FOLHA DE S. PAULO
A quatro dias da eleição, Dilma tem 56% e Serra registra 44%, aponta Datafolha
Pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país indica estabilidade na disputa pela Presidência da República, com Dilma Rousseff (PT) 12 pontos à frente de José Serra (PSDB), exatamente a mesma diferença que os separava na semana passada.
Quando se consideram os votos válidos (excluindo-se brancos, nulos e indecisos), a petista pontuou 56% contra 44% de Serra -mesmos percentuais da última quinta.
O levantamento do Datafolha, encomendado pela Folha e pela Rede Globo, foi realizado em 246 cidades com 4.066 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Metrô suspende licitação sob suspeita
O governo de São Paulo suspendeu a licitação dos lotes 3 a 8 da linha 5 (Lilás) do metrô, após a Folha revelar ontem que já tinha conhecimento do resultado da concorrência há seis meses.
O governador Alberto Goldman (PSDB) também requisitou ao Ministério Público e à Corregedoria-Geral do Estado a abertura de investigações para apurar o caso.
O Metrô, estatal paulista, também afirma que vai investigar o caso. Os consórcios de empreiteiras negam irregularidades ou “acertos”.
Brasil é o 69º em ranking de percepção de corrupção
O Brasil e outros 130 países foram reprovados no índice que mede a percepção de corrupção em 178 nações. Eles tiveram nota inferior a cinco, em uma escala de 0 a 10.
O índice foi divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional, que tem sede na Alemanha. A ONG considera que os problemas de corrupção são muito sérios nos países reprovados.
Para confeccionar o ranking, são ouvidos empresários locais e estrangeiros e analistas. São questionados se pagaram ou se foi exigido deles que pagassem
PT explora caso contra tucano em propaganda
A campanha de Dilma Rousseff (PT) elegeu como novo calcanhar de aquiles de José Serra (PSDB) uma suposta fraude em licitação do Metrô de São Paulo.
“Além do caso Paulo Preto, Serra terá que explicar a denúncia divulgada hoje [ontem] pela Folha”, diz a peça publicitária.
A reportagem em questão revelou que desde abril já se sabia as empreiteiras vencedoras da licitação -aberta no governo Serra e concluída na gestão Alberto Goldman.
EBC assina carta para criar união de agências de notícias
A EBC (Empresa Brasil de Comunicação), vinculada à Presidência da República, assinou no último dia 22, na Argentina, uma carta de intenções para a criação de uma associação que integrará agências de notícias mantidas pelos governos de nove países da América Latina.
Também assinaram o documento as estatais da Argentina, Bolívia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai e Venezuela.
A criação da Ulan (União Latino-americana de Agências de Notícias) ocorreu em Bariloche em paralelo ao 3º Congresso Mundial de Agências de Notícias. A íntegra da carta não havia sido divulgada até ontem pela organização argentina do congresso, a cargo da Télam.
Folha.com lança aplicativo para o usuário de iPhone
A Folha lançou ontem seu aplicativo para iPhone. Além de acompanhar as principais notícias da Folha.com, o usuário pode ouvir os cinco canais da Rádio Folha.
É possível conferir ainda fotos, a previsão do tempo, os últimos jogos de futebol, ler o horóscopo, os indicadores financeiros, os resultados das loterias e compartilhar as notícias da Folha no Twitter e no Facebook.
O aplicativo, gratuito, está disponível para download na App Store (http://itunes.apple.com/br/app/folha-com/id385936391?mt=8).
Senador Tuma morre em SP aos 79 anos
O senador Romeu Tuma (PTB), 79, morreu ontem às 13h no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo por falência múltipla dos órgãos. O corpo foi levado à Assembleia Legislativa paulista para ser velado. O enterro será hoje às 15h no cemitério São Paulo.
Tuma, que sofria de diabetes e problemas cardíacos, estava na UTI do hospital desde o início de setembro devido a um quadro de insuficiência renal e respiratória.
