Depois de invadirem, “simbolicamente”, pela manhã o prédio-sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) estão reunidos neste momento no Ministério das Cidades com a presidente do banco, Maria Fernanda Coelho, e com o ministro Márcio Fortes. A audiência foi a forma encontrada pelos diretores da Caixa para a retirada do grupo, que estava desde às 5h de hoje ocupando o prédio (leia).
Ao Congresso em Foco, a assessoria de imprensa do MST disse que o ato de hoje deve-se à suposta quebra de acordo por parte de um grupo interministerial que se comprometeu a criar uma política de habitação rural e executar projetos da habitação pelo país, para promover o assentamento de trabalhadores sem terra. Segundo a assessoria, o acordo não foi cumprido em nenhuma aspecto, e por isso o MST exige seu cumprimento integral, sob a ameaça de insistir nos protestos.
Ainda de acordo com a assessoria, essa reivindicação está inserida em uma pauta mais ampla, a nível nacional, que o MST pretende desenvolver em conjunto com municípios de todas as regiões do país. Trata-se da “Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária”, um projeto que visa o assentamento de cerca de 150 mil famílias ligadas ao movimento. Obviamente, a acomodação se daria por meio da desapropriação de terras improdutivas, principal alvo dos sem terra. (Fábio Góis)
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