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Na justificativa do requerimento, os tucanos argumentam que a Delta Construções, envolvida nas investigações da Operação Monte Carlo, doou R$ 1 milhão para a campanha da presidenta. Além de reagir pela intenção de convocar Serra, os tucanos queriam evitar que pessoas ligadas ao PSDB, como Paulo Vieira, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, empresa do estado de São Paulo responsável pela manutenção das rodovias submetidas à sua jurisdição, fossem convocados.
O clima esquentou nos bastidores e chegou à sessão administrativa de quinta-feira (14). A maioria governista conseguiu impedir a convocação de Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções, e do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) Luiz Antônio Pagot. Na mesma sessão, foi aprovada a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
CPI aprova quebra de sigilo de governadores do DF e GO
O requerimento de convocação de Dilma, após muita pressão, foi modificado para um pedido de informações. Mesmo assim, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), considerou a intenção do PSDB um “atentado à Constituição Federal”. Mesmo sem ser analisado pelos membros da comissão, ele acabou rejeitado “por falta de amparo e afronta à Constituição”.
A decisão agradou petistas e irritou os deputados tucanos, que assinaram o requerimento. Os senadores do PSDB na comissão, no entanto, não concordaram com a atitude. “Um absurdo querer convocar a presidenta Dilma para a CPI. Mas igual absurdo era querer convocar Serra. Quem deu o primeiro passo nessa loucura foi o PT”, criticou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
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