No último dia 2, foi submetido a uma cirurgia para colocação de um dispositivo de assistência ventricular que auxilia o coração, sem êxito.
PT-SP infiltrou “voluntários” , diz jornalista
O jornalista Amaury Ribeiro Jr. afirmou à Polícia Federal que “o grupo do PT paulista” infiltrou dois “voluntários” para monitorar o que se passava dentro da casa usada pela equipe de imprensa do PT na pré-campanha da petista Dilma Rousseff.
De acordo com o relato do jornalista à Polícia Federal, em depoimento anteontem, esse grupo é liderado pelo deputado estadual Rui Falcão, coordenador de comunicação da campanha de Dilma à Presidência.
O jornalista disse ainda, sem citar nomes, que foram os dois “militantes ligados ao PT” que teriam vazado informações sigilosas em abril e maio deste ano.
Sindicato de estatal prega voto em Dilma
O pátio interno do escritório central da Eletrobras Furnas foi, na semana passada, palco de atos em favor da eleição da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Em duas manhãs da semana passada, dirigentes sindicais e associações de funcionários usaram o sistema de som para pregar o voto na petista a partir das 10h, pleno horário de trabalho.
STF retoma debate sobre julgamento ainda dividido
Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) retomam hoje o julgamento sobre a Lei da Ficha Limpa ainda divididos sobre a questão.
Eles analisarão um recurso do candidato ao Senado Jader Barbalho (PMDB-PA), que foi barrado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por considerá-lo “ficha suja”.
Sete dos dez integrantes do Supremo se reuniram ontem, a portas fechadas, e discutiram uma solução para o impasse vivido no final de setembro, quando analisavam o caso do então candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC).
Ministros ouvidos pela Folha dizem que nenhum deles pretende mudar o voto e o 5 a 5 deve ser mantido. Eles avaliam, contudo, que existe a possibilidade de haver um desempate na sessão de hoje, com um dos colegas que votaram contra a validade da lei opinando por manter a decisão do TSE, alegando não haver quorum suficiente para dizer que a legislação é inconstitucional.
O tribunal eleitoral negou o registro de Jader Barbalho por ele ter renunciado ao cargo de senador, em 2001, para evitar processo de cassação.
Cabral cria feriadão pós-eleitoral no Rio
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), criou um feriadão nos dias seguintes ao final de semana do segundo turno para tentar ampliar a abstenção em reduto do tucano José Serra, a zona sul da capital fluminense.
Cabral adiou de amanhã para segunda-feira, dia 1º, a comemoração do Dia do Servidor Público no Estado.
Na terça é Dia de Finados, o que, somando-se ao final de semana, dá quatro dias sem trabalho para os fluminenses, estimulando que eleitores de renda mais alta deixem o Rio na eleição.
Aniversário de Lula vira comício por Dilma
No último aniversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de deixar o Palácio do Planalto, o PT vai pegar carona na data e promover uma mobilização a favor do voto em sua candidata à sucessão Dilma Rousseff.
De olho na popularidade do petista, o partido determinou aos diretórios regionais que façam hoje carreatas, passeatas e panfletagens.
A ideia é festejar os 65 anos de Lula, o aniversário de oito anos da vitória do petista em cima de José Serra (PSDB) -o mesmo adversário de Dilma- e emplacar a campanha de que o melhor presente para ele é a eleição de Dilma.
Para o QG dilmista, a data é ideal para dar emoção na reta final da campanha.
Aécio leva Serra às regiões de Minas onde Anastasia perdeu
O presidenciável José Serra (PSDB) vai visitar amanhã duas das três regiões de Minas Gerais mais dilmistas, o norte e o Triângulo Mineiro. Ele irá acompanhado do senador eleito Aécio Neves (PSDB) e do também tucano Antonio Anastasia, governador reeleito.
As duas regiões têm 2,25 milhões de votos, sendo 60% deles eleitores de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno. Serra obteve apenas 24,5% dos votos válidos na média das duas regiões.
