O Estado de S. Paulo
Patrimônio de Demóstenes quadruplicou após eleição
Quatro meses depois das eleições de 2010, o patrimônio do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) praticamente quadruplicou. O parlamentar comprou do seu suplente, o empresário Wilder Morais, um apartamento em um dos prédios mais luxuosos de Goiânia (GO), no valor de R$ 1,2 milhão. A transação imobiliária ocorreu três meses após a Construtora Orca, de propriedade de Wilder, comprar o imóvel de outra empresa goiana.
Em 2010, quando se reelegeu senador, Demóstenes declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 374 mil. Na relação de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não havia nenhum imóvel. O parlamentar listou um carro de R$ 102,4 mil e R$ 63,3 mil em contas bancárias. Informou ainda ter duas aplicações financeiras que não chegavam a R$ 10 mil.
Os valores apresentam uma pequena redução quando comparados aos que o parlamentar declarou ter em 2006, quando ele concorreu ao governo de Goiás. Naquela época, Demóstenes informou que morava em uma casa no Jardim América, bairro classe média de Goiânia, com a ex-mulher, Leda Torres. O valor estimado do imóvel era de R$ 70 mil e, a área de lazer vizinha ao sobrado, R$ 65 mil.
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A certidão do Cartório de Registro de Imóveis de Goiânia mostra que o senador pagou R$ 400 mil à vista pelo apartamento de luxo. O restante teria sido financiado pelo Banco do Brasil. No entanto, o contrato de compra e venda não foi registrado.
PublicidadeEm grampo, Perillo marca jantar com Cachoeira
Tudo sobre o caso Cachoeira
Vinho de R$ 30 mil
Em áudio, Demóstenes encomenda a Cachoeira a compra de Cheval Blanc, safra 1947.
Senador comemorou processo da Celg no STF, revela grampo
Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal, o parlamentar comemora uma decisão do ministro do STF Gilmar Mendes em uma ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg).
“Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar”, afirmou o senador, que avaliou que Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor da dívida da Celg com uma decisão judicial. “Dependendo da decisão dele, pode ser que essa Celg se salva (sic), viu? Ele que consegue tirar uns dois… três bilhões das costas da Celg.” Cachoeira responde: “Nossa senhora! Bom pra caceta, hein?”.
‘O PT deu um tiro no pé ao apostar que a CPI vai ofuscar o mensalão’
Diz-se que toda Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) acaba em pizza. Mas o cientista político da Universidade de São Paulo (USP), José Álvaro Moisés, especialista em Congresso, discorda. Um estudo coordenado por ele e publicado, no ano passado, no livro O Papel do Congresso Nacional no Presidencialismo de Coalizão, aponta que, entre 1999 e 2010, 86% das CPIs instaladas no Senado e na Câmara encaminharam relatórios ao Ministério Público e 56% à Polícia Federal. Ele explica que, às vezes, há confusão sobre o papel das comissões: “A CPI não pode punir ou processar. Ela pode fazer inquéritos e pedir o indiciamento”.
Agnelo enviou emissários a Cachoeira
Assessores do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), figuram como mensageiros do petista em diálogos com Carlinhos Cachoeira e seus aliados, apontam as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Nas conversas, eles levam supostos recados de Agnelo e tratam de interesses da organização criminosa no governo.
Apontado no inquérito como o “01 de Brasília”, o próprio governador teria enviado, via Cachoeira, um aviso ao senador Demóstenes Torres para que críticas a seu respeito cessassem. A informação aparece no resumo de um dos telefonemas entre o contraventor e o ex-diretor da Delta Construções, Cláudio Abreu, em 6 de julho de 2011.
“Te contei ontem que o coisa… mandou um recado para o Demóstenes (de) que, se bater nele, vai contar que reuniu lá no apartamento dele para pedir obras?”, questiona Cachoeira. “Você comentou ontem comigo. Uai, negar, né, doutor? Chamou o cara de mentiroso, safado”, responde Abreu. A PF diz que os dois, provavelmente, falam de Agnelo e não informa que situação teria motivado a ameaça.
