O Estado de S. Paulo
Convênios do PAC contratam secretárias
Convênios contratados para melhorar a gestão e dar ritmo às obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão servindo de guarda-chuva para contratar funcionários administrativos terceirizados, como secretárias e recepcionistas, além de assessores para cuidar de pleitos de deputados e senadores em órgãos como a Secretaria de Portos da Presidência (SEP) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Pasta com 131 servidores públicos – a maioria comissionada -, a SEP mantém em Brasília uma lista de funcionários da Fundação Ricardo Franco (FRF), entidade sem fins lucrativos ligada ao Instituto Militar do Exército (IME), graças a um convênio de R$ 20 milhões, assinado em outubro.
O objetivo é monitorar ações do PAC e apoiar, na área de engenharia, a execução de programas. Mas, além do pessoal técnico, funcionários trabalham no apoio administrativo em quase todos os setores do órgão, como a coordenação-geral, o protocolo e até o gabinete do secretário executivo, Mário Lima Júnior, signatário da parceria.
‘Tem de tudo: parentes, namorados de servidores’
Leia também
A nova cúpula do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), que assumiu com a promessa de sanear o órgão após a “faxina” da presidente Dilma Rousseff, admite irregularidades na contratação de pessoal.
O diretor executivo da autarquia, Tarcísio Gomes de Freitas, diz que há apadrinhados de funcionários públicos como terceirizados. “Tem toda essa espécie de coisa aqui: parentes, namorados de servidores (como contratados)”, reconhece, ponderando, contudo, que o órgão está tomando providências.
Violência e confronto marcam votação de ajuda à Grécia
Milhares de manifestantes sitiaram o centro de Atenas, ontem, enfrentando a polícia nas horas que antecederam a sessão do Parlamento da Grécia que analisaria um novo plano de austeridade para enfrentar a crise. A indignação se concentrava no corte de 22% do salário mínimo do país, uma exigência da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional para liberar o novo pacote de socorro, avaliado em € 130 bilhões. Os manifestantes se reuniram na Praça Syntagma, a principal da capital, e entraram em confronto com a tropa de choque, trocando pedras e coquetéis molotov, de um lado, e golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo, de outro. Prédios foram incendiados.
Lula deve saber em 1 mês se tumor teve fim
O exame que determinará se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva eliminou completamente o tumor em sua laringe só será realizado em quatro a seis semanas, segundo o oncologista Paulo Hoff, da equipe médica que trata o petista.
Anteontem, uma tomografia realizada no Hospital Sírio-Libanês não detectou sinais do tumor, mas o resultado – ainda que considerado “excelente” pelos médicos – não é conclusivo.
Em entrevista coletiva realizada a pedido de Lula, internado no hospital desde o sábado, os médicos ressaltaram que os exames não foram feitos com o objetivo de visualizar o tumor, e sim para verificar se o ex-presidente estava com inflamação nos pulmões, o que também não foi constatado.
PT dividido não vence, diz Haddad a Kassab
Um dia após as vaias ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), na festa de 32 anos do PT em Brasília, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) afirmou ter dito ao potencial aliado que o maior trunfo de que dispõe na eleição é a união de seu partido. Minutos depois da declaração, o pré-candidato ouviu de cerca de 600 militantes do PT paulistano o coro de “Ei, Haddad, não queremos o Kassab”.
“Eu disse a ele, na conversa que tive com ele, que o patrimônio que tenho para disputar essa eleição é o PT unido e com vontade de ganhar as eleições”, sustentou Haddad em outra festa de 32 anos do partido, na noite de sábado, organizada pelo diretório paulistano. “Qual a força que o PT tem na cidade? A sua unidade. Se não a preservarmos não temos chance de vitória.”
Ministra vai falar sobre restrições a aborto na ONU
A nova ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, vai estrear a “posição de governo” sobre o aborto na Organização das Nações Unidas, em Genebra. Ela participa nesta semana de reunião do Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres. Em documento preparatório para o encontro, enviado semana passada pela antecessora, Iriny Lopes, o governo admite ser contra projetos como o Estatuto do Nascituro, que quer proibir o aborto inclusive nas situações atualmente permitidas pela lei.
Empossada na sexta-feira, Eleonora estará à frente de uma delegação formada por senadoras, deputadas e ativistas femininas que irá à Suiça passar por uma espécie de sabatina sobre a situação da mulher no Brasil e as políticas do governo para combater a discriminação de gênero. Na posse, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a ministra seguirá as diretrizes de governo – Eleonora é defensora histórica do direito ao aborto.
Buraco sem fundo
Para o ministro alemão de finanças, a Grécia “deve deixar de ser um buraco sem fundo” para a UE.
