O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse agora há pouco no Senado que a indefinição quanto à votação do Orçamento “preocupa muito”. Para Múcio, o Executivo não vai deixar o país “parar” caso o impasse continue, sinalizando que o Planalto enviará medidas provisórias de crédito suplementar ao Congresso para que tenham continuidade os projetos de desenvolvimento do país.
“[O atraso na votação] preocupa muito. Esperamos que até quarta-feira (12) seja votado o Orçamento”, disse o ministro, ao deixar a sala da presidência do Senado acompanhado do ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto. “[A indefinição] não pode parar o país”, completou Múcio, afirmando que “hospitais” e “obras do PAC [Programa de Aceleração do Desenvolvimento]” não podem prescindir dos recursos previstos na peça orçamentária.
Múcio e Rigotto saíram da rápida reunião com o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), depois de terem apresentado um “plano” de subsídio à reforma tributária elaborado por um grupo de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Segundo o ministro, o “fruto deste trabalho” foi a razão da visita, que foi estendida ao gabinete do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O grupo que acompanha José Mucio está reunido neste momento com Chinaglia.
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Preocupado com as implicações negativas do impasse do Orçamento na reforma tributária, Mucio disse que o país “não pode deixar de produzir”, mas que os entraves orçamentários são inerentes à democracia. “Temos de aprender a conviver com as diferenças da democracia. Vamos encontrar um caminho melhor.” Já Germano Rigotto saiu da sala da presidência do Senado dizendo que Garibaldi garantiu que priorizará a reforma tributária, e que as relações entre Câmara e Senado são as melhores. (Fábio Góis)
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