Mudanças na reta final do Prêmio Congresso em Foco

Na reta final da votação para a edição 2010 do Prêmio Congresso em Foco, mudanças acontecem na escolha dos melhores parlamentares

Rudolfo Lago

Na véspera do final da votação entre os internautas para a escolha dos melhores senadores e deputados do ano de 2010, uma mudança importante na corrida entre os parlamentares. De acordo com o último resultado parcial, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) ultrapassou os deputados Ivan Valente (Psol-SP) e Luciana Genro (Psol-RS) e agora é o segundo mais votado entre os finalistas do Prêmio Congresso em Foco.

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Até então, os três deputados da bancada do Psol lideravam a votação. Agora, o líder entre os deputados é Chico Alencar (Psol-RJ), com 2.917 votos. O segundo é Gustavo Fruet (PSDB-PR), com 2.384 votos. Em terceiro, vem Luciana Genro (Psol-RS), com 2.372 votos. O quarto é Ivan Valente (Psol-SP), com 2.353 votos. Em quinto, vem a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), a vencedora da edição 2009 do prêmio, com 1.714 votos.

No Senado, Cristovam Buarque (PDT-DF) caminha para bisar o prêmio, que ganhou também em 2009. Ele tem 4.017 votos. Em segundo, vem Marina Silva (PV-AC), com 3.597 votos. O terceiro é Eduardo Suplicy (PT-SP), com 3.191 votos. O quatro é Paulo Paim (PT-RS), dono no momento de 2.830 votos. Em quinto, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), com 2.500 votos.

Serão premiados não só os mais votados pelos internautas nas categorias principais (deputados e senadores que mais bem exerceram seus mandatos em 2010). Todos os parlamentares mencionados na pré-seleção feita por jornalistas que cobrem a atividade política receberão menções especiais. Os três primeiros recebem troféus. Os demais placas e um diploma. Terminada a votação amanhã à meia-noite, os resultados serão divulgados em 1º novembro.

A exemplo dos congressistas premiados nas categorias principais, serão contemplados com troféus aqueles que foram mais lembrados nas categorias especiais – combate à corrupção; defesa do meio ambiente; promoção da educação; promoção da saúde; e melhor iniciativa aprovada pelo Congresso. A Lei da Ficha Limpa, na verdade uma iniciativa popular, foi a mais escolhida pelos jornalistas.

O prêmio

A quinta edição do Prêmio Congresso em Foco tem o patrocínio da Ambev e da Petrobras. E o apoio do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Sindicato dos Jornalistas do DF, da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) e do Movimento +Feliz. O prêmio tem ainda a parceria institucional do Dudu Camargo Restaurante e da Marc Systems.

O prêmio é um convite à analise do desempenho individual dos representantes eleitos, e permite alcançar ao mesmo tempo vários objetivos. Estão entre os principais:

– Reconhecer o trabalho dos deputados federais e senadores que se destacam no cumprimento de suas obrigações;

– Valorizar os bons exemplos, de modo a incentivar os parlamentares federais a desempenharem o papel que deles se espera, e, ao mesmo tempo, sinalizar ao eleitorado que melhorar a qualidade da nossa representação política é possível;

– Estimular a população a analisar o desempenho individual dos representantes eleitos, propiciando a participação política dos cidadãos na definição dos congressistas a serem agraciados;

– Contribuir para formar eleitores mais conscientes, capazes tanto de ver o Congresso e a política com maior acuidade quanto de exercer integralmente a cidadania;

– Difundir o conceito democrático de que os direitos e deveres dos eleitores vão além do simples ato de votar, a cada eleição, e devem necessariamente incluir o acompanhamento ativo, permanente e consciente da atuação dos representantes eleitos;

– Enfrentar mitos que afastam vários brasileiros da vida política, como as ideias de que todos políticos são iguais ou  de que uma representação legislativa trabalhando em favor da população é sempre impossível, noções aliás muitas vezes usadas para justificar teses autoritárias (como o fechamento do Congresso) ou cínicas (tipo “já que liberou geral, locupletemo-nos todos”).

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