O Estado de S. Paulo
Ciro terá empenho ‘muito discreto’ na campanha de Dilma
Prestes a ver o PSB negar-lhe a legenda para disputar a Presidência da República, o deputado Ciro Gomes (CE) sinalizou que não vai trabalhar ostensivamente pela candidatura da petista Dilma Roussef à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ciro avisou a correligionários que pretende seguir a orientação do PSB que, daqui a dois dias, deverá formalizar o apoio a Dilma. Mas deixou claro que o seu empenho na campanha da petista será “muito discreto”.
A amigos, Ciro confidenciou que pretende viajar para o exterior, assim que passar o turbilhão que envolve sua pré-candidatura à Presidência da República. Ele garantiu que não será candidato nas eleições de outubro deste ano. Disse que vai se “aquietar” e sair da política “por pelo menos um longo tempo”. “Vou escrever, vou ler, olhar para os meus filhos e minha mulher”, resumiu Ciro.
Sem Lula, PT lança pré-candidatura de Mercadante ao governo de SP
O PT lançou neste sábado, 24, durante o 17.º Congresso Estadual da sigla em São Paulo, o senador Aloizio Mercadante pré-candidato ao governo do Estado e a ex-prefeita Marta Suplicy pré-candidata ao Senado. O evento acabou marcado pela inesperada ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que provocou tensão e descontentamento entre petistas.
Segundo a direção do PT, Lula disse que não poderia estar presente por questões pessoais e familiares. O presidente, que permaneceu em Brasília, enviou uma carta ao líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que foi lida no ato pelo deputado durante dois minutos e meio.
Alckmin programa giro completo pelo interior do estado de São Paulo
O pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai rodar o interior paulista no próximo mês em um ciclo de encontros para discutir seu programa de governo. O foco dos debates será a promoção do desenvolvimento regional, um dos motes da campanha tucana.
Alckmin vai apostar no discurso de que, com o terreno preparado, após todos os investimentos feitos em infraestrutura pela gestão José Serra, é hora de interiorizar o desenvolvimento. Fomentar economias locais, explorando a vocação de cada região. Como e com que intensidade poderá se dar a participação do estado nesse processo é o que o PSDB quer descobrir nos fóruns.
Folha de S. Paulo
Mercadante exalta Dilma no lançamento ao governo
No lançamento das pré-candidaturas de Aloizio Mercadante, ao governo de São Paulo, e de Marta Suplicy, ao Senado, a estrela foi Dilma Rousseff. Lula, esperado no evento, não compareceu.
A pré-candidata do PT à Presidência foi escalada para fazer a defesa do nome de Mercadante e de Marta aos delegados do partido, que aprovaram de maneira simbólica os dois principais candidatos da aliança que faz contraponto aos tucanos.
Ela foi recebida com festa pela militância ao som de um dos jingles da campanha, a toada sertaneja “Vem Dilma, vem”. Tratada como “a primeira presidente mulher que este país terá” por Mercadante, Dilma se apropriou do argumento da oposição para a disputa à sucessão ao Planalto (“O Brasil pode mais”) para defender a vitória do senador no pleito.
PT testa slogan após rejeitar “provocação”
Depois de reprovar o slogan “São Paulo a favor do Brasil”, o PT de São Paulo está testando novos motes para marcar as campanhas de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo e de Marta Suplicy ao Senado.
Ontem, no evento de lançamento das duas candidaturas, a coordenação do partido testava a frase “São Paulo com tudo que tem direito”.
Tucanos e petistas cobiçam apoio de PP e PTB
Na fase final de costura de alianças para a eleição, tucanos e petistas travam uma batalha para tentar atrair dois partidos ainda indefinidos no tabuleiro eleitoral: PP e PTB.
O apoio formal significa tempo de TV -estão em jogo 2min41s em horário nobre- e palanques regionais. A garantia de que não haverá apoio formal ao bloco oposto assegura pelo menos que o adversário não herdará os benefícios.
“Não quero acabar com o Mercosul”, diz Serra
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que não quer acabar com o Mercosul, mas flexibilizá-lo de forma “negociada com nossos parceiros” e revelou que, se eleito, pretende dar funções “mais executivas” à Camex (Câmara de Comércio Exterior). Na semana que passou, o tucano foi criticado pela Argentina por suas declarações sobre o bloco comercial.
Dilma potencializa antiga resistência de mulheres ao PT
Primeira mulher a ter chances reais de ser eleita presidente da República, Dilma Rousseff não consegue decolar entre as eleitoras e amplifica a tradicional resistência do público feminino ao candidato do PT.
A mais recente pesquisa Datafolha (dia 17) mostrou a petista em segundo lugar, com 30% das intenções de voto, contra 42% de José Serra (cenário sem Ciro Gomes, do PSB). Se consideradas só as mulheres, a diferença é bem maior: Dilma tem 25%, e o tucano, 43%. Entre os homens, a distância cai: 35% a 41%, com vantagem para o ex-governador paulista.
