Folha de S. Paulo
Dilma elogia Aécio e prega “dobradinha” PT-PSDB em MG
No segundo dia de sua viagem a Minas Gerais, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abandonou o tom beligerante que vinha dirigindo ao PSDB, elogiou o ex-governador Aécio Neves e defendeu que o eleitor mineiro vote nela e no tucano Antonio Anastasia para o governo -compondo a chapa “Dilmasia”, ou “Anastadilma”, que ela disse preferir.
O elogio a Aécio, que deixou o governo para concorrer ao Senado, foi feito em entrevista à rádio Itatiaia: “Respeito muito o governador Aécio Neves”. Ela o chamou de “governador exemplar”, disse esperar que em Minas o PT e Aécio tenham “a melhor relação possível” e admitiu a possibilidade de o eleitor mineiro votar em uma dobradinha PT-PSDB para presidente e para governador.
Petista ainda sofre para agir como candidata e enfrentar o corpo a corpo
Ao final de sua primeira semana longe da Casa Civil, a pré-candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff, ainda tem dificuldades de vestir a pele de candidata e deixar para trás a de ministra. Dilma continua viajando pelo país de forma confortável -helicóptero e jatinho agora bancados pelo PT-, com comitiva de assessores e autoridades, e vai a eventos que pouco diferem daqueles que frequentou no último ano, como homenagens e encontros com entidades.
PT inicia busca por militância na internet
O PT deu a largada anteontem em seu site a uma campanha para montar uma rede de “filiados, simpatizantes e apoiadores” virtuais. O objetivo, segundo o partido, é cadastrar cerca de 100 mil pessoas só na pré-campanha, que vai até o início de julho. “Você passará a receber informações exclusivas e poderá colaborar ainda mais para manter o Brasil no rumo certo”, diz o site. O PT solicita, na página de cadastro, o nome, endereço completo, área de atuação, renda, idade, escolaridade, número do telefone celular, e-mail e página no Twitter.
Serra analisa dados do PAC para discurso de pré-candidatura
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, se debruça sobre os buracos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a redação do discurso de lançamento de sua candidatura, no sábado. Além do PAC -plataforma de lançamento da ex-ministra Dilma Rousseff (PT)-, Serra estuda os “nós” no setor de energia, que já esteve sob responsabilidade da ministra. Segundo seus interlocutores, a intenção não é expor números negativos. Mas contrapor o seu currículo ao da ex-ministra. Ao propor a superação dos problemas de infraestrutura, Serra lançará luz sobre os obstáculos para o crescimento do país. Apostando no lema “o Brasil pode mais”, Serra pretende avançar um degrau em relação ao discurso de despedida do governo, semana passada.
PF prende “aloprado” por suspeita de desvio
Uma operação deflagrada pela Polícia Federal prendeu ontem o “aloprado” Valdebran Padilha e seu irmão Waldemir Padilha por suspeita de envolvimento em um esquema que desviou ao menos R$ 51 milhões, segundo auditorias da CGU (Controladoria-Geral da União). Segundo a PF, o rombo é estimado em R$ 200 milhões. Os recursos foram desviados, de acordo com a investigação, da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), do FNS (Fundo Nacional de Saúde) e do Ministério das Cidades.
Valdebran foi um dos presos em flagrante no episódio da frustrada negociação de um dossiê contra políticos do PSDB pouco antes do primeiro turno da eleição presidencial de 2006. Na ocasião, o presidente Lula chamou os envolvidos de “aloprados”.
Defesa afirma que decisão é arbitrária
O advogado Roger Fernandes, que representa os irmãos Valdebran e Waldemir Padilha, qualificou como “ilegal e desnecessária” a prisão de seus clientes, que, disse ele, foram pegos “de surpresa”. “A prisão é extremamente arbitrária e destrói a vida de um pai de família e de um empresário. Todos os esclarecimentos poderiam ser prestados à Justiça e à sociedade sem qualquer tipo de coação.” Segundo o advogado, os irmãos negam envolvimento com fraudes em licitações ou irregularidades na execução de obras em Mato Grosso.
Gestão Arruda desviou R$ 1 mi do Bolsa Família, afirma CGU
O governo de José Roberto Arruda (sem partido) desviou R$ 1 milhão do principal programa social da gestão Lula, o Bolsa Família, segundo auditoria do governo federal. Entre 2008 e 2009, o Ministério do Desenvolvimento Social repassou R$ 1,4 milhão para que o DF administrasse o programa em seu território, mas ao menos R$ 1 milhão foi usado para construir cercas e alambrados da Secretaria de Desenvolvimento Social. O valor é suficiente para beneficiar quase mil famílias por um ano e, pelas regras do ministério, ele não poderia ser usado para construir cercas. O desvio foi apontado em auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União). Segundo o órgão, a verba era para financiar o acompanhamento, o cadastro e a fiscalização das famílias beneficiadas pelo programa.
