O Estado de S. Paulo
Oposição se articula para barrar “janela de infidelidade”
Preocupados com o impacto que a eventual aprovação de uma janela de troca partidária possa provocar sobre seus quadros, integrantes da oposição já se preparam para tentar barrar a proposta, embutida na discussão da reforma política. PSDB, DEM e PPS, siglas da oposição ao Planalto, sabem que a permissão de mudança de partido, conhecida como “janela de infidelidade”, deverá abrir a porta para que vários de seus quadros partam em direção da base da presidente Dilma Rousseff, eleita pela aliança entre PT, PMDB, PDT, PC do B e PSB.
Na condição de coordenador do PSDB para as propostas de reforma política, o senador Aécio Neves (MG) já avisou que o partido se baterá contra o projeto. Aécio opera para impedir, inclusive, que a medida seja sequer discutida dentro da comissão especial que trata da reforma política no Senado.
Deputado federal do DEM confirma adesão ao PSD
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, conseguiu atrair mais um deputado federal para o PSD, novo partido que está previsto para ser lançado hoje, em São Paulo. O deputado Junji Abe (DEM-SP) confirmou ao Estado, que acompanhará o prefeito na nova legenda. Como Junji vai aderir ao partido no momento de sua fundação, não corre o risco de perder o mandato parlamentar para o suplente, já que a legislação eleitoral inclui a criação de uma nova legenda como uma das exceções permitidas dentro da Lei de Fidelidade Partidária. “Já estava decidido. Portanto, marcharei determinado em direção à nova agremiação política PSD, com Kassab”, afirmou o deputado.
“O melhor será ajudar a Dilma”, diz Kassab
Ao formalizar ontem, em Salvador, a adesão do vice-governador da Bahia, Otto Alencar, ao novo partido que vai criar, o Partido Social Democrático (PSD), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi ambíguo sobre o lado político que a sigla assumirá, se será aliada do governo ou oposição. Apesar de ter defendido a independência da sigla, Kassab afirmou que “o melhor para o Brasil será ajudar a presidente Dilma Rousseff e o governador Jaques Wagner, na Bahia”, ambos petistas. O prefeito anuncia oficialmente hoje, em São Paulo, a criação do partido.
Na Bahia, o DEM – antigo PFL ao qual pertenceu Antonio Carlos Magalhães, e partido que Kassab abandona a partir de hoje – é oposição ao PT. Ontem, Kassab coletou assinaturas para a abertura da legenda, em evento concorrido, que reuniu deputados e ex-deputados, vereadores, prefeitos e ex-prefeitos, além de lideranças da base aliada, sobretudo petistas, dos governos federal e estadual, no Estado.
Ataques à Líbia se intensificam e Kadafi promete longa guerra
Forças americana e européias intensificaram sua ofensiva ontem contra as tropas leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi, no segundo dia da operação. Novos tiros de artilharia antiaérea e explosões foram ouvidos em Trípoli, depois que Kadafi prometeu enfrentar o Ocidente em uma longa guerra e disse que havia começado a distribuir armas a mais de 1 milhão de pessoas, homens e mulheres e crianças, para defender o país. O quartel-general de Kadafi foi parcialmente destruído num bombardeio e não se sabia o paradeiro do ditador. O Pentágono considerou que os ataques dos últimos dois dias foram bastantes efetivos, mas negou que a residência de Kadafi tenha sido alvo. A Liga Árabe e a Rússia pediram a suspensão das operações militares, porque elas estariam atingindo civis. (Págs. 1, A19 a A21)
EUA vão entregar em breve liderança da ação
O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou ontem que o Pentágono espera entregar o controle da missão na Líbia para uma coalizão liderada pela França e pela Grã-Bretanha ou pela Otan -,
em questão de dias. Segundo ele, o papel dos EUA não será
proeminente. (Págs. 1, A20 e Internacional)
Brasil é exemplo democrático
O presidente dos EUA, Barack Obama, usou ontem o exemplo da consolidação democrática no Brasil para, de forma indireta, estimular a abertura do Ocidente Médio e do Norte da África em especial a Líbia e o Egito e a orientação desses países para a economia de mercado. Foi o ponto alto do discurso no Theatro Municipal do Rio, para cerca de 2000 convidados. Ele lembrou do passado da presidente Dilma Rousseff na resistência à ditadura e disse que aqueles que acreditam que a democracia é um obstáculo ao progresso terão de se ver com o exemplo do Brasil foi bastante aplaudido. Vestindo terno, sem gravata, iniciou o seu discurso em português para mostrar simpatia: Alô, Rio de Janeiro. Alô, cidade maravilhosa. Boa tarde, todo o povo brasileiro. Obama fez vários elogios ao Brasil, em meio a ofertas de negócios que incluíram a infraestrutura para a Olimpíada. Disse estar disposto a tratar o Brasil como parceiro igual, mas evitou chamar o País de
estratégico.