Falha no sistema do bilhete único permite fraude
O bilhete único de São Paulo tem uma falha de segurança que permite fraudá-lo em apenas 5 segundos, informam os repórteres Rodrigo Bracatelli e Bruno Ribeiro. A brecha foi descoberta por uma empresa particular, que encaminhou os dados para a SPTrans. A administradora dos ônibus está investigando a caso. Também anunciou que está prevista a troca de 25 milhões de bilhetes neste ano. O programa de bilhetagem eletrônico é apontado como o segundo maior sistema do mundo, com receita mensal de R$ 310 milhões.
Salvador tem fevereiro mais violento
Mesmo com o fim da greve da Polícia Militar, 13 pessoas foram assassinadas ontem na região metropolitana de Salvador. O montante de casos já faz de fevereiro de 2012 o mais violento da história.
Venezuela vota para definir o anti-Chávez
As filas de eleitores nas prévias de ontem superaram as expectativas, relata Lourival Sant’Anna, enviado especial a Venezuela. Henrique Capriles, governador de Miranda, deve enfrentar Chávez.
Folha de S. Paulo
Investimento das estatais cai 7,5% no 1º ano de Dilma
O primeiro ano do governo Dilma Rousseff marcou a quebra de uma série histórica de dez anos seguidos de crescimento dos investimentos realizados por empresas estatais federais. Pela primeira vez desde 2000, o volume investido caiu em comparação com o ano anterior.
O consolidado de R$ 82,4 bilhões executados em 2011 pelas estatais, segundo dados do Ministério do Planejamento, representa um recuo de R$ 6,7 bilhões na comparação com 2010, em valores já corrigidos pelo IGP-DI.
A queda, de 7,5% -em dólar, a queda é de 2,8%- representa uma mudança brusca na curva observada desde 2000. Os investimentos de estatais, sempre carreados pelo peso da Petrobras e suas subsidiárias, vinham crescendo numa variação média de 13,7% a cada ano.
Planejamento questiona cálculo e nega redução
O Ministério do Planejamento questiona a correção dos valores investidos pela inflação e, com base nisso, nega que tenha havido queda nos investimentos das estatais federais em 2011 na comparação com 2010.
Para refutar a análise feita pela Folha, o Planejamento apresentou uma conta baseada na variação nominal do dólar no período, ou seja, convertendo os investimentos realizados em 2010 para a moeda americana, com base na cotação média do dólar ao longo daquele ano, e sem considerar a inflação.
Sob pressão, Parlamento grego aprova cortes
Em meio a protestos que reuniram mais de 100 mil pessoas na Grécia, o Parlamento aprovou na madrugada de hoje as medidas de austeridade exigidas do país. Essa era uma das condições impostas pelo BCE (Banco Central Europeu), pela Comissão Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional para que o país possa receber o segundo pacote de resgate, que inclui um empréstimo de € 130 bilhões.
Sem o dinheiro, a Grécia não teria como pagar parte da dívida, de € 14,5 bilhões, que vence no fim de março. Um calote põe em risco a permanência do país na zona do euro. Pelos termos do acordo, a Grécia deverá reduzir em 22% o salário mínimo, hoje em € 751 (R$ 1.700), e cortar 150 mil empregos públicos até o ano de 2015, além de diminuir o valor das pensões e aposentadorias. No total, os cortes chegam a quase € 3,3 bilhões.
Lula quer antecipar aliança oficial com Kassab para março
O ex-presidente Lula quer antecipar para março a aliança eleitoral do PT com o prefeito Gilberto Kassab (PSD). Pelo calendário oficial, essa decisão sobre quais partidos integrarão a chapa de Fernando Haddad à prefeitura só ocorreria em junho. A Folha apurou que Lula quer desmobilizar ala do PT contrária à dobradinha com o PSD, já que vê em Kassab o passaporte para conquistar votos conservadores.
Há duas formas: antecipando a convenção petista do meio do ano ou autorizando o Diretório Nacional da legenda a formalizar a aliança em caráter extraordinário. O grupo anti-Kassab resiste e pretende atrair até junho o PR e o PSB antes da possível adesão do PSD.
Haddad transportou família em jato oficial
O pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, usou jatinhos da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar mulher e filha de Brasília para São Paulo enquanto ocupava o cargo de ministro da Educação. Levantamento feito pela Folha revela que foram 129 deslocamentos em aeronaves oficiais, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011 -pelo menos uma viagem de ida e volta por semana.
Em 97 voos, estavam juntos o então ministro, a mulher, Ana Estela, e a filha menor, além de outras autoridades e servidores públicos. Caso optassem por aviões de carreira nas viagens, a mulher e a filha de Haddad teriam gasto cerca de R$ 50 mil em passagens aéreas.
Procurador pede fim de ação contra Calmon
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, requereu ao Supremo Tribunal Federal a rejeição de queixa-crime ajuizada contra a ministra Eliana Calmon pelo juiz federal Moacir Ferreira Ramos, ex-presidente da Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região). O magistrado disse ter sido vítima de difamação e injúria numa entrevista concedida à Folha por Calmon, corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2011.
