O delegado César Augusto Monteiro Alves Júnior, empossado como chefe do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) no último dia 20 de dezembro, afirmou, em nota divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais neste sábado (6), que não sabia do acúmulo de 120 pontos em sua carteira de motorista. A pontuação é decorrente de 26 infrações registradas entre 2014 e 2017. César disse não ter recebido as notificações. Entretanto, de acordo com reportagem do jornal O Globo, pelo menos 11 das 21 multas cometidas pelo condutor da caminhonete de luxo Dodge Journey STX, registrada no nome do delegado, foram quitadas. As outras cinco multas registradas no nome do chefe do Detran mineiro foram cometidas a bordo de outros veículos.
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O delegado afirmou que não recebeu nenhuma das notificações de infraçõe atribuídas a ele, “o que inviabilizou, além do meu constitucional direito de defesa, que eu pudesse exercer meu direito-dever de identificar quem conduzia os veículos no momento das infrações e possibilitar a correta responsabilização”.
A reportagem do jornal questionou, por meio da assessoria da Polícia Civil, como César conseguiu pagar as multas que alega não ter recebido notificação. Até o fim da tarde deste sábado, não havia resposta.
Ontem (sexta, 5), o jornal revelou que 30 dos 120 pontos na carteira do novo chefe do Detran são referentes a infrações de 2017. Em 2016 foram 44 pontos, 16 em 2015 e 30 em 2014. César afirmou que, por ser dono de três veículos, as imputações são aplicadas a ele, mas os carros são usados por diversos familiares e por motorista que presta serviços à família do delegado. Ele afirmou que adotará “medidas administrativas e judiciais pertinentes” a fim de comprovar que não conduzia os veículos multados.
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