Com base fragmentada, Haddad vê ‘hegemonia’ na TV ameaçada por Serra
O ex-governador tucano José Serra e o petista Fernando Haddad podem ficar praticamente empatados na divisão do tempo de propaganda eleitoral se conseguirem fechar acordos com seus principais alvos no “mercado” das coligações em São Paulo. Gabriel Chalita, do PMDB, deve ficar em terceiro no rateio do tempo de TV, e os demais candidatos terão exposição típica de “nanicos”, dado o diminuto tamanho de suas bancadas na Câmara dos Deputados.
O PSDB é o partido mais avançado nas discussões para garantir espaço no chamado palanque eletrônico. Já está praticamente certa a coligação dos tucanos com DEM, PP, PV e PSD, e há chances de aliança com o PTB, apesar de o petebista Luiz Flávio Borges D’Urso, presidente da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, ter-se lançado na disputa pela Prefeitura.
A favela se valorizou
Moradores de favela urbanizada se divertem na represa Billings; melhorias de infraestrutura em grandes comunidades, como Paraisópolis e Heliópolis, fazem os imóveis locais custarem até R$ 50 mil.
Juros custam R$ 195 bilhões ao brasileiro
Os brasileiros gastam R$ 194,8 bilhões por ano com pagamento de juros de empréstimos bancários. Se todas as 54 milhões de pessoas com conta em banco hoje tivessem buscando crédito no sistema financeiro, cada uma teria gasto anual de R$ 3,6 mil, segundo cálculos de empresa de classificação de risco.
Taxa menor reduz opções de crédito
Com a redução da diferença de juros cobrados entre os bancos no financiamento de veículos, o poder de barganha diminuiu.
O avanço da direita radical
A extrema direita adaptou seu discurso e, diante da crise na Europa, chegou ao poder nos últimos anos em vários pontos do continente.
Ativista chinês tem proteção dos EUA
O ativista cego Chen Guangcheng, que escapou de prisão domiciliar há uma semana, está sob proteção dos EUA em Pequim, informou a entidade ChinaAid.
Folha de S. Paulo
Grupo comprou lote de vinho raro para Demóstenes
Caronas em jatinhos, presentes do exterior e vinhos de milhares de dólares faziam parte do arsenal que o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, usava na troca de favores com políticos e servidores, afirma a Polícia Federal.
A íntegra do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) e áudios da Operação Monte Carlo mostram que em agosto de 2011 Cachoeira e seu assessor Gleyb Ferreira da Cruz conversam sobre um vinho Cheval Blanc, safra 1947.
A bebida, que já teve uma garrafa especial leiloada por mais de R$ 500 mil, seria comprada para o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), ao custo de até US$ 2.950 a unidade. A diferença de preço se daria por causa de algumas “imperfeições” nas garrafas.
Ministros do STF precisam de coragem para anular tudo
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro diz que a Polícia Federal produziu provas ilegais contra o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) nos inquéritos que levaram o empresário Carlos Cachoeira à prisão em fevereiro.
Kakay, como o advogado é mais conhecido, foi contratado para defender Demóstenes e Perillo. Ele afirma que os dois só poderiam ter sido investigados com autorização dos tribunais superiores em que têm foro privilegiado.
Segundo o advogado, ao usar as escutas telefônicas feitas pela PF como elementos para pedir a abertura de investigações contra eles, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu um “presente” à defesa.
Dono da Delta conhecia ‘esquema Cachoeira’, diz PF
As investigações da Polícia Federal no caso Cachoeira indicam que Fernando Cavendish, presidente licenciado da Delta Construções, tinha conhecimento e orientava a atuação de seu ex-diretor para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu.
Demitido após a revelação de que trabalhava em conjunto com Carlos Cachoeira, Abreu sempre teve sua atuação classificada como autônoma pela Delta, empreiteira líder no recebimento de recursos do Executivo federal desde 2007.
‘Você tem que tomar cuidado’, teria dito Cavendish a diretor
O inquérito da Operação Monte Carlo da Polícia Federal indica que o presidente licenciado da Delta Construções, Fernando Cavendish, tinha conhecimento e estimulava a forma pela qual o ex-diretor Cláudio Abreu conduzia os negócios da empresa no Centro-Oeste.
Abreu, demitido pela Delta após a operação, é apontado pela PF como integrante do suposto esquema de corrupção comandado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Na última terça, Abreu foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal sob a acusação de fraude em licitações.
