O Estado de S. Paulo
Governo sai em bloco para responder a FHC
O governo saiu ontem em bloco para responder as críticas feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à estratégia do Palácio do Planalto para tentar vencer as eleições de outubro. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à corrida presidencial, reconheceu que o governo tucano deu contribuições ao País, mas indicou que não deixará de fazer comparações entre o que foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu antecessor. “Não estou desmerecendo ninguém, estou dizendo que nosso caminho é melhor”, disse. Em artigo publicado ontem no Estado, Fernando Henrique afirmou que Lula, levado por “momentos de euforia”, está inventando inimigos e enunciando inverdades. O ex-presidente lamentou que o sucessor tenha se deixando contaminar por “impulsos tão toscos” e mostrou disposição para entrar no embate das realizações de cada governo, polarização defendida por Lula. “Se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa.”
Foco tem de ser biografia de candidatos, cobram tucanos
Na esteira das declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem “eleições não se ganham com o retrovisor”, os tucanos reforçaram a estratégia de comparar a biografia da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com a do governador de São Paulo, José Serra. Para integrantes do PSDB, o artigo de FHC, publicado ontem no Estado, expõe o diagnóstico feito pela cúpula do partido sobre a conjuntura política atual. “A ministra tem de esquecer essa história de comparação com governo Fernando Henrique. Seu desafio é mostrar que é melhor para o País. Vamos discutir o governador Serra e a ministra Dilma. A forma como um trabalhou publicamente a vida inteira, e a outra, que não fez nada e promove um festival de ações contr a lei”, disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
Ala oposicionista do PMDB avisa que insistirá em reverter quadro pró-PT
Com a recondução do deputado Michel Temer (SP) à presidência do PMDB, e o consequente fortalecimento da tese a favor da aliança com o PT na eleição presidencial, a ala peemedebista que faz oposição ao governo federal começa a articular a reversão do quadro – hoje favorável à coligação com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A política de alianças tem ainda de ser referendada na convenção nacional do PMDB em junho, e é com esse tempo que os oposicionistas pretendem jogar. “A eventual disputa será na convenção. Ainda é possível mudanças”, disse o ex-governador Orestes Quércia, que articula reunião com os governadores Roberto Requião (PR) e Luiz Henrique (SC) e os senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE). Há oposicionistas favoráveis à candidatura própria e outros que defendem coligação com o PSDB.
‘Sem aliança em Minas, meu eleitor se sentirá traído’
Na avaliação do ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), PT e PMDB serão derrotados na disputa pelo governo de Minas se concorrerem separadamente no Estado. Ele acredita que isso poderá até comprometer o desempenho eleitoral da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa presidencial. Costa quer disputar o governo e propôs ao PT que seja escolhido aquele que estiver melhor nas pesquisas até março. O ministro tem liderado os levantamentos feitos até agora e os petistas resistem a abrir mão da cabeça de chapa, optando pelo ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.
Alencar vira aposta do PT para unificar base em Minas
O vice-presidente José Alencar se transformou na principal aposta do PT mineiro para unificar a base aliada ao Palácio do Planalto no Estado. Alencar – que luta contra um câncer e pretende concorrer ao Senado caso tenha o aval da equipe médica – vem sendo estimulado a se lançar como pré-candidato ao governo estadual, fortalecendo a candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no segundo maior colégio eleitoral do País. Na semana passada, representantes dos diretórios estaduais PT e do PC do B se reuniram em Brasília com o vice, que admitiu a hipótese de disputar a sucessão do governador Aécio Neves (PSDB) caso haja consenso da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em torno de seu nome.
Um papel falso que pôs Cabral em saia-justa
Alguém tentou se passar pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e, como se fosse ele, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que arquivasse uma ação que pode levar a uma revolução nos direitos civis no Brasil. Em 5 de março de 2008, chegou ao STF um documento atribuído ao governador e à procuradora-geral do Estado, Lúcia Léa Guimarães Tavares, pedindo a extinção do processo no qual Cabral sustenta que os casais homossexuais devem ter os mesmos direitos que os heterossexuais em relação a dispositivos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Rio, como concessão de licença, previdência e assistência.
Sobrinho de Arruda deixa cargo e agrava cenário de crise
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), sofreu mais uma baixa em seu gabinete em decorrência da sucessão de escândalos que atingem o governo. No sábado, Rodrigo Diniz Arantes, sobrinho e secretário particular de Arruda, pediu afastamento da função. Ele é apontado como um dos articuladores da suposta tentativa de suborno de uma importante testemunha do chamado “mensalão do DEM”.
Em nota, Arantes classificou o episódio como uma farsa e disse que decidiu deixar o gabinete do tio “até a completa apuração dos fatos”. “Meu nome foi citado indevida e maldosamente pelo senhor Antônio Bento da Silva numa história fantasiosa e absurda, construída como parte da farsa arquitetada contra o governador José Roberto Arruda”, afirma o texto.
Folha de S. Paulo
Tarifa de celular é a 2ª maior do mundo
Uma pesquisa recente da consultoria europeia Bernstein Research colocou o minuto de celular no Brasil em segundo lugar entre os mais caros do mundo. O país só perde para a África do Sul e está à frente da Nigéria. O que o levantamento não revelou é que as tarifas são elevadas porque o governo brasileiro não abre mão de impostos e as operadoras não querem baixar o valor extra cobrado por minuto de seus clientes quando estes telefonam para um assinante da concorrente. Resultado: em média, o consumidor brasileiro paga R$ 0,45 por minuto, segundo a pesquisa, em chamadas locais para celulares da própria operadora. Esse valor passa de R$ 1 caso a chamada termine em um número da operadora móvel concorrente.
Justiça no Brasil atrasa 30% mesmo onde é mais rápida
Mesmo uma das Justiças mais rápidas do país, a de Rondônia, enfrenta atrasos de 30% na tramitação de processos, em relação aos prazos previstos na lei. Em três dos últimos cinco anos, o Estado teve a menor taxa de congestionamento do Brasil -um índice do Conselho Nacional de Justiça para aferir a velocidade do Judiciário. Uma pesquisa inédita realizada no Mestrado Profissional em Poder Judiciário da FGV-RJ, da juíza Rosimeire Pereira de Souza, analisou processos do Estado de Rondônia. A juíza comparou os prazos de execução de cada ato processual com os prazos legais estipulados.
Governador do DF é acusado de arapongagem
Investigado por comandar um suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, o governador José Roberto Arruda (sem partido) é acusado agora de usar a Polícia Civil para atrapalhar a investigação de grampo contra adversários. A Polícia Civil é suspeita de abafar a prisão de dois policiais que tentavam monitorar com escutas gabinetes de deputados da oposição. Uma das vítimas do suposto grampo ilegal é a deputada Érik
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