O Globo
Aumento represado nas contas de luz para 2015 já chega a 24%
As medidas anunciadas nesta quinta-feira pelo governo federal para socorrer o setor elétrico vão represar um aumento nas tarifas de energia para os consumidores de 24%, que será empurrado para o ano que vem. O gerente de Regulação da Safira, empresa de consultoria e comercializadora de energia, Fábio Cuberos, afirma que o reajuste terá que ocorrer, mesmo que de forma gradual:
— Apesar do financiamento dado agora para as distribuidoras, esses custos serão repassados para as tarifas em algum momento
Conforme cálculos feitos pela Safira, os custos no ano passado com o uso das térmicas e com a compra de energia pelas distribuidoras no mercado à vista — cerca de 3.500 Megawatts (MW) — , foram de R$ 9,6 bilhões e representaram um impacto nas tarifas de 8%. O governo tinha acertado que esse repasse seria feito em cinco anos a partir de 2014, o que acabou não acontecendo.
Governo tenta esvaziar ‘blocão’, mas grupo se mantém
O governo agiu com nomeações e liberação de cerca de R$ 400 milhões em emendas pendentes do Orçamento de 2013 para esvaziar o chamado “blocão”, grupo de partidos aliados liderado pela PMDB da Câmara, mas ainda não conseguiu.
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O teste sobre os efeitos das manobras no bloco será a votação do Marco Civil da Internet, nos próximos dias. Mesmo com a desistência formal de três partidos, PP, PROS e PDT, os líderes do “blocão” garantem que, ao lado da oposição, somam mais votos que o grupo fiel ao Planalto: 268 oposicionistas e rebelados contra 245 governistas. Mas há dissidências internas, sem garantias de todos os votos para um lado ou para outro.
O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ, foto abaixo), afirmou nesta quinta-feira que a aliança informal entre os partidos do “blocão” permanece, mesmo com a saída de PP, PROS e PDT. E avisa que nova derrota será imposta ao governo na próxima semana, na votação do projeto do Marco Civil da Internet.
A briga é apertada, e ainda estão em disputa os 36 votos do PR. Embora integrantes do PR digam que não estão no “blocão”, seus líderes não confirmam esse movimento oficialmente. Cunha garante que eles estão no grupo de rebelados. É com o PR que o “blocão” chega a 268 deputados.
Reforma ministerial de Dilma não satisfaz PMDB
A presidente Dilma Rousseff praticamente concluiu a reforma ministerial, indicando nesta quinta-feira seis novos integrantes da sua equipe. Cinco deles vão substituir ministros que serão candidatos nas eleições de outubro. Ainda falta definir o substituto da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Em meio à crise com o PMDB, que vetou nomes cogitados pelo Palácio do Planalto, a presidente acabou escolhendo técnicos e aliados com discreta atuação partidária, inclusive ligados ao partido.
As nomeações não resolveram a crise política do Palácio do Planalto com o PMDB, mas mantiveram garantida na Esplanada a participação dos demais partidos aliados, todos já comprometidos com a campanha da reeleição. Cresce no PMDB a ameaça de antecipar a convenção nacional da sigla que definirá a aliança nacional com o PT.
Policial de UPP na Penha morre depois de ser baleado na cabeça
O subcomandante da UPP Vila Cruzeiro morreu depois de ser baleado na cabeça no Parque Proletário, na Zona Norte, na noite desta quinta-feira. Leidson Acácio Alves participava de uma incursão na Rua 10 quando ele e sua equipe foram surpreendidos por criminosos armados.
Em seguida, os bandidos atiraram contra a base da UPP da comunidade. O subcomandante levou um tiro na testa. Ele chegou a ser levado para o Hospital estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. Acácio havia chegado à unidade há cerca de três meses. Policias militares fazem uma operação na Vila Cruzeiro em busca responsáveis pela ação.
Segundo informações do site do “Extra”, cerca de 20 bandidos realizaram o ataque, que aconteceu por volta de 22h30m. O policial, aspirante a oficial, era casado e tinha se formado na PM no dia 1º de dezembro de 2013.
