no cargo com 500 assinaturas. Mas a permanência de Marina pode dificultar algumas mudanças na legislação ambiental defendida pela chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
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Dilma tenta viabilizar a execução de projetos de infra-estrutura, mas para isso pode ser necessário que Marina deixe a pasta. No dia 25, o presidente Lula comentou, em um evento em São Paulo, que algumas questões ambientais dificultam o desenvolvimento do país.
Por outro lado, para o vice-presidente, José Alencar, Marina tem “condições excepcionais de ajudar na preservação do meio ambiente, sem prejuízos para o crescimento". A ministra conta com o apoio de nomes importantes do setor como o teólogo Leonardo Boff, deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) e Elenira Mendes, filha de Chico Mendes e presidente do instituto como o mesmo nome do pai.
Marina disse, ontem em São Paulo, que o presidente Lula ainda não agendou uma reunião para discutir sua permanência no Ministério. "Do ponto de vista do Ministério do Meio Ambiente, tivemos grandes avanços. Se o País não crescer 5%, não será culpa nossa", afirmou a ministra.