Folha de S. Paulo
Alstom conseguiu incluir estação em linha do Metrô
A Alstom procurou funcionários do Metrô para mudar uma licitação da linha 2-verde de São Paulo e incluir uma estação que não estava prevista na concorrência original, indica e-mail de um diretor da múlti francesa.
Doze dias depois de ele ter sido enviado ao Metrô, a licitação foi publicada com alterações em termos similares ao que a Alstom queria.
Em outubro de 2004 o Metrô lançou a licitação para a realização do projeto executivo, fornecimento e implantação dos sistemas de trens para o trecho entre as estações Ana Rosa e Imigrantes da linha 2.
Em dezembro, porém, a estatal anunciou o adiamento da entrega das propostas para 12 de janeiro de 2005.
Ciente desse fato, o então diretor da Alstom Wagner Ribeiro enviou e-mail ao colega Paulo Borges em 3 de janeiro de 2005 para contar que buscara funcionários do Metrô para adequar a licitação aos interesses da empresa.
Estatal nega ter mudado o projeto por ação externa
PublicidadeO Metrô afirma que “não houve influência externa” no projeto da linha 2-verde. De acordo com nota da companhia, a primeira concorrência foi cancelada porque um decreto estadual “declarou de utilidade pública os imóveis necessários à implantação da estação Alto do Ipiranga, possibilitando as desapropriações essenciais à execução das obras”.
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O Metrô, então, “optou pelo cancelamento da concorrência por conveniência técnica e econômica, já que poderia contratar de uma única vez todo o trecho Ana Rosa “” Alto do Ipiranga”.
A companhia não informou, no entanto, a data do decreto de desapropriação.
Dilma desconfia do mercado como regulador de preços
No início de seu mandato, em 2011, Dilma Rousseff fez uma cobrança dura à equipe: na sua opinião, eles não estavam fazendo nada para segurar o aumento, considerado por ela “exagerado”, das passagens aéreas.
Ao ouvir de assessores que os preços do setor são livres, a presidente, irritada, gritou: “Isso é coisa de tucano”.
Foi então lembrada que a última normatização sobre a área havia sido feita em 2006 –no governo Lula, portanto.
O episódio ilustra bem o que passa na cabeça da presidente quando o assunto é o sistema de preços. Dilma tem uma visão ideológica do mercado, o que desperta nela uma tendência intervencionista, de conter preços administrados como gasolina.
PT esquece que o passado são eles, diz FHC
Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o PT erra ao apelar para uma estratégia que compara o atual momento com o passado, porque na última década o país foi governado justamente pelos petistas.
Na semana passada, o PT utilizou seu tempo na TV para transmitir a mensagem de que, com uma eventual vitória da oposição, haveria retrocessos no país do ponto de vista social e econômico.
Os adversários da presidente Dilma Rousseff classificaram a estratégia como “terrorismo eleitoral”.
“Essa história de jogar a culpa no passado já passou. O passado são eles”, afirmou Fernando Henrique à Folha, durante visita a Israel.
Segurança de delegações inclui 245 policiais de fora
Um grande aparato formado por policiais federais e militares brasileiros, além de representantes da polícia de cada um dos países que disputarão a Copa, acompanhará os deslocamentos de atletas e técnicos pelo Brasil.
Até o momento, 245 policiais estrangeiros foram designados, a convite do Comitê Organizador Local, para acompanhar seus países e estarão nas arquibancadas nos dias dos jogos. Fardados, poderão até auxiliar no contato com os torcedores.
Até agora 35 países (31 que participarão da Copa e 4 convidados) já confirmaram o envio de homens para o Mundial. Além deles, a Interpol, a Ameripol e a ONU também enviarão representantes.
Polícia monitora manifestantes para reduzir danos
Trabalhando com a certeza de que manifestações ocorrerão na Copa, a PF monitora redes sociais e coleta dados de inteligência para tentar descobrir o tamanho dos protestos.
De acordo com o delegado responsável por grandes eventos na PF, Felipe Seixas, a ideia é antecipar os passos dos manifestantes para garantir que protestos aconteçam “dentro de um ambiente pacífico e controlado”.