O jornal revelara no final de 2010 que Ramos era um dos investigados por empréstimos fictícios tomados pela Ajufer na Fundação Habitacional do Exército. Foram usados nomes de fantasmas e de juízes associados que desconheciam a fraude. Na entrevista, Eliana Calmon confirmou que Ramos havia admitido sua responsabilidade, e afirmou que estava preocupada porque “o caso caminhava para a impunidade”.
Renda fixa eleva retorno com risco de título privado
Em busca de maior rendimento, alguns fundos de renda fixa -que sempre foram um sinônimo de fundos DI- passaram a aplicar em títulos privados de maior risco. Resultado: estão registrando ganhos médios até 5,3% superiores em relação aos fundos convencionais, que continuam atrelados aos juros do governo e aos títulos públicos (menos arriscados).
Uma parcela de 10% de títulos privados nos fundos é capaz de elevar consideravelmente o ganho dos cotistas sem assumir um risco incompatível com o perfil conservador do público da renda fixa. O problema é que muitos investidores não sabem que correm algum risco com essa “renda fixa turbinada”.
Whitney Houston pode ter se afogado
A polícia de Los Angeles está tentando determinar se Whitney Houston, 48, morreu afogada durante um banho de banheira no hotel Beverly Hilton, na tarde de sábado. A informação, publicada pelo jornal “Los Angeles Times”, veio de uma fonte anônima. O site TMZ.com também aponta hipótese de afogamento.
“Não havia sinais óbvios de intenção criminosa”, disse um policial ao “LA Times”, acrescentando que não era possível afirmar se a morte estava relacionada a drogas. A autópsia começou a ser feita ontem, mas, segundo policiais, pode levar semanas para que a causa seja determinada. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o enterro.
O Globo
Grécia aprova cortes em meio a caos nas ruas
O Parlamento grego aprovou ontem o pacote de medidas de austeridade fiscal em clima de confronto: milhares de manifestantes tomaram as ruas de Atenas, 34 prédios foram incendiados e 50 pessoas ficaram feridas. A aprovação garante a liberação de uma ajuda ao país de € 130 bilhões da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. No placar da votação, 199 deputados votaram a favor e 74 contra o pacote, que prevê uma redução de gastos de € 3,3 bilhões apenas este ano. Entre as medidas altamente impopulares estão o corte de 22% do salário mínimo do país e a redução das pensões. Além disso, 150 mil funcionários públicos perderão seus empregos até 2015. Mesmo com a aprovação do pacote, especialistas alertam que a Grécia não escapará de uma crise econômica e social por um longo período, mas afasta-se o risco de uma recessão profunda na zona do euro.
Dois milhões elegem rival de Chávez
Numa votação que superou as expectativas da oposição venezuelana, mais de dois milhões de pessoas foram às urnas ontem escolher o candidato único que vai enfrentar o presidente Hugo Chávez nas eleições de 7 de outubro. O governador Henrique Capriles Radonsky aparecia como franco favorito. Chávez permaneceu calado durante o dia e até cancelou seu “Alô Presidente” na TV.
Piso da polícia pode custar R$ 46 bilhões
A maior parte dos estados não foi consultada sobre o custo da proposta de criação de um piso nacional para policiais – cujo impacto total seria de R$ 46 bi, segundo cálculos do Executivo. Para os governos, o piso não observa a capacidade financeira dos estados. Na Bahia, a greve da PM terminou. Em 12 dias, foram 180 homicídios.
Correio Braziliense
Lei Seca suspende 4,9 mil carteiras
Segundo o Detran, mais de 6.600 CNHs foram apreendidas no DF em 2011 – 74% delas por causa da perigosa combinação entre direção e álcool. O número é 69% maior do que em 2010.
Grécia em chamas
Com coquetéis molotov, 100 mil manifestantes foram às ruas em Atenas e Tessalônica para protestar contra o plano de arrocho fiscal exigido pela União Europeia aprovado pelo parlamento.
Transporte – Metrô: entre a greve e a sabotagem
Embora o site do sindicato dos metroviários anunciasse uma paralisação antes mesmo da assembleia realizada ontem à noite, a categoria decidiu não entrar em greve depois da reunião. A definição coincide com uma investigação da Polícia Civil, que encontrou indícios de sabotagem na central do Plano Piloto.
Bahia segue na pauta
Enfraquecimento das paralisações na segurança não muda a agenda do Planalto, que visa identificar possível influência da oposição.
Crescimento: dinheiro que (não) traz felicidade
A prosperidade econômica do país, especialmente no Norte e no Nordeste, não diminuiu os índices de criminalidade nessas regiões. Ao contrário: números oficiais mostram que as localidades que mais crescem são também as que mais sofrem com a violência.
Empreitada brasileira
Com orçamentos que chegam a até US$ 25 bilhões por obra, o país concentra algumas das principais construções do mundo.
Árabes pedem ONU na Síria
Para vizinhos, só uma missão de paz conjunta pode interromper o massacre dos rebeldes anti-Assad.