Em Uberlândia (Triângulo) e em Montes Claros (norte) haverá encontro com lideranças políticas municipais.
Candidatos distorcem dados em debate
O clima de plebiscito entre os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso levou os dois presidenciáveis a distorcer dados sobre a gestão tucana no debate da TV Record.
Ao criticar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), José Serra (PSDB) afirmou que uma de suas vitrines, a transposição do rio São Francisco, foi “definida” por FHC. Ele prometeu, mas não tirou a obra do papel.
Ao discursar contra as privatizações, Dilma Rousseff (PT) disse que FHC trocou o nome da Petrobras para Petrobrax para facilitar a venda da empresa a estrangeiros. A mudança chegou a ser anunciada, mas não ocorreu.
Com 65%, Agnelo mantém vantagem folgada no DF
A quatro dias do segundo turno das eleições, o petista Agnelo Queiroz mantém a dianteira folgada sobre Weslian Roriz (PSC) e seria eleito governador do Distrito Federal, com 65% dos votos válidos, segundo o Datafolha.
De acordo com o instituto, Agnelo oscilou um ponto percentual para cima em relação à rodada anterior, feita nos dias 20 e 21. A oponente oscilou um ponto para baixo e tem 35%.
A curva dos dois candidatos mostra que a vantagem do petista, considerando os votos válidos, praticamente dobrou desde a primeira semana do segundo turno -de 16 para 30 pontos.
Se tomados os percentuais de intenção de votos, Agnelo soma 55%, ante 30% de Weslian. O índice de indecisos é de 8%. Outros 7% votarão nulo ou em branco.
Juíza do TRE renuncia após suspeita de ter favorecido governador eleito
A juíza eleitoral do Acre Arnete Guimarães renunciou ao cargo anteontem após ser filmada e fotografada pela Polícia Federal visitando o apartamento da mulher do senador eleito Jorge Viana (PT), no dia 2 de outubro, horas antes de conceder um mandado de segurança que beneficiava o candidato.
Guimarães foi nomeada para o cargo por indicação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Quando Viana era governador, em 2003, ela havia sido indicada para um cargo no governo do Estado.
Viana está sendo investigado por suposta compra de votos. Um dia antes do primeiro turno, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório dele, em Rio Branco, após ordem do juiz Romário Divino Farias.
O GLOBO
Obras de refinarias do Nordeste estão atrasadas
As novas refinarias que a Petrobras anunciou com pompa no Nordeste pouco avançaram até o momento. Citadas pela candidata Dilma Rousseff no debate da noite de segunda-feira, na TV Record , as obras estão atrasadas em Pernambuco e no Ceará. Orçada inicialmente em R$ 9 bilhões – e atualmente com investimentos previstos de R$ 26 bilhões – a Refinaria Abreu e Lima vem sendo implantada no Complexo Industrial Portuário de Suape, litoral sul de Pernambuco, e pelo cronograma deveria ter sido inaugurada em agosto. De acordo com o governo de Pernambuco, deverá ficar pronta somente em 2012, embora em seu canteiro de obras trabalhem atualmente cerca de 10 mil pessoas.
A refinaria, projetada para processar 230 mil barris diários de petróleo, é fruto de uma parceria entre o Brasil e a Venezuela – por meio da PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo. Há um ano a Petrobras chegou a anunciar a conclusão das negociações com a PDVSA, mas a sociedade ainda não foi de fato efetivada. O acordo estaria enfrentando dificuldades em função de exigências feitas pelo BNDES ao governo venezuelano e não aceitas pela PDVSA.
Em meados do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspeitou de superfaturamento, de até 930%, em alguns itens da construção da refinaria. Mas a obra foi adiante, pois o governo alegou que os prejuízos provocados por uma eventual paralisação da construção seriam maiores. Até o momento, no entanto, nem a terraplenagem da refinaria foi totalmente concluída, embora só falte terminar 1% desta fase. Outras partes da refinaria vêm sendo tocadas, como tanques de armazenamento e casas de força.
