Segundo matéria publicada neste sábado (15) pela Folha de S. Paulo, cerca de 50 assessores parlamentares fazem parte da lista paralela da CPI dos Correios, até agora não divulgada oficialmente.
Esses funcionários, conforme o jornal, não envolveriam no caso apenas os cinco deputados citados ontem pela Agência Reuters: o ex-ministro das Comunicações Eunício Oliveira (PMDB-CE), Luiz Piauhylino (PDT-PE), Nilton Baiano (PP-ES), João Mendes (PSB-RJ) e Benedito de Lira (PP-SE). Mas também José Militão (PTB-MG) e Moacir Micheletto (PMDB-PR), “entre outros parlamentares”, de acordo com o texto da Folha.
O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse à Reuters que, em relação a esses deputados, a comissão não chegou a conclusões definitivas, somente colheu indícios. Optou por inclui-los em pedido paralelo de investigação porque nenhum desses parlamentares foi ouvido pela CPI.
À Folha, o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), corrigiu a informação de Serraglio de que a lista já teria sido entregue ao Ministério Público e à Polícia Federal. De acordo com o senador, isso será feito na próxima semana. O relator, confrontado com as declarações de Delcídio, admitiu ter se enganado.
Leia também
O jornal afirma que as idas dos assessores à agência do Banco Rural em Brasília “coincidem com vários saques realizados nas contas da SMP&B, agência de publicidade que o empresário Marcos Valério de Souza usou para repassar dinheiro do mensalão para os deputados da base aliada ao governo”.
E acrescenta que todos os deputados citados na lista “alegam que nada têm a ver com o mensalão e que seus funcionários foram ao Rural para resolver questões pessoais, como o pagamento de contas”. A matéria informa que Militão e Lira forneceram ao jornal “comprovantes de pagamento de faturas emitidas pelo Banco Rural nas datas em que seus assessores estiveram na agência”.
Deixe um comentário