O Globo
Dilma ataca oposição e diz que campanha é feita de mentiras e desinformação
A presidente Dilma Rousseff aproveitou um encontro estadual do PT no Rio Grande do Sul na noite desta sexta-feira e partiu para a ofensiva contra a oposição. Acompanhada pelo ex-presidente Lula, Dilma disse que vai combater as “mentiras e a má informação” que estão sendo espalhadas pelos adversários e prometeu manter as conquistas sociais dos mandatos petistas. Segundo a presidente, “há muitos na oposição que querem voltar ao passado”.
– Repudiamos o passado atrasado implantado no Brasil pelos nossos adversários. A agenda deles não é a nossa, a agenda deles é a do retrocesso, é a volta de um país para poucos. Não fui eleita nem para desempregar nem para arrochar salários. Não fui eleita para alienar nenhuma empresa pública deste país, muito menos a Petrobras. Nem para varrer a corrupção para debaixo do tapete como faziam no passado – acusou Dilma.
A presidente também disse, em seu discurso aos militantes, que esta será a eleição em que a verdade irá vencer a mentira.
– Se na eleição do Lula (em 2002) a esperança venceu o medo, nesta a verdade é que vai vencer a quantidade de mentira e desinformação semeada pelo país. É importante que (a verdade) vença e que o futuro também vença quem quer voltar ao passado – disse.
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PGR defende direito ao trabalho externo de José Dirceu e Delúbio Soares
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou dois pareceres ao Supremo Tribunal Federal (STF) recomendando que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, ambos condenados no processo do Mensalão, obtenham autorização para trabalhar fora do presídio. Delúbio chegou a trabalhar por quatro meses na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas teve o direito revogado pelo presidente do STF e pelo relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa. No caso de Dirceu, ele sequer obteve o benefício.
Com o parecer em mãos, Barbosa deverá levar o caso ao plenário. Não há previsão de quando isso vai acontecer. Para negar ou revogar o benefício, o ministro argumentou que os condenados ainda tinham cumprido um sexto da pena e, por isso, não poderiam sair para trabalhar. Com esse mesmo argumento, o ministro revogou o direito também em relação a outros seis condenados no Mensalão.
Greve dos metroviários em SP deve continuar pelo menos até o domingo
Em assembleia na noite desta sexta-feira, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu manter a greve iniciada ontem pelo menos até o domingo, dia em que o Tribunal Regional de Trabalho (TRT) decidirá sobre o dissídio dos metroviários e a legalidade da paralisação. Mais cedo, em audiência no TRT, fracassou a quinta tentativa de conciliação entre os grevistas e a diretoria da Companhia do Metropolitano (Metrô) desde o início da campanha salarial.
A audiência desta sexta-feira, pedida pelos metroviários ao TRT, durou quase três horas. O Metrô chegou a propor 8,8% de reajuste, mas recuou e manteve a proposta de ontem, de 8,7%. Já o sindicato, que pleiteava um aumento de 12,2%, sinalizou que encerraria a greve com reajuste de “dois dígitos”. Na audiência, o desembargador Rafael Pugliese chegou a propor 9%, mas o Metrô não aceitou.
Folha de S. Paulo
Negociação não avança, e greve no Metrô continua
Marcado por tumulto entre metroviários e a Polícia Militar, que usou bombas de gás e balas de borracha para desfazer um piquete, o segundo dia de greve do metrô terminou com uma tentativa fracassada de acordo e a promessa de que a paralisação continua neste sábado (7).
Neste domingo, a Justiça do Trabalho deve decidir se a greve é ou não abusiva.
A sexta-feira amanheceu como na véspera, com três linhas (1-azul, 2-verde e 3-vermelha) paralisadas e uma (5-lilás) operando parcialmente. A linha 4-amarela, que é privatizada, funcionou.
A diferença foi a atuação da PM, que, por determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), foi a campo para tentar impedir que um grupo de grevistas bloqueasse estações e proibisse colegas de trabalhar.
Geraldo Alckmin mantém o favoritismo em São Paulo
Se a eleição para governador de São Paulo fosse hoje, o tucano Geraldo Alckmin seria reeleito no primeiro turno com 44% dos votos, mostra pesquisa Datafolha finalizada quinta-feira (5).
Num cenário com o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) na disputa –ele é cotado para ser vice na chapa do tucano–, os adversários de Alckmin somam 31%.
A corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, parece paralisada.
Considerando a margem de erro de dois pontos, os resultados do novo levantamento podem ser considerados iguais aos da pesquisa feita seis meses atrás. Que, por sua vez, já eram iguais aos do levantamento de junho de 2013, há um ano.
O principal rival de Alckmin é o líder empresarial Paulo Skaf (PMDB), presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com 21% agora.
