Erguer o projeto de Oscar Niemeyer para a nova sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, custará R$ 328,5 milhões – R$ 1,5 milhão a menos que a previsão do edital. Somem-se os R$ 7 milhões que Niemeyer cobrou pelo desenho e o resultado é uma das obras mais caras da história do Judiciário brasieliro.
A empreitada será conduzida por um consórcio da OAS com a Via Engenharia ao preço de R$ 2,831 o metro quatrado. Segundo o jornal O Globo, as duas sedes hoje consideradas as mais caras do Judiciário – a do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a do Tribunal Superiror do Trabalho (TST) – custaram, respctivamente, R$ 2;476 e R$ 2,1 mil o metro quadrado.
Os críticos da construção de uma nova sede tão luxuosa para o TSE questionam a necessidade de tanto espaço. Afinal, dizem, são apenas sete ministros e o tribunal só é solicitado esporádicamente, em épocas de eleição.
Mas o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio de Mello, garante que o prédio pe necessário. "Constantemente temos problemas para acomodar as pessoas naquele plenário, que é mínimo", disse a O Globo.
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O novo TSE será erguido em um terreno de 54 mil metros quadrados às margens do lago Paranoá. O lote foi cedido pela União. A construção seguirá o padrão da obras de Oscar Niemeyer: concreto aparente e vidro escurecido.
Na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou um corte de R$ 1,2 bilhões nas despesas do Legislativo e do Judiciário. O orçamento da União previa a destinação de R$ 60 milhões para a obra, mas é possível que, com o contingenciamento, o valor seja reduzido. (Carol Ferrare)