Cachoeira agiu para proteger Demóstenes de ex-diretor do Dnit
O grupo de Carlinhos Cachoeira pediu a intervenção de um aliado do ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transpores), Luiz Antônio Pagot, para acalmá-lo e evitar que ele atacasse o senador Demóstenes Torres (ex-DEM).
A PF interceptou conversas telefônicas na Operação Monte Carlo, em julho de 2011, quando uma série de suspeitas de corrupção no Dnit levou à queda do então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e de Pagot.
Escutas telefônicas mostram que Acácio Rozendo, aliado de Pagot, recebeu R$ 24 mil em sua conta, em abril de 2011, repassados por uma empresa do grupo de Cachoeira. O servidor também era ligado ao então diretor da Delta Construções para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu.
Chalita vira arma para pressionar PT e PSDB
Partidos insatisfeitos com o PT e o PSDB – siglas que polarizam a eleição em São Paulo – estão usando a aproximação com o pré-candidato do PMDB, o deputado federal Gabriel Chalita, para ampliar a pressão nas negociações por alianças na capital.
Chalita pretende se consolidar como terceira via na disputa e se apresenta como um candidato com boas relações tanto com o governo federal, da petista Dilma Rousseff, quanto com o estadual, do tucano Geraldo Alckmin.
O DEM, tradicional aliado do PSDB, foi o primeiro a indicar que poderia apostar em Chalita como forma de fustigar e pressionar o pré-candidato tucano, o ex-governador José Serra. Agora, movimento semelhante foi deflagrado pelo PP, do deputado Paulo Maluf.
Governo dobra repasse a centrais sindicais
O governo federal dobrou, em três anos, o valor repassado às principais centrais sindicais, que preparam festas milionárias para celebrar o feriado do Dia do Trabalho, nesta terça-feira.
O bolo destinado às centrais saltou de R$ 62 milhões em 2008 para R$ 124 milhões no ano passado, segundo levantamento feito pela pasta a pedido da Folha. Se o ritmo de crescimento se mantiver, a quantia vai ultrapassar os R$ 150 milhões em 2012.
O dinheiro representa 10% da receita com o imposto sindical. A contribuição anual equivale à remuneração por um dia de serviço e é obrigatória mesmo que o trabalhador não seja sindicalizado.
Apesar da origem pública, não há nenhuma fiscalização sobre o uso da verba. Ao sancionar a lei que instituiu os repasses, em 2008, o então presidente Lula vetou dispositivo que obrigava as entidades a submeter os gastos ao TCU (Tribunal de Contas da União).
Sertanejo tem máquina de lavar, só que falta água
O descompasso entre a implantação de infraestrutura hídrica no semiárido nordestino e o crescimento da renda dos seus moradores fez surgir na região vítimas da seca que não têm água encanada, mas moram em casas com antenas parabólicas, TVs de LCD e até máquinas de lavar.
Segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), a renda no Nordeste cresceu 42% entre 2001 e 2009. Já o número de domicílios com água encanada na zona rural aumentou apenas 6,9% entre 2000 e 2010, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o descompasso resulta de “anos sem política de sustentabilidade hídrica”.
Numa região onde apenas 35% dos domicílios rurais são ligados à rede de distribuição, a solução no período de estiagem são ações emergenciais. Só com carros-pipa, o governo federal vai gastar neste ano R$ 164,6 milhões.
O Globo
Delta é acusada de contratar fantasmas e abandonar obras
Obras com problemas de infraestrutura, abandono de serviços, suspeitas de irregularidades em licitações, uso repetido de termos aditivos e até a contratação de funcionários fantasmas. Uma análise de contratos da Delta Construções com prefeituras de grandes cidades do país mostra um retrato do tipo de trabalho que a empreiteira vem concedendo ao poder público, hoje o único cliente da construtora. No Rio, por exemplo, a Delta está sendo investigada pelo Ministério Público. Já o Tribunal de Contas do Município (TCM) afirma que fará um pente-fino em todos os contratos executados pela empresa número 1 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e alvo da CPI do Cachoeira.
O Ministério Público do Rio apura as dispensas de licitação do lixo para a contratação da Delta pela prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com quem a empreiteira manteve contratos sem licitação no valor de R$ 84 milhões na gestão do ex-prefeito Washington Reis (PMDB), atual deputado federal. Os promotores querem saber ainda as circunstâncias que teriam levado a Delta a contratar 67 funcionários fantasmas para trabalharem com o recolhimento de resíduos na cidade.