Serra perde votos no Sul e no Sudeste
A mais recente pesquisa Datafolha mostra que Serra perdeu votos no Sul e no Sudeste, tendo frustrada sua estratégia de crescer nessas regiões para tentar compensar a ampla vantagem de Dilma no Nordeste.
Segundo o Datafolha, Serra perdeu três pontos no Sudeste, ficando com 40%, ante 44% de Dilma. Na Região Sul, o tucano mantém a liderança, mas perdeu dois pontos: 48% contra 41% de Dilma.
No Nordeste, a petista mantém ampla diferença: 64%, contra 37% de Serra. Nesta rodada, o Datafolha entrevistou 4.066 pessoas, em 246 municípios, em todos os 27 estados. O levantamento está registrado no TSE com o número 37.204/2010 e foi encomendado pela Rede Globo e pela “Folha de S.Paulo”.
Desde o início do segundo turno e da realização da primeira pesquisa dessa fase, há uma estabilização na curva dos votos válidos.
Dilma cresce dois pontos percentuais, e Serra perde dois. Na pesquisa de 8 de outubro, a petista aparecia com 54% dos votos válidos, contra 46% de Serra; na pesquisa dos dias 14 e 15, os dois mantiveram 54% e 46%, respectivamente, dos votos válidos; no dia 22, a pesquisa Datafolha publicada na “Folha” indicava 56% para Dilma e 44% para Serra, em votos válidos.
José Zonis, diretor da BR foi indicado por Collor
O diretor de Operações e Logística da BR Distribuidora, José Zonis, foi indicado para o cargo pelo senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL). A indicação foi feita em setembro do ano passado. No debate da TV Record , na noite de segunda-feira, o candidato tucano, José Serra, causou constrangimento à petista Dilma Rousseff ao afirmar que Collor tinha poder na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Depois que foi para a base governista de Lula, Collor passou a pressionar nos bastidores, segundo integrantes do governo e do Congresso, para fazer uma indicação política para a estatal. Para evitar desgaste com o aliado, o Palácio do Planalto deu sinal verde, mas condicionou que a indicação fosse de um nome dos quadros da Petrobras. O pedido de Collor foi encaminhado pelo líder do PTB, senador Gim Argello (DF). Então ministro de Minas e Energia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) defende a indicação.
Os apequenados
A campanha eleitoral chega à semana final com um acúmulo de desvios de conduta dos candidatos e do governo que é difícil não chegar à conclusão de que os seus principais personagens, especialmente o próprio presidente da República, se apequenaram no caminho, e o processo democrático brasileiro sofreu um retrocesso que os principais líderes políticos terão que se esforçar para superar.
A incontestável popularidade do presidente Lula por si só já seria um fator de desequilíbrio da disputa, o que é do jogo democrático. Se seu governo fosse impopular, seria um fator negativo para a coligação que o apoia.
Mas ele potencializou essa distorção usando e abusando do poder político e econômico que lhe confere o cargo, e da popularidade, para colocar a máquina governamental a serviço da eleição de sua candidata, o que prejudicou a disputa desde o primeiro momento.
O candidato do PSDB, José Serra, tentou o primeiro truque ainda na pré-campanha como governador de São Paulo, recusando-se a fazer oposição na suposição de que, explicitando sua boa relação com o presidente Lula, o eleitorado acreditaria que poderia continuar a votar nele, que liderava as pesquisas.
O ESTADO DE S. PAULO
Pelo PAC, Ibama ignora parecer e dá aval a desmate
Irradiada do Palácio do Planalto, a pressão para acelerar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ganhou a forma de uma portaria no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) que deu superpoderes ao presidente do órgão e permitiu o desmatamento de 3.202,63 hectares de parte da mata que será transformada no futuro lago da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.
