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“São infundados os boatos de que deixei a articulação política. Continuo. Tenho responsabilidades com meu país e com a presidente Dilma”, declarou o pemedebista sua conta no Twitter.
Na quarta-feira (5), a reportagem do Congresso em Foco revelou que, durante reunião realizada com líderes do Senado e da Câmara, ele manifestou desânimo em manter-se no cargo de articulador político do governo, principalmente em relação a deputados aliados. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já oficialmente rompido com o Planalto, tem patrocinado seguidas derrotas contra o governo. Uma delas foi a vinculação dos subsídios da Advocacia-Geral da União (AGU) àqueles recebidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em votação realizada na madrugada de ontem (quinta, 6).
Além da “pauta-bomba” imposta contra o Planalto, Cunha já articula com a oposição – e até membros rebeldes da base – uma maneira de dar ares de decisão coletiva a iniciativas pelo impeachment de Dilma. Uma eventual aprovação, em Plenário, de pedido de impedimento presidencial, deixaria Temer em uma situação insustentável.
Temer e aliados também estão de olho nas decisões unilaterais com as quais Cunha, nesta fase oposicionista, têm colocado o governo contra a parede. Uma delas aposta na rejeição, por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), das contas de Dilma referentes a ano-calendário de 2014. Para abrir caminho para essa análise por parte dos deputados, o peemedebista fez algo inédito na Casa: pôs em análise quatro contas governamentais em apenas duas horas, para que então possa ser apreciado o parecer do TCU. Uma vez confirmada a rejeição das contas pelos parlamentares, estaria aberta a passagem para um processo de cassação de Dilma.
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