Mais de um quarto dos presos provisórios não poderá votar
Mais de um quarto dos presos provisórios do país não poderá votar nas eleições de outubro. Em 11 Estados, além de São Paulo, somente parte dos estabelecimentos penais receberá urnas, deixando de fora da votação locais onde estão cerca de 60 mil pessoas que, pela Constituição, têm direito ao voto.
TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) dizem que a exclusão de parte dos presídios se deve à falta de segurança e de estrutura para o pleito. Além disso, alguns locais decidiram restringir a votação por ser a primeira vez em que ela ocorre. Também não votam presos em delegacias e detidos em locais onde há menos de 20 eleitores, como determinou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Mulheres resistem a Dilma
Primeira mulher a ter chances reais de ser eleita presidente da República, Dilma Rousseff não consegue decolar entre as eleitoras e amplifica a tradicional resistência do público feminino ao candidato do PT.
A mais recente pesquisa Datafolha (dia 17) mostrou a petista em segundo lugar, com 30% das intenções de voto, contra 42% de José Serra (cenário sem Ciro Gomes, do PSB). Se consideradas só as mulheres, a diferença é bem maior: Dilma tem 25%, e o tucano, 43%. Entre os homens, a distância cai: 35% a 41%, com vantagem para o ex-governador paulista.
O Globo
Dilma e Serra refazem estratégias
O afastamento de candidatos de cargos públicos no início do mês, por exigência da lei eleitoral, deu novo ritmo à disputa presidencial e, três semanas depois, já começa a alterar, por motivos distintos, as estratégias de campanha do PT e do PSDB. Sem os holofotes do governo e a companhia permanente do presidente Lula, a candidata do PT, Dilma Rousseff, acabou expondo sua falta de experiência política, trombou com aliados e estacionou nas pesquisas de opinião, interrompendo uma trajetória de crescimento. Já o PSDB, depois de viver meses de indefinição, conseguiu reequilibrar o jogo da sucessão ao lançar oficialmente a candidatura de José Serra à Presidência. É o que informa a reportagem de Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti, publicada na edição do GLOBO deste domingo.
Os tucanos planejam aproveitar a recuperação de Serra registrada nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas por Datafolha e Ibope, que lhe garantem vantagem de até dez pontos percentuais, para investir nos aliados da candidata petista. O PP, por exemplo, seria uma das legendas mais sensíveis às oscilações dos candidatos nas pesquisas. É sintomático o grande número de deputados da legenda que foi visto no gabinete do presidente nacional PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), nas últimas semanas.
Correio Braziliense
Dilma rouba a cena em SP
A pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) ironizou o slogan usado frequentemente pelo seu concorrente José Serra (PSDB). Ao discursar ontem no lançamento da pré-campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, a ex-ministra disse que os paulistas “merecem mais” do que vem fazendo o grupo de tucanos que ocupa o Palácio dos Bandeirantes há 30 anos. Dilma citou como mérito do governo federal as obras de São Paulo que Serra usa como vitrine política, como o complexo viário Rodoanel, a expansão do metrô e a ampliação de vagas nas escolas federais de ensino técnico. “O governo federal fez um grande esforço aqui em São Paulo e nós achamos que é possível fazer muito mais”, discursou.
Sob fortes aplausos de militantes petistas e gritos de “Dilma presidente”, a pré-candidata usou quase todo o discurso para alfinetar Serra, que deixou o governo paulista para se dedicar à pré-campanha sob protestos de professores da rede estadual que reivindicam reajuste salarial de 34,3%. “Uma educação de qualidade só acontece quando os professores são bem remunerados”, ressaltou a petista, que usava uma roupa vermelha no evento que também lançou a pré-candidatura de Marta Suplicy (PT) ao Senado.
Multiplicação de cargos especiais
Espalhados por lideranças partidárias, cargos da mesa, diretorias e departamentos técnicos da Câmara, os 1.278 cargos de natureza especial (CNEs) atualmente preenchidos geram uma despesa anual de R$ 77 milhões aos cofres públicos. Só as lideranças dos partidos contam com 709 postos, sendo 134 deles com salário de R$ 9 mil. Um custo de R$ 30 milhões ao ano. A Mesa Diretora encontra sempre saídas casuísticas para manter os cargos especiais, de livre nomeação, das bancadas que são reduzidas a cada eleição. É tanto cargo que não há onde acomodar os ocupantes. Muitos deles estão nos gabinetes dos deputados, o que é proibido pelas normas da Casa. Há até rodízio de funcionários. Mesmo bancadas com um ou dois deputados contam com liderança, disfarçada com o nome de “representação partidária”, para não ferir a legislação eleitoral.