Análise: Carlos Melo – Um craque da sedução política
Quem esperava um pronunciamento político sentiu-se frustrado. Mas nem havia motivos para isso.
Secretário do Comércio dos EUA rebate críticas
Gary Locke disse a Raquel Landim que “o Brasil tem de focar no comércio com o mundo, e não país a país. Foi uma resposta às críticas sobre o déficit comercial com os EUA.
Avó e neto são salvos 9 dias após tremor
Nove dias depois do tsunami que atingiu o Japão, uma mulher de 80 anos e seu neto de 16 foram resgatados em Ishinomaki. Os dois sobreviveram com alimentos que estavam na geladeira. Ao menos 21 mil pessoas estão mortas ou desaparecidas.
Folha de S. Paulo
Aliados sofrem críticas por danos a civis
A coalizão internacional intensificou os ataques na Líbia e, no segundo dia de ações, disse ter conseguido impor zona de exclusão aérea e interromper a ofensiva do ditador Muammar Gaddafi contra rebeldes. Um prédio do governo foi alvejado e destruído em Trípoli. Mas a operação atraiu críticas da Liga Árabe pelas supostas mortes de 64 civis -negadas pela coalizão. Gaddafi prometeu vencer “uma guerra longa”.
Brasil é exemplo para árabes, diz Obama no Rio
Em seu aguardado discurso ao povo brasileiro, Barack Obama disse ontem que o país é exemplo para o mundo árabe de como unir liberdade e progresso. Do palco do Theatro Municipal, no centro do Rio, cativou os cerca de 2.000 presentes com palavras em português. Do lado de fora, no entanto, pessoas se diziam frustradas com o cancelamento do discurso a céu aberto. Também houve protestos.
Mais cedo, Obama visitou a favela de Cidade de Deus. No Flamengo, ganhou uma camisa do clube. À noite, foi ao Cristo Redentor. Assessores classificaram a passagem pelo Brasil como um sucesso, dizendo que Obama gostou do pragmatismo de Dilma. Hoje, ele segue para o Chile.
Visita desobstruiu relação Brasil-EUA, diz pesquisador
A visita de Barack Obama conseguiu “desobstruir o canal de comunicação em alto nível” entre Brasil e EUA.
É o que afirma Matias Spektor, que conhece bem os dois lados da relação bilateral: dirige os estudos de relações internacionais da FGV do Rio e já foi pesquisador do Council on Foreign Relations, em Washington. Para ele, Dilma não foi dura demais no discurso de recepção a Obama. Ao contrário, deveria ter falado mais das divergências, inclusive sobre o Irã. “Obama já aceitou que haverá diferenças.”
Líder diz que país une liberdade e progresso
Num discurso alinhavado pelo tema da democracia como ponto de união entre os dois países, o presidente dos EUA, Barack Obama, exaltou o Brasil como um país que mostra que é possível conciliar progresso e liberdade. Esse exemplo, defendeu, deve ser seguido pelo mundo árabe, num momento em que os EUA tentam pôr fim à ofensiva militar do ditador líbio, Muammar Gaddafi, contra rebeldes. “Esse é o exemplo do Brasil. Um país que mostra que uma ditadura pode virar uma pujante democracia. Um país que mostra que a democracia traz liberdade e oportunidade a seu povo.”
