Folha de S. Paulo
Dilma quer incluir sem-teto no Minha Casa, Minha Vida
Para tentar neutralizar protestos e os consequentes danos à imagem do governo, a presidente Dilma Rousseff ordenou que sua equipe encontre uma forma de incluir os sem-teto no programa Minha Casa, Minha Vida.
Segundo a Folha apurou, a demanda fez com que ela adiasse o lançamento da terceira geração do programa para elaborar uma proposta que contemple os movimentos.
O foco do governo está, especialmente, no MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto), grupo social mais atuante nos últimos meses.
A reforma no Minha Casa é justamente uma das razões para os protestos que os sem-teto têm feito recentemente.
Na quarta (4), o líder Guilherme Boulos reuniu 12 mil pessoas em ato diante do estádio Itaquerão (zona leste).
Entre as exigências do grupo está a desapropriação de área ocupada por 4.000 famílias, chamada de Copa do Povo, perto da arena, palco de abertura da Copa. O governo estuda comprar o terreno.
PublicidadeApós a oferta de diálogo do governo, o MTST topou uma trégua durante o amistoso da seleção na sexta (6).
Após um ano de pressão, Haddad atende demandas de movimento
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Após ser pressionada durante todo o ano passado pelo movimento sem-teto, a gestão Fernando Haddad (PT) tem feito ações para atender às demandas dos grupos.
Na última quarta (4), o prefeito de São Paulo sancionou uma lei que garante subsídio de R$ 20 mil por unidade habitacional viabilizada pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida.
A medida também beneficia o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que tem mostrado potencial de mobilização para pressionar por suas demandas. No mesmo dia da sanção da lei, o grupo reuniu 12 mil pessoas em frente ao estádio Itaquerão, na zona leste.
A liderança do movimento afirma negociar com a gestão Haddad a regularização de várias ocupações.
Nem parece que São Paulo é a sede da abertura
A poucos dias do início da Copa, a Folha flagrou problemas de sinalização nos trajetos mais óbvios de visitantes em São Paulo na Copa.
A reportagem cumpriu o roteiro ao lado do costa-riquenho Jean Carlo Jimenez, 25, na manhã da quarta-feira passada (4).
Ansioso pelo começo do Mundial, ele veio ver as partidas do seu país contra o Uruguai, em Fortaleza, e contra a Itália, no Recife.
Chegou pelo aeroporto de Guarulhos porque quer conhecer São Paulo e o Rio antes de a bola rolar.
No aeroporto, só há avisos indicativos para o ônibus mais caro, que segue direto para a avenida Paulista.
A outra linha, da mesma empresa (Airport Bus Service), leva à estação de metrô do Tatuapé. Enquanto o primeiro custa R$ 36,50 e parte de hora em hora, o mais barato sai por R$ 4,45 e sai a cada dez minutos –também com ar-condicionado e com tempo de viagem parecido.
Aeroporto pode ficar sem sinal de celular a partir deste domingo
Os celulares de todas as operadoras podem ficar sem sinal no aeroporto de Brasília a partir deste domingo (8).
Segundo representantes das teles, a concessionária Inframérica decidiu aumentar o aluguel da sala que abriga os equipamentos que fazem funcionar o sinal de celular e, como o contrato venceu em meio ao impasse, decidiu desligá-los.
Já a Inframérica diz que há instalações irregulares. Em nota, afirma que os aparelhos serão desativados enquanto a situação não for regularizada.
Lula cobra ação do PT contra desgaste criado por corrupção
Preocupado com o reflexo que recentes suspeitas de corrupção e outras irregularidades envolvendo petistas podem ter na campanha eleitoral deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou a cúpula do partido a responder com rapidez sempre que surgirem casos como o do deputado estadual Luiz Moura (PT-SP), flagrado numa reunião com membros da organização criminosa PCC.
A ordem é dar “respostas imediatas”, segundo um interlocutor de Lula, seguindo padrão adotado no caso do deputado André Vargas (PT-PR), que foi forçado a se desfiliar do partido após a revelação de sua ligação com o doleiro Alberto Youssef, acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro.
“Ou a gente endurece no tema corrupção, ou podemos ir para casa”, disse um aliado da presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição.
Petrobras fez contrato de R$ 649 mi sem licitação
A Petrobras fechou, sem licitação, um contrato de R$ 649 milhões para uma obra na refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco e é a maior em execução pela empresa.
A dispensa de concorrência, ocorrida em 2009, foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que investiga suspeitas de superfaturamento no empreendimento da estatal.
