O Ministério Público Eleitoral (MPE) em São Paulo entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) responda a processo por compra de votos e seja punido com a perda do mandato.
O MPE-SP contesta a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) que considerou improcedente a ação de impugnação de mandato eletivo de Valdemar. O deputado é acusado de ter distribuído churrasco e bebidas a eleitores em troca de votos na eleição de 2006.
Naquele ano, o paulista tentou, com sucesso, retornar à Câmara. Em 2005, Valdemar havia renunciado ao mandato, acusado de participar do esquema do mensalão, caracterizado pela distribuição de dinheiro a parlamentares da base aliada em troca de apoio ao governo Lula. Na época, Valdemar admitiu ter recebido R$ 1,25 milhão do empresário Marcos Valério Fernandes para pagar dívidas da coligação PT-PL na campanha de 2002.
O deputado é um dos 40 réus na ação penal do mensalão. Ele responde a processo pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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Já no caso eleitoral, o MPE-SP argumenta que o então candidato a deputado pelo PL (atual PR) pediu votos aos eleitores numa festa organizada por seu comitê eleitoral no município de Bertioga (SP). Na ocasião, segundo a denúncia, cerca de 1,4 mil eleitores foram brindados com churrasco e bebida de graça.
Em sua defesa, Valdemar alega que houve apenas uma festa de confraternização entre sua equipe de campanha e colaboradores. De acordo com o deputado, durante o churrasco, não foi condicionada a entrega de comida ou bebida ao comprometimento do voto. “Não teve o evento a intenção de aliciar qualquer eleitor, mas tão somente de estimular os cabos eleitorais”, sustenta o parlamentar. (Edson Sardinha)
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