Após novo adiamento, ficha suja não deve valer para 2010
Sem apoio da base aliada ao governo, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), decidiu adiar novamente a votação do projeto que prevê a inelegibilidade de políticos com ficha suja. Entidades civis reclamaram do adiamento. A nova previsão para que a proposta volte a ser analisada é a primeira semana de maio. Com o novo adiamento, deputados favoráveis ao projeto admitiram que a possibilidade de as mudanças valerem já para esta eleição é praticamente nula. Segundo eles, o texto teria que ser aprovado até as convenções de junho para começar a valer já para outubro. Desta vez, o texto chegou a entrar na pauta do plenário, mas, como foram apresentadas emendas, o projeto acabou retornando à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
CNJ anula concurso de tabelião por suspeita de favorecimento
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) anulou anteontem, por unanimidade, concurso público para tabelião realizado em novembro de 2008 pela Corregedoria-Geral da Justiça do Rio de Janeiro. Os conselheiros entenderam que houve favorecimento a uma ex-namorada e a uma amiga do ex-corregedor e presidente da comissão examinadora do concurso, desembargador Luiz Zveiter, hoje presidente do Tribunal de Justiça do Estado. “Há demonstração suficiente de que houve, na correção das provas subjetivas, favorecimento às candidatas Flávia Mansur e Heloisa Prestes”, escreveu, em seu voto, o relator José Adonis Callou de Araújo Sá. “A convicção a que cheguei (…) não me permite propor outra solução para o caso senão a anulação de todo o concurso.”
O Globo
Aloprado do PT é preso de novo
O aloprado e ex-petista Valdebran Padilha – um dos pivôs do escândalo do dossiê de petistas contra tucanos, na campanha de 2006 – voltou a ser preso ontem pela Polícia Federal em Cuiabá, na Operação Hygeia. Ele e outras 30 pessoas também detidas, entre as quais 17 funcionários públicos, são acusados de fraudar licitações para obras públicas no interior de Mato Grosso. A maioria dos presos é do quadro da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A nova operação da PF também levou para a cadeia importantes dirigentes do PMDB de Mato Grosso. Um deles é Carlos Miranda, tesoureiro do diretório estadual do partido e homem de confiança do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB/MT).
Compra de dossiê pode virar pizza
O empreiteiro Valdebran Padilha, que em 2006 foi preso com cerca de R$1,7 milhão na tentativa de compra de um dossiê contra tucanos, ficou conhecido como um dos “aloprados” do PT. Esse foi o termo cunhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao se referir aos envolvidos no escândalo. As investigações do Ministério Público Federal sobre a compra do dossiê correm o risco de serem encerradas sem que se chegue à origem do dinheiro, que seria usado por petistas para a compra do dossiê contra os tucanos.
Base governista na Câmara adia votação do projeto Ficha Limpa
A resistência de oito partidos da base governista, entre eles PT e PMDB, inviabilizou ontem o início da votação, no plenário da Câmara, da proposta de iniciativa popular que veta a candidatura de políticos que tenham condenações na Justiça, o chamado projeto Ficha Limpa. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse que o projeto voltará ao plenário na primeira semana de maio. A demora na votação na Câmara praticamente acaba com a esperança dos integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que pretendiam ver o projeto sancionado antes de junho, para que pudesse valer já para as eleições deste ano.
Procurador afirma que intervenção no Distrito Federal ainda é necessária
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que a intervenção no Distrito Federal continua indispensável, especialmente por causa da suspeita de que os integrantes da Câmara Legislativa integravam o suposto esquema de corrupção instalado no governo local. Para Gurgel, a eleição de um novo governador por deputados distritais não resolverá o problema. Tramita no Supremo Tribunal Federal um pedido de intervenção no Distrito Federal, de autoria de Gurgel. O julgamento da ação não tem data marcada.