Usando o mesmo mote, fez crítica indireta à China, hoje a segunda maior economia mundial: “Os que acreditam que a democracia atrapalha o progresso precisam explicar o exemplo do Brasil”. No ponto alto da etapa de relações públicas de sua visita, Obama discursou ao “vibrante povo brasileiro” do palco do Theatro Municipal, no centro do Rio. A plateia, receptiva, combinava acadêmicos e autoridades, com participantes de movimentos de mulheres, idosos, jovens e negros.
Isolados, moradores se espremem para avistar presidente
Celebrizada por livro e filme homônimos, a Cidade de Deus, favela do Rio de Janeiro com 62% de pretos e pardos, acordou cedo ontem para ver Barack Obama. A visita em si durou apenas 35 minutos. Concentrou-se em um prédio da FIA (Fundação para a Infância e Adolescência), órgão estadual que cuida de jovens carentes.
Obama chegou em uma comitiva de 15 vans. O carro dele entrou na FIA e um pesado portão preto se fechou atrás. Lá fora, cerca de 300 soldados com fuzis, metralhadoras, lança-granadas e até um tanque urutu (quase entalado na ruela) mantinham o povo à distância. Mas os cerca de mil moradores aglomerados no campinho recém-reformado a cem metros dali estavam confiantes de que poderiam abraçar Obama.
Obama elogia “pragmatismo” de Dilma
O presidente Barack Obama gostou do “estilo pragmático” de sua colega Dilma Rousseff e notou uma enorme mudança no posicionamento do governo brasileiro em relação à questão dos direitos humanos. Nem a abstenção no voto do Conselho de Segurança da ONU sobre uma resolução destinada a proteger civis na Líbia azedou essa impressão, segundo assessores do norte-americano. “Durante o encontro bilateral que o presidente Obama e a presidente Dilma tiveram, notamos uma enorme mudança, a presidente é realmente apaixonada pela questão dos direitos humanos”, disse uma fonte da Casa Branca à Folha.
Americano vai ao Chile pregando aliança igualitária com AL
Em sua segunda escala na região, o presidente Barack Obama chega hoje ao Chile com a previsão de fazer no país um histórico discurso sobre a América Latina. Em Santiago, onde ficará menos de 24 horas, ele também vai discutir o comércio bilateral e parcerias em áreas como tecnologia e educação. No esperado discurso sobre a América Latina, antes previsto para o Brasil, Obama deve atualizar, como adiantou o Departamento de Estado, alguns pontos da “Aliança para o Progresso”, um plano lançado pelo ex-presidente John Kennedy, há 50 anos, com o objetivo de aproximar os EUA dos países latino-americanos. À época, auge da guerra fria, a intenção americana era aumentar sua influência na região, por meio de acordos econômicos, para fazer frente à influência de Cuba e do comunismo. Hoje, se há inimigos, eles são outros.
Ministro petista defende o retorno de Delúbio à sigla
Fiel escudeiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) defende a volta de Delúbio Soares ao PT. Em entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV!, que iria ao ar na madrugada de hoje, Carvalho afirmou que é direito do ex-tesoureiro petista requerer a volta ao partido e que ele terá seu apoio, caso peça a refiliação.
Pivô do escândalo do mensalão, Delúbio foi expulso do PT em 2005. “Você não pode fazer uma punição eterna para ninguém. O Delúbio purgou, pagou um preço altíssimo, foi expulso do partido. Tem o direito de requerer sua volta e, havendo da parte dele o compromisso de um comportamento adequado, de se refiliar. Eu apoiaria a volta dele.”
Dilma cria órgão que cederá aeroporto à iniciativa privada
Depois de meses de discussão no governo, a presidente Dilma Rousseff criou a Secretaria de Aviação Civil com poderes para transferir à iniciativa privada o direito de explorar os aeroportos. A criação do órgão foi antecipada pela Folha em janeiro. Vinculada à Presidência, terá status de ministério e foi criado por medida provisória numa edição extra do “Diário Oficial da União”. Toda a estrutura da aviação civil, hoje sob o Ministério da Defesa, será transferida para a secretaria. Ela responderá por Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Infraero (que administra os principais aeroportos).