O maior partido da Câmara, o PMDB, preencheu 90 desses cargos de confiança. É praticamente um para cada deputado. Como não há espaço nem para um terço deles no gabinete da liderança, vários foram desviados para os escritórios dos deputados. Na última quinta-feira, a reportagem telefonou para a liderança do partido e pediu par falar com Leonardo Navarro, que ocupa um CNE-07. A secretária disse que ele não estava, mas que voltaria mais tarde. Navarro estava, naquele momento, no gabinete de Mauro Benevides (PMDB-CE). Ele atendeu o telefone irritado: “Qual o problema? Eu sou o chefe de gabinete, com o acordo do líder”, respondeu o servidor. A Resolução nº 01/2007(1) da Câmara diz expressamente que o ocupante de CNE não pode “ser lotado em gabinete parlamentar”.
Trabalho em turno alternado
Os quatro suplentes da Mesa Diretora da Câmara substituem, eventualmente, os titulares em reuniões da mesa, podendo até votar. Mas eles não desempenham qualquer função administrativa. Apesar disso, contam com assessoria formada por 43 cargos de natureza especial (CNEs), além de servidores efetivos. Como estão instalados em gabinetes pequenos, não há espaço para todos. O jeito é dividir a turma em turnos de seis horas, ou estabelecer plantões. Difícil é encontrar todos os servidores no gabinete. Contando os sete titulares mais os quatro suplentes, são 270 cargos especiais.
Na última quinta-feira, os quatro gabinetes estavam quase vazios. No gabinete do terceiro suplente, Leandro Sampaio (PPS-RJ), o quorum estava um pouco maior. Quatro assessores se espremiam numa sala de pouco mais de 30m². A chefe de gabinete reconheceu que não há espaço para os 11 servidores lotados naquela suplência. Disse que adotam turnos de seis horas. Ela informou que os assessores não têm funções administrativas, como nas secretarias e vice-presidências. Apenas colhem informações para as reuniões da Mesa Diretora.
Um empreendedor verde na política
“Há pessoas que, arrebatadas pela proximidade do poder, entram na política arrombando a porta. Guilherme Leal é daqueles que pede licença.” A metáfora elaborada pela senadora Marina Silva (PV-AC), candidata à Presidência da República nas eleições de outubro, ilustra bem a personalidade do empresário e sócio da marca de cosméticos Natura. Filiado desde setembro do ano passado ao Partido Verde, ele foi o escolhido para o cargo de vice na chapa da legenda. Discreto, Leal afirma em público que ainda está avaliando a proposta. Porém, integrantes do partido garantem que ele espera, elegantemente, as prévias que serão realizadas em junho para consolidar o que, até agora, é especulação.
Nascido em Santos, litoral paulista, em uma família de classe média, Guilherme Leal, 60 anos, é o mais novo de quatro irmãos. Formado em administração pela Universidade de São Paulo (USP), trabalhou na Fepasa, companhia estatal de transporte ferroviário, antes de assumir o próprio negócio. Foi no final da década de 1970 que, com o fundo de garantia da estatal e a venda de um pequeno terreno, comprou sua participação na empresa de cosméticos Natura. Hoje, casado pela segunda vez e pai de cinco filhos, é um dos 793 bilionários vivos, de acordo com a revista norte-americana Forbes. Dono de uma fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão, é avesso a colunas sociais e badalações — raramente aparece na mídia.
Sem crise com a Zona Franca de Manaus
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, procurou se desvencilhar dos boatos de que era contra a Zona Franca de Manaus, durante entrevista ao programa Amazônia legal, da Amazon Sat. Depois de negar a informação pelo Twitter, o tucano defendeu incentivos fiscais permanentes à região. Uma emenda à Constituição aprovada em 2008 pelo Congresso prorrogou os benefícios até 2033. A medida é um dos principais pleitos da região. O programa, que vai ao ar amanhã, às 19h, é transmitido para todos os estados da Amazônia Legal — Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. A entrevista foi gravada em Brasília na última sexta-feira, antes da posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso.
A entrevista de Serra é a primeira fala de um pré-candidato presidencial para a região nestas eleições. Nenhum dos pretendentes ao Palácio do Planalto têm agenda prevista nos próximos dias para os estados da Amazônia Legal. Além de se defender, Serra aproveitou o programa para tocar em pontos sensíveis da candidatura de Dilma Rousseff (PT) na região. O principal deles é o licenciamento ambiental da BR-319 (Manaus/Porto Velho), enroscado em diversas pendências. A rodovia foi inaugurada durante o regime militar e fazia parte do plano de expansão da Amazônia. Entretanto, a estrada está intransitável.
Com uma forcinha de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende intensificar sua participação na campanha da pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, em regiões onde ela apresentar as maiores dificuldades perante o eleitorado. A prioridade é os dois aparecerem juntos em estados do Sul e do Sudeste. As atividades no Nordeste serão deixadas em segundo plano.
A cúpula da campanha da petista reforça que a necessidade é ter a ajuda de Lula nos locais onde ela vai mal nas pesquisas. São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, e Rio Grande do Sul são os pontos de partida para diminuir a vantagem do pré-candidato do PSDB, José Serra, segundo as últimas pesquisas de intenção de votos.
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