Reforma do Planalto não acabará no prazo
O governo desistiu de inaugurar a reforma do Palácio do Planalto no próximo dia 21 – quando Brasília comemora 50 anos de fundação – porque as obras não serão concluídas até lá. Chegou a ser cogitada a realização de um evento, mesmo com pendências na obra, mas o presidente Lula não quer inaugurar apenas parte da restauração. Ainda não está marcada a nova data de entrega da reforma nem o retorno de Lula, que desde março de 2009 despacha no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Dilma acena para Anastasia e irrita o PMDB
Na primeira semana de voo solo, longe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, causou desconforto entre os aliados, em especial com o poderoso PMDB. Primeiro com o do governador Sérgio Cabral, ao se aproximar do casal Garotinho. E ontem, com o PMDB mineiro e o ex-ministro Hélio Costa, ao sugerir uma “parceria” com o candidato tucano em Minas. Em entrevista à rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, Dilma, ao responder a uma pergunta do locutor sobre a existência do fenômeno “Dilmasia” (dobradinha entre ela e o governador mineiro Antonio Anastasia, do PSDB, candidato à reeleição), disse:
– Espero que a gente aqui em Minas tenha a melhor relação possível. A gente não escolhe a forma pela qual o povo monta alianças. Como houve o “Lulécio”, (é possível que haja) a “Dilmasia”. Acho até melhor a inversão, né? “Dilmasia” é meio esquisito. “Anastadilma”, qualquer coisa assim – respondeu ela.
Sindicatos tentam ‘ofuscar’ festa de Serra
Representantes de seis centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB e CTB – preparam um grande evento para a ex-ministra Dilma Rousseff, em São Bernardo do Campo, no próximo sábado – dia do lançamento da pré-campanha de José Serra (PSDB), em Brasília. Além de Dilma, o presidente Lula também é esperado. No ato estão previstos elogios e um balanço positivo da gestão petista, mas também serão cobradas de Dilma promessas de maior intervenção e regulação das relações trabalhistas. Batizado de “Mais e Melhores Empregos”, o evento espera reunir cerca de 700 convidados.
Equipe de comunicação de Dilma é montada
O comando da campanha da pré-candidata Dilma Rousseff fechou contrato com a empresa Lanza Comunicação e Estratégia para comandar todo o esquema de comunicação da petista. Dono da empresa, o jornalista Luiz Lanzetta, que fez a bem sucedida campanha do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, buscou no mercado jornalistas que já atuavam na área pública, como a diretora de Jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Helena Chagas. A Lanza trabalhará em conjunto com a Pepper Comunicação Interativa, que atuará mais na área de redes sociais. Sob coordenação da Lanza, o esquema de comunicação funcionará numa residência no Lago Sul, alugada em parceria com a Pepper, da empresária Danielle Fonteles. A jornalista Helena Chagas coordenará a parte de assessoria de imprensa pessoal de Dilma, junto com Oswaldo Buarim, que já trabalhava com a ex-ministra na Casa Civil.
Oposição: homenagem a Tancredo é encenação
A homenagem da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, ao presidente Tancredo Neves irritou a oposição. Em nota conjunta, os presidentes de PSDB, DEM e PPS criticaram o gesto, que, na avaliação dos três, ocorreu com “25 anos de atraso”. Diante da decisão da ex-ministra, em passagem por São João Del Rei, de depositar flores no túmulo do presidente, morto em 1985 antes de assumir o cargo, a oposição fez questão de ressaltar que o PT de Dilma negou apoio a Tancredo e ao pacto de transição democrática que a candidatura presidencial dele possibilitou:
“Tardia e mal explicada, a homenagem a Tancredo Neves se reduz a uma encenação com as marcas inconfundíveis da impostura e do oportunismo, presentes em outras passagens da carreira da neopetista Dilma Rousseff”.
Aprovado projeto de Tasso que flexibiliza Lei Fiscal
Governo e oposição se uniram ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para aprovar um projeto de lei que flexibiliza a aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), sancionada em 2000 e apontada como um dos principais avanços obtidos pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O autor da proposta, o senador tucano Tasso Jereissati (CE), disse que seu projeto busca aperfeiçoar a lei em vigor, fomentando investimentos essenciais aos estados e municípios para o combate à crise financeira global, seja para investir em infra-estrutura ou para modernizar as administrações públicas.
Aliados pressionam Lula a conceder reajuste maior, de 7,7%, a aposentados
Mesmo depois de ter concordado em aumentar para 7% o reajuste dos aposentados que ganham benefícios acima do salário mínimo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu sua base rachar e está sendo pressionado por líderes do próprio governo a aceitar reajuste maior, de 7,7%. Ontem, os líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), decidiram apoiar proposta de reajuste de 7,7%, alegando que ela unificaria a base aliada tanto na Câmara como no Senado. Mas o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que ontem conversou com ministros e até com o presidente, reagiu e avisou: 7% é o limite autorizado pelo governo.