Kassab atinge maior índice de reprovação
No momento em que deixa o DEM para fundar um novo partido, o PSD (Partido Social Democrático), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, registra sua pior avaliação na pesquisa Datafolha. Em quatro meses, caiu 8 pontos (de 37% para 29%) o total daqueles que avaliam o governo de Kassab como ótimo ou bom.
Os que julgam a administração regular passaram de 30% para 27%, e os que a consideram ruim ou péssima, de 31% para 43% dos entrevistados -a maior taxa de reprovação desde que assumiu o cargo, em 2006. O Datafolha fez o levantamento nos últimos dias 15 e 16. Foram realizadas 1.089 entrevistas com pessoas com 16 anos ou mais na capital. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Alckmin supera Covas e Serra em avaliação positiva
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), superou seus antecessores Mário Covas e José Serra e alcançou a melhor avaliação nos três primeiros meses de mandato desde 1995. Segundo o Datafolha, o início de governo Alckmin é considerado ótimo ou bom por 48% da população do Estado, enquanto 29% o consideram regular e 14% avaliam como ruim ou péssimo (8% não souberam opinar). Em uma escala que vai de 0 a 10, o governador recebe nota média 6,4. A pesquisa foi realizada nos dias 15 e 16 de março com 2.006 pessoas em 61 municípios do Estado de São Paulo.
PR corta superpensão de quatro ex-governadores
O governo do Paraná decidiu suspender, por meio de um ato administrativo, o pagamento de aposentadorias para quatro ex-governadores do Estado. Serão encerrados os benefícios -no valor de R$ 24 mil mensais- dos ex-governadores Roberto Requião (PMDB), Orlando Pessutti (PMDB), Jaime Lerner e Mário Pereira (PDT), que governaram o PR de 1991 a 2010. Ficam mantidos, porém, os pagamentos a cinco ex-governadores e quatro viúvas que haviam obtido o benefício antes da Constituição de 1988, o que inclui Arlete Richa, mãe do atual governador, Beto Richa (PSDB).
Não há espaço para uma terceira força nas disputas eleitorais
A criação de um novo partido pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e a provável incorporação do nascituro PSD pelo PSB não quebrará a polarização PT-PSDB, afirma o cientista político Fernando Limongi, 53, professor titular da USP. Conforme reportagem da Folha mostrou (12/3), o Planalto teme que o PSB ganhe muita musculatura e se torne um problema em 2014. Para Limongi, porém, as disputas para o Executivo são bipartidárias e não há espaço para uma terceira opção. De acordo com ele, as estratégias de PT e PSDB definem -e limitam- as opções do eleitor nas disputas para presidente e governador e, agora, ao Legislativo.
O Globo
Obama: Brasil dá exemplo de democracia a mundo árabe
Um dia depois de ordenar do Brasil a ofensiva contra a Líbia de Kadafi, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou a democracia brasileira como exemplo para ditaduras do mundo árabe. Ao discursar no Theatro Municipal, Obama disse que o Brasil mostrou que é possível superar regimes autoritários e conciliar democracia e crescimento econômico. O presidente americano manteve o tom de parceria adotado anteontem, no encontro com a presidente Dilma Rousseff, e disse que as relações Brasil-EUA são entre nações iguais, e não mais como parceiros sênior e júnior. Para especialistas, a visita trouxe ganhos políticos para o Brasil, especialmente com a sinalização positiva dos EUA à pretensão brasileira de obter vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. O discurso de Dilma, cobrando o fim das barreiras comerciais, também, é uma marca positiva do encontro. Avanços concretos na agenda econômica e comercial foram limitados, porém, pela relação conflituosa de Obama com o Congresso americano.