Kassab soma 5%. E o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) está com 3%.
Esta rodada considerou ainda dois pré-candidatos de partidos pequenos: Gilberto Maringoni (Psol) e Gilberto Natalini (PV) têm 1% cada.
Sul e Sudeste têm maioria dos eleitores indefinidos
Os eleitores que chegaram até aqui sem candidato para a Presidência da República têm endereço definido. Estão muito mais concentrados nos municípios grandes, com mais de 500 mil habitantes, das regiões Sul e Sudeste.
A probabilidade maior é que sejam mulheres. Entre elas, 34% não sabem em quem votar ou declaram voto nulo ou branco. Entre os homens, 24% pensam assim.
Num claro sinal do tipo de desafio que tem sido colocado aos opositores da presidente Dilma Rousseff, há também uma concentração grande de eleitores sem candidato entre os que avaliam o atual governo como ruim ou péssimo. Nesse universo, 44% não sabem o que fazer, pretendem anular ou votar em branco.
Aécio e Everaldo comemoram os dados da pesquisa
Nos bastidores, integrantes da pré-campanha de Aécio Neves (PSDB) avaliam que o tucano conseguiu se consolidar como principal porta-voz da oposição e comemoraram os resultados positivos nas regiões Sul e Sudeste.
Há duas preocupações: ampliar a exposição do candidato nas regiões Norte e Nordeste e evitar um grande distanciamento de Eduardo Campos (PSB), para que este não comece a atacar Aécio.
PSB sugere que Kassab abandone Dilma Campos
O PSB de São Paulo sugeriu nesta sexta-feira (6) uma solução para resolver a disputa pela vaga de vice do tucano Geraldo Alckmin: pessebistas abririam caminho para o ex-prefeito Gilberto Kassab assumir o posto desde que seu partido, o PSD, desista de se coligar com Dilma Rousseff e apoie o presidenciável Eduardo Campos.
Durante reunião do diretório estadual do PSB, que aprovou por unanimidade a aliança do partido para a reeleição de Alckmin, o deputado Márcio França, um dos principais interlocutores de Campos, apresentou a proposta ao colega Walter Feldman, porta-voz nacional da Rede e próximo a Kassab.
Apesar de a ideia ter sido colocada à mesa como uma possibilidade viável, nos bastidores, poucos veem a chance de uma operação dessa magnitude vingar.
Marqueteiro vai usar Lula todo dia na TV para respaldar Dilma
Pelos desenhos atuais das propagandas elaboradas pelo marqueteiro João Santana, o programa eleitoral de TV de Dilma Rousseff contará com a presença diária de Luiz Inácio Lula da Silva.
Petistas apostam na “overdose” do ex-presidente da República para, de um lado, explorar o maior cabo eleitoral do país e, de outro, aglutinar o voto do eleitor do PT, hoje mais resistente à presidente.
Trata-se de uma estratégia para pegar carona no potencial de 60% de transferência de votos do petista. Conforme pesquisa do Datafolha, 36% dos entrevistados declaram que votariam “com certeza” no nome indicado pelo ex-presidente. Outros 24% afirmam que “talvez” sigam sua recomendação de voto.
A cúpula da pré-campanha de Dilma não vê nenhum empecilho em “usar e abusar” da imagem do padrinho.
STF vê indícios de propina para tucanos
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello disse que depoimento de um ex-diretor da Siemens aponta “indícios do envolvimento” dos deputados federais José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) no esquema de suborno do cartel que atuou no Metrô e na CPTM em São Paulo e decidiu mantê-los no inquérito do caso.
Os parlamentares deixaram secretarias do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em abril para disputar as eleições de outubro. Ambos dizem que as acusações são infundadas.
Em decisão que se tornou pública na última quinta (5), o ministro excluiu do caso o senador Aloysio Nunes (PSDB) e os deputados federais Edson Aparecido (PSDB) e Arnaldo Jardim (PPS) por entender que não há indícios suficientes contra eles.
O inquérito sobre o cartel chegou ao Supremo em dezembro porque há indícios de que parlamentares, que só podem ser processados no STF, receberam suborno para ajudar empresas a obter contratos no Metrô e na CPTM.
Juíza manda Haddad demitir secretário de Subprefeituras
A Justiça determinou que a Prefeitura de São Paulo exonere o secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Ricardo Teixeira, condenado por improbidade administrativa em 2007.
A sentença prevê multa de R$ 10 mil por dia, caso a prefeitura não cumpra a determinação judicial.
Em 2007, a juíza Simone Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública da capital, condenou Teixeira por ato cometido em 2001 como diretor de operações da Dersa (empresa que administra as rodovias do Estado).
O Estado de S. Paulo
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