Na instituição, a preocupação maior é com a abertura do Mundial. “Ainda não sabemos até que ponto os “black blocs” vão afastar os cidadãos comuns dos protestos, nem se um sentimento de patriotismo irá fazer com que o evento seja mais prestigiado que as manifestações. Nos preparamos para o pior cenário”
O Estado de S. Paulo
Serra diz que nunca foi pré-candidato a vice de Aécio
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Em 20 anos, simpatizante típico do PT ‘envelhece’ e ‘migra’ para o Nordeste
Inquérito apura queda de fiscalização
O Globo
Serra afirma que será candidato ao Legislativo Federal
Candidato à Presidência da República em 2002 e 2010, José Serra (PSDB-SP) afirmou neste domingo que concorrerá a uma vaga para a Câmara ou para o Senado nas eleições de outubro. Através do Twitter, o político desmentiu os rumores que diziam que ele seria pré-candidato a vice na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) ao Palácio do Planalto.
“Há coisas que chegam a ter a sua graça, talvez involuntária. Fui literalmente atropelado pela suposta informação de que sou pré-candidato a vice-presidente na chapa presidencial do PSDB, que terá o senador Aécio Neves na cabeça. Nunca fui pré-candidato a vice”, afirmou.
Reféns são libertados e rebelião acaba em presídio em Aracaju
Depois de um dia de rebelião no Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho (Compajaf), os agentes penitenciários e os 120 familiares que estavam como reféns foram liberados. Os agentes eram todos funcionários da empresa Reviver que administra o sistema através de Parceria Público-Privada com o governo.
– Prefiro não informar quantos foram transferidos nem para onde eles vão por questões de segurança. Todos os agentes reféns foram soltos, dois deles com ferimentos leves. Os familiares também foram liberados e nós estamos fazendo uma triagem, conferindo a documentação deles para que eles possam ir para as suas casas – afirmou o comandante-geral da Polícia Militar de Sergipe, coronel Maurício Iunes, segundo reportagem do G1.
O motim começou no sábado e uma das exigências dos rebelados era a transferência para presídios com melhores condições de tratamento e mais flexibilidade nos horários de visita.
Correio Braziliense
No meio do caminho tinha um pássaro
Na metafísica, impenetrabilidade é a propriedade pela qual dois corpos não podem ocupar simultaneamente o mesmo lugar no espaço. Seguindo a teoria, na aviação, quando uma aeronave e um pássaro disputam a mesma área, aumenta o risco de uma colisão entres eles. Há 11 dias, um avião da Tap Portugal que saía do Aeroporto Internacional de Brasília com destino à capital portuguesa colidiu com um pássaro minutos após a decolagem. Ninguém ficou ferido, mas o piloto optou por retornar à base. Os passageiros tiveram de passar a noite em Brasília.
Em 2014, 12 ocorrências no terminal aeroviário foram registradas no Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A Inframerica, concessionária responsável pelo aeroporto, relata 10 colisões. Apesar de o número parecer pequeno, a capital do país ocupa o primeiro lugar no levantamento mais recente do Cenipa, que analisou episódios dessa natureza em 44 terminais brasileiros, incluídos os militares (veja Quadro). Em 2012, foram 115 casos no DF. Em 2013, 98. Dados de 2011 da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) revelam que os prejuízos das companhias com esse tipo de acidente ultrapassam os US$ 5 bilhões.
Unificação polêmica da polícia
Uma polêmica proposta em tramitação no Senado vem movimentando batalhões de todo o país e colocando em lados opostos oficiais e praças: a chamada desmilitarização da Polícia Militar. O texto é de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-SP) e altera a Constituição Federal de forma reorganizar a PM no que diz respeito à formação e treinamento dos policiais e, principalmente, acabar com a rigidez da instituição, dando maior autonomia para os profissionais. Na prática, se o projeto for aprovado sem modificações pela maioria dos 81 senadores, caberá a cada estado unificar as hoje existentes PM e Polícia Civil criando um novo grupo — de natureza civil — para atuar de forma ostensiva, preventiva e investigativa.
A justificativa do autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51 é que os “vícios da arquitetura constitucional” da segurança pública contribuem para o quadro “calamitoso” do setor no Brasil. “O ciclo da atividade policial é fracionado. As tarefas de policiamento ostensivo, prevenindo delitos, e de investigação de crimes são distribuídas a órgãos diferentes. A função de policiar as ruas é exclusiva de uma estrutura militarizada, força de reserva do Exército (a Polícia Militar), formada, treinada e organizada para combater o inimigo, e não para proteger o cidadão”, alega o senador Lindbergh Farias, para quem a desmilitarização da PM e a repactuação das responsabilidades vai gerar uma atuação de forma “mais humanizada” e romper com o “quadro dramático” da segurança no país.
