Mário Coelho
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA) vai abrir uma investigação para analisar os contratos de patrocínio cultural entre a Fundação José Sarney e a Petrobras. De acordo com denúncia feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, a instituição teria repassado parte de R$ 1,3 milhão, recebido em 2005, a empresas fantasmas e de parentes do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, as investigações serão conduzidas pelo procurador Thiago Carneiro, do MPF-MA. Ontem, Sarney protocolou na Procuradoria Geral da República (PGR), ofício solicitando investigação relativa à existência de contas em dólares mantidas por ele no exterior. Em nota à imprensa, o peemedebista havia anunciado que formalizaria o pedido.
No documento endereçado ao recém-empossado procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, Sarney confere poderes à Procuradoria para a obtenção de informações sobre contas bancárias, ações, depósitos, investimentos, propriedades ou qualquer tipo de movimentação financeira, em qualquer moeda ou valor, que eventualmente tenha possuído, em qualquer época.
Ainda no ofício, Sarney se compromete a assinar todos os documentos “necessários para esta ampla e cabal investigação, a fim de verificar minudentemente meus ativos financeiros e econômicos fora do Brasil”.
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