O Estado de S.Paulo
Dilma diz a Cabral que candidatura de Lindbergh é plano de Lula
Em almoço realizado nesta quinta-feira, 13, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff disse ao governador do Rio, Sérgio Cabral, que a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) à sucessão fluminense foi “inventada” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e não por ela.
“Lindbergh é plano do Lula”, afirmou Dilma, de acordo com relato dos convidados para o almoço. Além de Cabral, estavam presentes o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito do Rio, Eduardo Paes – todos do PMDB -, e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
PF leva nove meses para abrir inquérito sobre Petrobrás
A Polícia Federal levou nove meses para abrir inquérito sobre supostas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobrás.
A investigação foi instaurada na última terça-feira, 11, embora o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto abaixo), tenha enviado à PF ofício cobrando providências sobre o caso em junho do ano passado. A iniciativa de Cardozo atendeu a um requerimento do líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), que em maio pediu ao governo a apuração das denúncias.
PM evita confronto e ato contra Copa acaba sem prisão em massa
No terceiro protesto contra a Copa do Mundo, 2,3 mil policiais militares foram mobilizados em uma megaoperação para acompanhar 1,5 mil manifestantes pelas ruas de São Paulo. A passeata percorreu as Avenidas Brigadeiro Faria Lima, Rebouças e Paulista sem o registro de nenhum episódio de tumulto generalizado nem de prisões em massa.
Uma agência do Banco do Brasil e a Estação Trianon-Masp do Metrô foram depredadas. Um coquetel molotov, segundo a PM, foi lançado por manifestantes. Cinco ativistas foram detidos.
Repressão de Maduro supera a de Chávez
O caso de Marvinia Jiménez é emblemático diante do que ocorre na Venezuela. É difícil esquecer as imagens que mostram quando uma robusta integrante uniformizada da Guarda do Povo a domina com violência, a arremessa no chão, monta nela e a golpeia seguidas vezes com o capacete.
Difícil esquecer seu rosto deformado. Difícil imaginar o terror das horas durante as quais ela permaneceu algemada, trancada em uma cela, incomunicável, sem poder falar com a família, muito menos com um advogado.
Correio Braziliense
Cresce o número de cargos comissionados às vésperas das eleições
Autoridades estaduais usaram o ano pré-eleitoral para inchar a máquina pública. Em 2013, houve aumento expressivo no número de nomeações para cargos comissionados, aqueles de livre indicação, muitas vezes utilizados para abrigar aliados, apadrinhados e, em alguns casos, até mesmo parentes. Boa parte dos agraciados com um emprego novo acaba atuando como cabos eleitorais, a serviço de centenas de políticos.
Entre 2012 e o ano passado, enquanto o número geral de servidores nas administrações direta e indireta nas 27 unidades da Federação caiu 0,3% — totalizando pouco mais de 3,1 milhões em todo o país —, a soma de funcionários em comissão cresceu 9,9%. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas dos Estados, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento levou em consideração apenas o Executivo estadual.
Consumidor terá que bancar parte do rombo de R$12 bilhões
Diante do risco de um colapso financeiro das distribuidoras de eletricidade e dos limites orçamentários, o governo decidiu apelar ao bolso do consumidor para cobrir o crescente rombo do setor elétrico, gerado pelo uso intensivo de termelétricas. Para isso, as contas de luz terão aumento neste e nos próximos anos, e impostos serão elevados a fim de bancar aportes extras do Tesouro. O pacote anunciado ontem soma R$ 12 bilhões, mas o montante pode alcançar R$ 26 ,6 bilhões.
O socorro às concessionárias se junta a outros R$ 9 bilhões já reservados no Orçamento para compensar desequilíbrios passados, e ocorre no momento em que, devido aos problemas fiscais, a nota de crédito do país está ameaçada de rebaixamento pelas agências internacionais, entre elas a Standard & Poor’s, cuja equipe se reuniu ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pouco antes de ele anunciar o pacote.
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