No comércio, apelo brasileiro ainda sem resposta
A debilidade política do presidente Barack Obama nos Estados Unidos limitou os avanços na agenda econômico-comercial durante a visita oficial ao Brasil, avaliam governo, analistas e empresários brasileiros.
Sem forças para aprovar no Congresso americano projetos como a reforma do sistema de saúde e o Orçamento, Obama não deu sinais de nenhum avanço concreto sobre demandas centrais endereçadas pela presidente Dilma Rousseff: redução de barreiras comerciais a produtos brasileiros e mudança de orientação nas ações que visam à recuperação dos EUA, cujo efeito colateral é a diminuição da competitividade brasileira.
Ainda assim, a avaliação geral é que a viagem foi carregada de simbolismos positivos, como o apreço pela pretensão brasileira a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU gesto considerado uma vitória pelo Planalto e pelo Itamaraty ; o reconhecimento do Brasil como liderança global, em pé de igualdade com China e Índia; e a definição do país como parceiro estratégico na área de energia e nos investimentos.
A proposta da Boeing é a melhor de todas, diz Obama
No encontro de 70 minutos de duração entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama foi evocada a futura compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). A Boeing americana tenta emplacar o seu F-18 Super Hornet, em concorrência com o Rafale, da França, e o Grippen, da Suécia. O tema foi suscitado na conversa por iniciativa da presidente brasileira. Obama defendeu que “a melhor oferta” entre todas é a do F-18 americano, inclusive pela transferência de tecnologia incluída no pacote.
Na Cidade Maravilhosa, até turismo
Desde sábado à noite no Rio, Obama e família aproveitaram o domingo também para fazer turismo na Cidade Maravilhosa, chamada assim pelo presidente americano no discurso do Municipal. Eles foram à cidade de Deus, onde Obama quebrou o protocolo e andou nas ruas, e, à noite, ao Cristo.
No Rio, gabinete de crise para 1ª guerra de Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama, adiou da manhã para a noite sua visita ao Corcovado para discutir a guerra na Líbia com secretários e conselheiros em Washington. Numa entrevista no Rio, a Casa Branca afirmou que o objetivo principal da ação militar, a primeira autorizada por Obama em seu governo, é proteger civis.
Míssil atinge palácio de Kadafi em Trípoli
Um dos prédios do complexo residencial de Muamar kadafi, a 50 metros da tenda onde costuma receber seus convidados, foi derrubado por um míssil ontem. A coalizão de países que tenta conter Kadafi concentrou sua ofensiva em Trípoli, mas negou que ele esteja entre os alvos da operação, alegando que o local tinha arsenal militar. O ditador líbio manteve o tom desafiador, atacou pesadamente a cidade de Misurata e chamou os países da coalizão de nazistas e terroristas. O Pentágono avaliou que a primeira fase da ofensiva foi bem-sucedida, pois freou o avanço do governo líbio em Benghazi. A Liga Árabe condenou os bombardeios e quer reconsiderar o apoio à zona de exclusão aérea.
Correio Braziliense
Festa no Brasil
O presidente norte-americano, Barack Obama, usou todas as habilidades para conquistar a simpatia dos brasileiros na visita ao Rio de Janeiro. No Theatro Municipal, diante de uma platéia de 2 mil convidados, ensaiou palavras em português e não poupou elogios ao país. Foi aplaudido de pé. Pela manhã, arriscou embaixadinhas na Cidade de Deus. À noite, conheceu o Corcovado.
Kadafi anuncia cessar-fogo após ação de aliados
No segundo dia de ação militar na Líbia, Muamar Kadafi prometeu interromper a ofensiva contra os rebeldes, mas forças da coalizão não reconheceram a trégua. Bombardeios chegam a Trípoli, capital do país. Segundo o Pentágono, defesa aérea do ditador foi fortemente atingida. Sob ordens de Kadafi, um milhão de civis líbios teriam começado a receber armas.
Seu bolso: Os riscos da compra em parcelas
A estabilidade estimula o brasileiro a fazer financiamentos para adquirir carros e imóveis. Aprenda a não cair nas armadilhas da dívida saudável.