Mas não é o que pensa o presidente da Federação Nacional das Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), coronel Marlon Jorge Teza. Para ele, a PEC desconstitui o sistema de segurança pública ao deixar nas mãos de cada estado a tarefa de montar o seu sistema policial e ainda ignora um dos principais gargalos do setor: a definição de um percentual mínimo da receita para o seu financiamento, assim como acontece na saúde e educação. Ele lembra ainda que há várias décadas vem sendo discutida a unificação das polícias, e a ideia sempre fica no papel por falta de consenso.
CPI deve ficar sem respostas
Apesar de iniciados os trabalhos da CPI da Petrobras no Senado Federal, muitas das respostas esperadas sobre a compra da refinaria de Pasadena e de outros pontos obscuros em torno de negócios da estatal poderão não ser respondidas. Parlamentares de oposição criticam as brechas usadas pela comissão exclusiva de senadores para investigar estados governados por adversários políticos. O Líder do DEM na Câmara garante a isenção da comissão mista e diz que, “se houver relação”, o porto de Suape também pode entrar na pauta.
“A presidente da República diz claramente que não sabia das cláusulas, e que a compra (de Pasadena) foi baseada em um relatório falho. Já Cerveró diz que todo mundo sabia; Gabrielli idem. Tem alguém mentindo nessa história. O patrimônio público foi levado, quem tem culpa no cartório?”, questiona José Agripino (RN), líder do DEM. O senador é um dos que vê incongruências entre as versões da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, o ex-presidente Sérgio Gabrielli e o ex-diretor de assuntos internacionais, Nestor Cerveró, que já depuseram em audiências públicas no Congresso Nacional, antes do início da CPI do Senado. “Quem está com a razão? Quem está equivocado?”, também quer saber o senador Pedro Simon (PMDB-RS).
Partidos ofuscados no Mundial
Em ano eleitoral, o mês de junho é reservado para as convenções partidárias que definirão os candidatos às disputas de outubro. No caso das eleições presidenciais, os partidos políticos, ao lado dos eventuais aliados, organizam grandes festas para que os postulantes ao Planalto sejam conhecidos. As convenções também delimitam o início informal das campanhas, embora, pela legislação eleitoral, elas só possam começar, de fato, na primeira semana de julho.
Mas, neste ano, as festas partidárias serão ofuscadas pela Copa do Mundo no Brasil. Dificilmente algum brasileiro, além dos filiados e militantes, prestará atenção ao que acontecerá na política ao longo dos 30 dias de realização do mundial. Com isso, os principais candidatos ao Planalto preparam-se para não perder tempo ao longo deste período e, assim, tentar garantir uma ou outra aparição pública para lembrar aos eleitores quem eles são.
Atenção especial ao futebol e à eleição
Se todas as 12 cidades sedes da Copa sofrerão pressão pelo contingente de torcedores locais e turistas que desembarcarão para assistir aos jogos da Copa do Mundo de 2014, algumas delas estarão sob uma vigilância mais rigorosa, justamente por serem consideradas chaves e estratégicas para o sucesso do Mundial. São elas: Brasília (DF), São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Minas.
As três primeiras terão um destaque ainda mais acentuado. Brasília sediará sete jogos — um deles do Brasil (contra Camarões) e a disputa do terceiro e quarto lugares. O Distrito Federal terá como pré-candidatos ao Palácio do Buriti o atual governador, Agnelo Queiroz (PT); José Roberto Arruda (PR); Rodrigo Rollemberg (PSB); Luiz Pitiman (PSDB), Toninho do PSol (PSol) e Eliana Pedrosa (PPS).
A capital da República chegou a cogitar disputar a abertura dos jogos — acabou perdendo o privilégio para São Paulo —, mas continua tendo o status de sede do Poder Executivo Federal e ponto de atração natural para as autoridades internacionais que possam vir ao Brasil assistir aos jogos das suas seleções. Pelo menos três deles deixaram a presença pré-confirmadas: Angela Merckel (Alemanha), Joe Biden (Estados Unidos) e Pedro Passos (Portugal).