A Polícia Federal (PF) pediu calma na análise dos documentos apreendidos na sede da Construtora Gautama, em Salvador, que indicam suposta participação de políticos no esquema que fraudava licitações e desviava recursos públicos. Há indícios de nomes de parlamentares relacionados com o recebimento de propina.
"Fiz uma reunião com o pessoal que vai fazer a análise e pedi cautela para separar as ações de deputados e senadores em busca de verbas do que é corrupção", afirmou o delegado Renato Porciúncula, da Diretoria de Inteligência da PF. “O simples fato de aparecer o nome de um deputado ou de um senador em busca de verbas [para obras, por exemplo] não significa irregularidade".
A PF, no entanto, cogita passar as investigações para o Supremo Tribunal Federal (STF), órgão que tem competência para investigar a participação de parlamentares no esquema. Ontem (19), o nome do senador Delcídio Amaral (PT-MS) vazou pela imprensa, como possível beneficiado – ao lado de seu nome, estaria escrito “R$ 24 mil, aluguel de jatinho”.
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Ele explicou que precisou alugar um jatinho para ir ao interior de São Paulo, para o enterro do sogro. Pediu dinheiro a um amigo e ele teria pegado emprestado com Zuleido Veras, o dono da Gautama. A empresa que alugou o jato ainda não teria recebido pelo serviço. (Lucas Ferraz)