Documentos internos da Petrobras, aos quais a Folha teve acesso, mostram que o contrato foi fechado após o cancelamento de uma licitação aberta para a instalação de dutos para o transporte de líquidos dentro da refinaria.
As licitações em Abreu e Lima foram conduzidas pelas diretorias de abastecimento e de serviços na época em que foram comandadas, respectivamente, por Paulo Roberto Costa e Renato Duque, que hoje estão fora da empresa.
‘Ghost writers’ da Câmara escrevem discursos até para a presidência da Casa
A cena é rotina no plenário da Câmara: um deputado sobe à tribuna e, com um discurso, dispara recados para sua base eleitoral, comenta sobre economia, ataca ou elogia o governo e, ocasionalmente, se defende de acusações. Tudo previamente calculado e escrito.
Poucos sabem, porém, que as críticas de um deputado e os elogios de outro ao mesmo assunto podem ter sido escritos por uma única pessoa.
Os 513 deputados contam com uma equipe de 12 servidores do alto escalão da Casa que ficam à disposição para produzir discursos. São os “ghost writers” dos deputados, que trabalham para todas as colorações partidárias.
A partir de demandas dos gabinetes dos congressistas, a consultoria da área de redação parlamentar elabora o discurso sobre o tema solicitado, desde que não seja um assunto muito específico –nesse caso, a tarefa é desempenhada por outras áreas da consultoria.
São feitos contatos com os gabinetes, para saber quem citar –e, principalmente, quem não citar– e tirar dúvidas sobre a posição do deputado sobre o assunto.
Marina diz que aliança com Alckmin é ‘equívoco’
Em nota divulgada neste sábado (7), Marina Silva, candidata à vice-presidência na chapa de Eduardo Campos, do PSB, criticou a decisão do partido de apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo.
“Para nós, isso é um equívoco. Consideramos necessário manter independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual”, disse ela.
O Estado de S. Paulo
Ricardo Teixeira tem R$ 100 milhões em conta secreta
TRT julga legalidade da greve dos metroviários neste domingo
Decreto de Dilma abre debate sobre risco de poder paralelo
PMDB exigirá pastas para apoiar reeleição
O Globo
Briga por alianças no Rio deixa disputa incerta para o Senado
Enquanto a disputa pelo governo estadual se acirra, a corrida para a única vaga ao Senado ainda está indefinida no Rio. Até agora, três pré-candidatos já se apresentaram: o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e os deputados federais Romário (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB). No entanto, a confirmação desses nomes ainda depende das negociações para as alianças dos candidatos que vão concorrer ao Palácio Guanabara.
Apesar de ter desistido para dar lugar ao PSD na campanha de reeleição do atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), Cabral voltou atrás. Com a decisão, o ex-governador vai para a sua eleição mais arriscada — a primeira em que não inicia como favorito. Na avaliação do PMDB, a popularidade de Romário pode pôr em risco os planos de Cabral, que tem o desafio de reabilitar sua imagem desgastada após as manifestações do ano passado.
Por outro lado, peemedebistas apostam que a falta de experiência em uma eleição majoritária e de estrutura do PSB pode fragilizar Romário. Cabral, por sua vez, foi convencido pelos caciques do PMDB do Rio de que, na falta de um nome mais competitivo, sua candidatura ao Senado pode ajudar Pezão a defender seu governo.
Em reação ao ‘Aezão’, Lindbergh diz que PMDB faz jogo duplo
Um dia após um número expressivo de peemedebistas se reunirem em torno do “Aezão”, movimento que apoia a aliança entre o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e o pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG) no Rio, o senador e pré-candidato petista ao Palácio Guanabara, Lindbergh Farias, decidiu acabar com a trégua que vinha mantendo com o governo estadual e o PMDB. Em um almoço ontem numa churrascaria em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Lindbergh fez críticas aos governos de Sérgio Cabral e Pezão. O petista chegou a afirmar que não acha possível 60 prefeitos peemedebistas terem assumido a aliança com o candidato tucano sem o apoio do Palácio Guanabara. Oficialmente, Cabral e Pezão reprovam o “Aezão” e pregam o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
— Só se reúnem 60 prefeitos peemedebistas como aconteceu no almoço do “Aezão” com a autorização do Cabral e do Pezão. Eles estão fazendo mais do que jogo duplo. O Lula e a Dilma ajudaram muito essas pessoas. Na hora em que o cenário piora um pouco, eles fogem do barco? — questiona.
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