O prazo foi questionado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que rejeita a possibilidade de ocorrer falta de água a partir do próximo mês no estado. Segundo ele, ainda há quantidade suficiente na primeira reserva técnica e as obras para a segunda cota do volume morto estão em adiantadas.
Dilma Pena admitiu ontem (15) que São Paulo passa “por uma grave crise” e que, se não chover nos próximos dias, a primeira cota de volume morto do Sistema Cantareira pode acabar em meados de novembro, levando a capital à falta d’água. Para contornar o problema, a companhia ainda espera autorização judicial para usar a segunda cota do volume morto do sistema.
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A empresa informou hoje (16) que restam apenas 40 bilhões de litros de água da primeira cota da reserva técnica cuja retirada começou no último dia 16 de maio, mas que existe também a alternativa de se recorrer à segunda cota acrescentando mais 106 bilhões de litros a serem destinados ao abastecimento de 6,5 milhões de consumidores.
No entanto, esse volume a ser bombeado em nível abaixo do tradicional meio de captação por gravidade, já estaria sendo utilizado segundo adverte um ofício enviado nessa quarta-feira pela Agência Nacional de Águas (Ana) ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee). No documento, a ANA cobra providências urgentes, além da vistoria conjunta com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).
As declarações irritaram o governador de São Paulo. Para ele, “foi deturpada a afirmação da presidente da Sabesp” na Câmara de Vereadores paulistana sobre a possibilidade de a água acabar em novembro. “”Não vai acabar a água. Vai acabar uma reserva técnica”, afirmou, em coletiva de imprensa. De acordo com o tucano, há outra reserva técnica com 108 bilhões de metros cúbicos de água no Cantareira.
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