Sarney assume Presidência domingo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), voltará a assumir a Presidência da República domingo à noite, quando o presidente Lula viajará para Washington, para participar da reunião de cúpula sobre segurança nuclear. Sarney reassume o cargo 25 anos depois de ter passado a comandar o país em função da doença e morte do presidente Tancredo Neves. Embora já tenha presidido o Senado outras vezes – terceiro cargo na linha sucessória -, é a primeira vez que assumirá a Presidência desde que deixou o posto, em março de 1990. O vice-presidente José Alencar terá uma agenda em Montevidéu, no Uruguai, para o mesmo período. Ele não pode assumir a Presidência se quiser concorrer em outubro.
Câmara adia votação de lei que cria sanções ao MP
A Câmara decidiu pisar no freio e adiar, pelo menos temporariamente, a votação do projeto do deputado Paulo Maluf (PP-SP) que estabelece sanções aos integrantes do Ministério Público que propuseram denúncias consideradas de má-fé, com o objetivo de promoção pessoal ou perseguição política. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse ontem que só porá a proposta em votação no plenário depois do projeto Ficha Limpa, apreciação prevista para o início de maio. Apesar da disposição de Temer, os líderes partidários favoráveis à tese mantiveram as assinaturas para que o texto continue tramitando em regime de urgência.
– Os líderes assinaram a urgência ( do projeto Maluf), mas vamos votar primeiro o Ficha Limpa – disse Temer.
O Estado de S. Paulo
Em ano eleitoral, MP deve perdoar dívidas de agricultores do Semiárido
A menos de seis meses da eleição, o governo prepara medida provisória que dará perdão a todas as dívidas de até R$ 10 mil dos agricultores do Semiárido com o Banco do Brasil e com o Banco do Nordeste. Somadas, as benesses chegam a R$ 1 bilhão, conforme os cálculos do Ministério da Fazenda. Serão beneficiados cerca de 270 mil agricultores, de uma região que se estende por todo o Nordeste e áreas de Minas Gerais e Espírito Santo. O acordo para o perdão das dívidas está sendo fechado entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).
PT e PMDB mandam ficha limpa para ‘geladeira’
Partidos da base aliada do Planalto, comandada pelo PT e PMDB, mandaram para a “geladeira” o projeto de lei que impede a candidatura de políticos com ficha suja. A votação da proposta de iniciativa popular no plenário da Câmara foi adiada para a primeira semana de maio. Além do PT e do PMDB, PR, PTB e PP negaram-se a pedir a urgência para o projeto, obrigando sua análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Essa mesma coleção de partidos, por outro lado, chancelou a urgência para a votação do projeto de autoria do deputado Paulo Maluf (PP-SP), conhecido como “mordaça” para o Ministério Público.
Dilma arma ato para rivalizar com Serra
O comando da campanha de Dilma Rousseff à Presidência encomendou para o próximo sábado um ato político engrossado por seis centrais sindicais, em São Bernardo do Campo (SP), na tentativa de fazer “contraponto social” ao lançamento da candidatura do ex-governador José Serra ao Palácio do Planalto. A ofensiva do PT de Dilma para bombardear a festa do PSDB de Serra, em Brasília, deverá contar com a ajuda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convidado de honra da manifestação organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O tema do encontro – emprego e qualificação profissional – foi escolhido com a recomendação de que era preciso juntar povo no palanque.
PSDB tenta salvar aliança com Gabeira e DEM
Sem nome competitivo para disputar o governo do Rio de Janeiro e garantir um palanque forte ao pré-candidato à Presidência José Serra, o PSDB se esforça para salvar a aliança em torno do candidato do PV, deputado Fernando Gabeira, que reúne também o PPS e o DEM. O movimento envolverá a direção nacional tucana, após o lançamento da candidatura de Serra, no próximo sábado, em Brasília. A festa de Serra é a prioridade absoluta dos tucanos, que não querem, até lá, evidenciar a fragilidade do PSDB no terceiro colégio eleitoral do País.
Aécio entregará a Serra lista com pedidos de Minas
O ex-governador Aécio Neves e o diretório estadual do PSDB vão apresentar ao pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, uma lista de projetos e obras considerados prioritários em Minas Gerais. A intenção é que a relação conste da plataforma de governo do presidenciável. No último encontro que tiveram, Serra pediu que Aécio elaborasse documento com as demandas de grande repercussão no Estado. De acordo com o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Nárcio Rodrigues, o manifesto – inicialmente batizado de Agenda Minas Gerais – deve ser entregue ao pré-candidato tucano até o início de maio, durante uma visita de Serra ao Estado.