Mesmo com o parecer contrário de seis técnicos do Ibama, o presidente do órgão, Abelardo Bayma, autorizou a supressão da vegetação que está neste espaço, cerca de um quinto dos 15 mil hectares que sumirão para que no lugar surja o lago da hidrelétrica. Desde o dia 13 de julho o presidente do Ibama dispõe de um poderoso instrumento para fazer esse tipo de centralização: a Portaria 17, que ele mesmo criou e assinou.
O que mais chama a atenção é a rapidez com que se deu a autorização para o desmatamento, algo até então impensável numa burocracia das mais preguiçosas, como a do Ibama. No dia 12 de agosto, mesmo dia em que recebeu o parecer técnico contrário à liberação do desmatamento no local onde ficará o futuro lago de Jirau, Bayma assinou a autorização para a supressão da mata.
Governo de SP susta obras do Metro por suspeita de fraude
O governador Alberto Goldman (PSDB) determinou ontem suspensão das ordens de serviço dos contratos relativos às obras da linha 5 (lilás) do Metrô de São Paulo, empreendimento orçado em R$ 4 bilhões, por suspeita de fraude na licitação. A ordem impede o início das obras, previsto para 20 de novembro.
Goldman solicitou à Procuradoria-Geral de Justiça investigação quanto à revelação de que os vencedores da concorrência já eram conhecidos antecipadamente. A denúncia foi apresentada pelo jornal Folha de S. Paulo, que registrou em cartório e em vídeo os nomes dos ganhadores, nos dias 20 e 23 de abril.
As providências anunciadas pelo Palácio dos Bandeirantes não foram suficientes para neutralizar o impacto da denúncia, que serviu de munição para a disputa presidencial. Dilma Rousseff, candidata do PT, abordou o caso na propaganda eleitoral na TV e fustigou a candidatura de seu oponente, José Serra (PSDB), governador quando o processo de licitação foi aberto – em outubro de 2008.
Na Assembleia, a bancada petista – 20 parlamentares – enviou representação ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal sob alegação de que a União foi avalista para o governo tucano obter financiamento do Banco Mundial. O PT pede liminarmente a suspensão do negócio, afastamento dos envolvidos, apuração sobre eventual obtenção de vantagem econômica e se houve lesão ao erário e participação dos consórcios vencedores em ilegalidades.
Correio Braziliense
Saúde pública está sem vacina contra meningite
Os postos de saúde do Distrito Federal estão sem vacinas contra meningite para crianças de até 2 anos. As 16 mil doses do lote da imunização de setembro, repassado pelo Ministério da Saúde, não deu conta da demanda. O Governo Federal admite a falha, que ocorre em todo o país, e pretende regularizar a distribuição até o fim de semana.
A gerente de Imunização da Secretaria de Saúde do DF, Ana Luísa Grisoto, disse não saber precisar quando a vacina terminou nos postos da capital, mas desde o último dia 15 já havia poucas doses, segundo ela. Já a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde alegou que um atraso no fornecimento de insumos (gelo seco) necessários para armazenar as vacinas transportadas para todas as unidades da Federação prejudicou a distribuição das doses.
O órgão afirma que a aquisição do insumo foi regularizada, e que na quarta-feira da semana passada, enviaram 235.308 doses de vacinas ao Distrito Federal. Elas fazem parte do lote do mês de setembro. O ministério, no entanto, não informou quantas das vacinas enviadas ao DF são referentes à imunização contra meningite, mas espera que as rotinas de setembro e outubro sejam regularizadas até o fim desta semana.
Ana Luísa Grisoto confirmou o recebimento de vacinas na quinta-feira. Porém o lote não trouxe a imunização contra meningite referentes a outubro, que deveria ter chegado no fim de setembro, de acordo com gerente de Imunização da Secretaria de Saúde. Ela também afirma que essa é uma dose nova no calendário da rede pública de saúde. Não existia a vacinação para crianças de até 2 anos. Eram imunizadas apenas pessoas com doenças muito graves. Em setembro, foi a primeira vez que a recebemos, explica.