Proposta indecente
Donos de casas de jogos eletrônicos negociaram por R$ 1 milhão o apoio de um grupo de deputados federais ao projeto de legalização dos bingos no início de 2010, quando a proposta estava prestes a ser levada ao plenário da Câmara. Pelo menos um dos deputados usou indevidamente o nome do então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), hoje vice-presidente da República, na negociação. Ao justificar o valor global da propina, o deputado negociador explicou que R$ 400 mil seriam destinados a Temer. O restante, R$ 600 mil, seria partilhado entre outros parlamentares.
A negociata com fachada social esbarrou no deputado Fábio Ramalho (PV-MG), então no primeiro mandato, mas muito atento às sutilezas da atividade parlamentar. Ex-prefeito de Malacaxeta, pequena cidade do interior de Minas Gerais e favorável aos jogos, o deputado não despertou desconfiança da turma do jogo e teve acesso a informações importantes sobre as negociações em curso. Sem fazer alarde, o deputado pediu audiência e avisou Temer sobre o envolvimento do nome dele na negociata.
Na CPI, José Eduardo Cardozo será a ponte entre Congresso e o governo
Respeitado em todos os partidos e com experiência em CPIs, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto abaixo), terá papel importante na ponte entre o governo e o Congresso Nacional, durante as investigações do envolvimento de políticos com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Enquanto Cardozo sobe na cotação presidencial, outros ministros vão perdendo espaço, ou prestígio público. Amigo da presidente Dilma Rousseff desde Belo Horizonte, quando ambos participavam do movimento de resistência à ditadura, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, é ouvido pela presidente nas mais diversas situações — em momentos de crise e na formulação de políticas públicas.
Uma cidade esquecida
O Ministério Público vai à Justiça contra o governo do estado e a Delta para que o conjunto Nova Sepetiba II seja concluído. Construídas há dez anos numa área de Mata Atântica, as 319 casas populares – vazias até hoje – já consumiram R$ 30,5 milhões.
Descoberta de pré-sal do gás trará autonomia
Estudo da Agência Nacional do Petróleo (ANP) revela que o Brasil tem reservas de gás natural em bacias terrestres que devem elevar a oferta em 360% na próxima década, mostram Ramona Ordeñez e Bruno Rosa. Em 5 anos, o país já será autossuficiente, diz Edison Lobão, ministro de Minas e Energia.
Brasil não consegue deter avanço chinês
A China passou dos EUA e virou o principal fornecedor de manufaturados do Brasil no 1º trimestre. Para analistas, as medidas adotadas contra o país são uma “gota no oceano”.
Correio Braziliense
Cachoeira espionou a diretoria do DNIT
Interessado nas licitações milionárias, o bicheiro se aproximou de empreiteiras beneficiárias de repasses volumosas no órgão, que passou a ser estratégico para ele. Além de tentar emplacar superintendências, Carlinhos Cachoeira pediu ao araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, para vasculhar a vida do diretor-geral do DNIT, Jorge Fraxe, assim que o nome deste foi oficializado pela presidente Dilma Rousseff, durante a faxina no Ministério dos Transportes, em agosto do ano passado.
Servidor vira alvo preferido dos agiotas
Usando nomes de instituições idôneas para atrair endividadas, golpistas oferecem crédito fácil. Mas o que parece ser solução logo se revela uma armadilha. Proliferação desse tipo de negócio pelo DF já fez acender o sinal de alerta do Banco Central e da Susep.
Chance de economizar
Redução de juros na Caixa torna vantajosa portabilidade no financiamento de imóveis.
Mais cuidado com o IR
Na reta final do prazo, fluxo de informações na web exige atenção dobrada do contribuinte.
Produtores brigam por água no DF
Vizinhos de propriedade na zona rural do Gama trocam socos e vão à delegacia por causa de intervenção no abastecimento. Disputa por recurso já gerou até morte.
Impunidade protegida em lei
Abusos e crimes cometidos por representantes de embaixadas e consulados permanecem sem solução. Imunidade dimplomática é garantida pela Convenção de Viena.