Segundo colégio eleitoral do País atrai todos os candidatos
São 14,2 milhões de razões que têm apontado Minas Gerais como caminho para os candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse é o número total de votos em disputa no Estado, representando o segundo maior colégio eleitoral do País. Essa disputa tem funcionado como uma espécie de termômetro político. Nas quatro últimas eleições presidenciais, o campeão de votos em Minas acabou subindo a rampa do Palácio do Planalto. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998 e depois com Lula.
Sarney pode voltar a ocupar Presidência
Vinte anos depois de deixar o Planalto e nove meses após protagonizar um escândalo de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e nepotismo, o senador José Sarney (PMDB-AP) terá direito de voltar, na próxima semana, a ocupar a cadeira de presidente da República. Ele poderá assumir a interinidade, se quiser, no próximo domingo, com o início de uma viagem de três dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Washington, onde participará da Cúpula de Segurança Nuclear.
Correio Braziliense
Um aloprado na cadeia,de novo
Uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu um grande esquema de fraudes em licitações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e levou à prisão, novamente, Valdebran Carlos Padilha Silva, que ficou conhecido por ser um dos aloprados que tentaram comprar um falso dossiê contra o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), em setembro de 2006 (veja memória ao lado). Além dele, outras 30 pessoas foram detidas em Brasília, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Rondônia, onde foi desencadeada ontem a Operação Hygeia. O esquema, que envolve políticos, ONGs e empresários, teria desviado R$ 51 milhões dos cofres públicos, mas a suspeita dos investigadores é de que a fraude pode chegar a R$ 250 milhões.
Fraudes em obras do PAC
Durante as auditorias realizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em vários municípios de Mato Grosso que mantinham convênios com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ficou constatado que houve irregularidades em pelo menos um projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Tratava-se da execução de um sistema de abastecimento de água em Santo Antônio do Leverger, cuja licitação foi ganha por uma construtora, que disputou o certame com outras três empresas. Para os fiscais, houve restrições à competitividade no processo.
Perto de Dilma, mas de olho em Serra
Incerto quanto ao futuro ao lado da candidata do PT, Dilma Rousseff, o PP começa a olhar a perspectiva de fechar com o tucano José Serra, caso seja do interesse do PSDB, ou ficar fora da sucessão presidencial, sem firmar aliança com nenhum candidato. Nos bastidores, os deputados do partido não descartam até mesmo fazer de seu presidente, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o nome da chapa tucana para vice de Serra, caso o PSDB desista da chapa puro-sangue ensaiada no início de fevereiro com o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves ou mesmo o senador Tasso Jereissati (CE). Para que isso ocorra, dizem os pepistas, basta Aécio pedir.
Empresários na mira do PT
A ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff fez ontem um discurso estratégico no primeiro encontro com empresários depois que colocou o pé na estrada como pré-candidata do PT à Presidência da República. Em encontro com cerca de 150 representantes do setor privado, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), não só tranquilizou os empresários, deixando claro ainda que nas entrelinhas, por força da legislação eleitoral que não pretende trilhar linha diferente da adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condução da política econômica, como assumiu a cartilha do setor produtivo do país, defendendo a redução de impostos, a necessidade de reavaliação do preço da energia e de investimentos em logística para escoamento da produção.
Orçamento já tem relator
O senador Gim Argello (PTB-DF) será o relator do Orçamento da União para 2011. Caberá ao parlamentar da capital federal analisar a peça orçamentária do primeiro ano de governo do sucessor ou sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No documento, são detalhadas as prioridades da política econômica do governo, com a relação de receita e despesas do governo federal. É a função legislativa mais importante deste ano, que dará um norte para o próximo presidente, afirma o petebista, vice-líder do governo no Senado. No ano passado, a função foi exercida por outro representante de Brasília, o deputado federal Geraldo Magela (PT). A decisão foi tomada no início da semana após reunião de líderes da base aliada no Senado.
Líderes comemoram acordo
A disputa pelo voto dos aposentados colocou líderes do governo na Câmara e no Senado em atrito. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), acompanhado da senadora petista Ideli Salvatti (SC) e do senador Paulo Paim (PT-RS) comemoram um suposto acordo firmado com a Câmara para que as duas Casas aprovassem o reajuste de 7,71% para aposentados que ganham mais que um salário-mínimo. A reunião dos líderes no Senado com deputados que defendem reajuste maior que os 6,14% encaminhados pela medida provisória do Executivo causou constrangimento ao líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dado aval para Vaccarezza negociar um aumento de 7% com o Senado. O governo bate o pé no percentual e afirma que não há possibilidade de conceder reajuste maior.
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